sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Viagem ao Sul I


Começarei falando de algumas praias do litoral sul de Santa Catarina, ou como eles dizem: da Santa, Bela Catarina.


Praia da Ferrugem


É uma das melhores praias perto de Garopaba, a uma hora de Florianópolis. O acesso pela BR-101 está em estado médio de conservação. É engraçado reparar que muitas pessoas em Florianópolis guardam o sotaque deixado por influência da colonização portuguesa (açoriana) e chamam essa rodovia de “Brioi”.

Outro ponto interessante é que pelo menos nessas praias, é muito difícil encontrar catarinenses; a maioria são argentinos, gaúchos, curitibanos e paulistas, mas nada de catarinenses.

A Pousada do Engenho da Lagoa é muito charmosa e de muito bom gosto: tem 7 suítes e uma sala enorme dando para a piscina, de onde se pode ver um braço da Lagoa Encantada. Os donos são gaúchos e estão sempre presentes, dispostos a agradar os hóspedes. Servem almoço e jantar: um ótimo prato, chamado por eles de “à la minuta” (arroz, feijão, bife, batata e ovo frito), para quem chega com muita fome e não pode esperar. É uma boa pedida principalmente para quem está com crianças. O café da manhã é farto e delicioso com vários tipos de pães, frutas, frios, geléias, iogurtes, sucos, chás e café. Vale lembrar que a qualquer hora do dia ou da noite servem bolos, frutas, sanduíches, sucos e outras bebidas.

Na praia da Ferrugem, há dois bares na areia bem à vontade, onde se pode almoçar (uma tainha ótima, fresquinha e um bolinho de peixe muito bom). É uma praia para surfistas e tem ótimos professores. Dali pode-se ir a pé para a praia da Barrinha, onde tem casas lindas, dando para a praia. Uma vantagem enorme que observei nessas praias: não se pode construir muito perto da areia. Deixam sempre uma faixa de vegetação (a maior parte é de “pinus maritimus”) depois da linha onde acaba a areia, o que torna a visão, para quem anda na praia, muito mais bonita uma vez que não há construções poluindo e enfeando o visual. É um belo cooper fazer essas duas praias e leva-se cerca de 1 hora.


Pousada Engenho da Lagoa – Praia da Ferrugem



Praia do Rosa

É uma praia linda, mais estruturada que a Ferrugem em matéria de restaurantes e lojas. Fica mais ou menos a 15 km da Ferrugem e a 70 km (ao sul) de Florianópolis. Quando você não estiver hospedado lá é um ótimo lugar para se ir jantar e ver lojinhas. Rodeada por morros, a Praia do Rosa tem o formato de uma meia-lua. Nos cantos norte e sul, ficam as áreas próprias para o surfe, e a maioria das pessoas é jovem e bonita. Uma coisa que impressiona nessas praias é ver a beleza das pessoas. Rapazes e moças lindos, loiros, olhos azuis, altos e corpos bem feitos. Não é por acaso que a maioria de nossas modelos famosas vêem de lá.
Ao centro fica a Lagoa do Meio, com água salgada e tranqüila, mais freqüentada por famílias e casais. Atrás dos morros, ainda se esconde um conjunto de quatro lagoas. A Lagoa de Ibiraquera é tida como um dos melhores locais para a prática do windsurfe no Brasil.


Restaurantes

1 - Gecko um lugar mágico, com astral tailandês, em meio a um jardim com cascata, pontes e gazebos. Drinks especiais, aperitivos gostosos, ostras, sushis e crepes completam este cenário. Uma boa opção é escolher comer do fora vendo o céu estrelado. Praia do Rosa.


Restaurante Gecko – Praia do Rosa



2 - Tigre Asiático em frente ao Gecko, uma estrela do Guia 4 Rodas em 2008, tem uma decoração muito bonita de móveis tailandeses, com variadas imagens de Budha. No menu, gastronomia de 3 paises: Tailândia, Indonésia e Japão com sabores picantes, doce e salgado proporcionando uma exótica combinação. E para completar, a arquitetura é feita com telhas, portas e janelas importadas de Bali. Praia do Rosa.

3 - Lua Marinha - Um restaurante muito especial, que dá para o lago. A "chef "é uma moça, chamada Thaís, uma curiosidade: é ela quem prepara a comida para o Cirque du Soleil. Decoração simpática e ótima comida. Praia do Rosa.

4 - Pizzas Sol – Ainda na praia da Ferrugem a pizza é ótima e fica a dez minutos da Pousada do Engenho da Lagoa.

Na praia do Rosa pegue o Caminho do Rei e encontre esses outros endereços:

5 – Crepe Georgette
Conta Georgette (a dona) que: “A idéia de montar uma creperia surgiu depois de quase duas décadas de trabalho como professora na Suíça. Tomei coragem, chutei o balde e abri o Crepe Georgette na Praia do Rosa no ano de 2000. Cozinhar eu já gostava, crepe então era a minha perdição. Sonhava com queijo derretendo, caldas de chocolate e deliciosos camarões.”
Vale a pena comer um delicioso crepe e conhecer esse ambiente acolhedor e o lindo visual do lugar.

5 – Bistrô Pedra da Vigia, junto a Pousada Regina Guest House
Pequeno restaurante da Regina Guest House onde quem trabalha são os proprietários.
Funciona à noite, aberto ao público em geral, possui um cardápio enxuto, com pratos influenciados pela cozinha francesa.

6 – Refúgio do Pescador
Localizado junto a Pousada Hospedaria das Brisas, o restaurante recomendado pelo “Guia 4 Rodas” oferece sabores da culinária espanhola, portuguesa, italiana, francesa e, claro, da tipicamente brasileira. É interessante saber que também atende o público em geral, sem ser os hóspedes do hotel.

Pousadas da Praia do Rosa

1 – Solar Mirador - São apenas 11 charmosas suítes e 1 bungalô chamado de Lua de Mel. Todas as suítes com varanda e vista para o mar. Deck panorâmico com tatames
Piscina com hidromassagem. SPA para 5 pessoas com vista para o mar.

2 – Bougainvilles – Construção despojada, tem o estilo de um grande chalé praiano. A arquitetura levou em conta e respeitou muito a natureza, ela parece entrar dentro de casa.

3 – Quinta do Bucanero – Localizado no município de Imbituba. O restaurante é famoso e também pertence ao Roteiro do Charme. De qualquer recanto da Pousada Quinta do Bucanero se pode ver a Praia do Rosa.

4 – Moradas Bella Vista
As moradas estão situadas no morro do Caminho do Rei,a 500 metros da praia e 80 metros sobre o nível do mar, com uma vista inesquecível da praia ideal para ver a lua nascer ou o amanhecer. Localizadas num local tranqüilo e sossegado, afastadas da estrada geral, garantindo aconchego, segurança e privacidade.
A pousada se encontra em área verde cercada e tem um caminho para o mar que parte do terreno para os hóspedes chegarem a praia.

5 – Fazenda Verde do Rosa, a única pousada a beira mar da Praia do Rosa. O projeto Verde do Rosa nasceu em 1985; um casal de gaúchos, que apostou na vida junto à natureza, desfrutando das ondas e da opção de criar os filhos na beira da praia. Sua visão era a de conciliar um estilo de vida alternativo, longe do grande centro urbano, com a missão de estimular a vida simples e sustentável, com o máximo respeito à mãe natureza. São 14 cabanas, todas equipadas, com vista para o mar em meio aos jardins. Cada uma delas recebeu o nome de uma das praias da região, com o intuito de instigar o visitante a conhecê-las além do Rosa. Atrás da Fazenda do Rosa pode-se alugar casas de muito bom gosto, no morro, em cima da lagoa, com vista espetacular de toda a praia e da lagoa. E o melhor é que elas tem o serviço da Fazenda do Rosa. Uma vez na Fazenda, para chegar à praia basta caminhar 20 metros pela trilha exclusiva dos hóspedes, um privilégio sem comparação que faz toda diferença.

Desfrute, relaxe, aproveite, surfe ....o Rosa, a vida...


Garopaba

Vale a pena dar uma volta e conhecer Garopaba. Boas lojas, sendo a maior delas a sede da Mormaii (artigos de surf e esportes aquáticos). O criador da Mormaii foi o médico Marco Aurélio Raymundo. Ele sentiu os efeitos da água fria prejudicando o seu desempenho no surf, numa manhã gelada de 1974. O local era Garopaba, no sul do Brasil, onde o jovem médico recém-casado se instalou para clinicar no posto de saúde local e criar seu filho numa praia tranqüila e com boas ondas. Nas horas vagas, o jovem médico, conhecido como Dr. Morongo, passou a desenvolver e costurar suas próprias roupas de borracha. Depois fez outras para seus amigos, e logo instalou uma pequena fábrica na garagem de sua casa. Este empreendimento se transformou na maior fábrica de roupas de neoprene da América Latina. O nome da empresa Mormaii é derivado da junção do apelido de seu criador - Morongo - com o nome de sua ex-mulher, Maira e "i" dobrado, deriva de Hawaii.
Na avenida a beira mar, saia à direita e vá visitar uma igrejinha antiga, muito simpática em cima do morro com vista para a baia.


Praia da Silveira

Para chegar a praia da Silveira em Garopaba, atravessa-se o morro da Silveira, no alto do qual há uma Igreja e uma bela vista para a baía. É sem dúvida uma das melhores praias de Garopaba, isolada de tudo e talvez a mais linda das praias da região. Vizinha (ao sul) da Praia de Garopaba. Rica em vegetação, esta praia quase nativa guarda encantos únicos, difíceis de encontrar reunidos em um só local. Rodeada de montanhas e controlada a nível ambiental por seus moradores e grande parte de seus freqüentadores, a Silveira consegue se manter livre da urbanização desenfreada, que impera nas regiões com as mesmas características naturais. É considerada uma das melhores praia do Brasil para a prática do surf pelo tamanho e formação de suas ondas, com ondulações que chegam tanto de nordeste, de leste ou do sul. Estuário de desova da tainha, a Silveira recebe também aficcionados de pesca artesanal, que tentam a captura de peixes nobres como o robalo, badejo, garoupa, sargo, entre outros.


Praia da Silveira


Praia da Guarda

No caminho para o Jurerê paramos na nessa maravilhosa praia. Imersa na Mata Atlântica essa pequena vila de pescadores, 50 km ao sul de Floripa, virou recanto de gente bonita depois de descoberta por surfistas em busca de ondas na década de 70. É a meia hora da praia da Ferrugem, indo para Floripa. Uma praia linda! Você chega e para o carro num estacionamento. É uma vilinha com lojas muito simpáticas, lindos chapéus e biquínis com saídas para vender. A travessia para a Praia da Guarda é feita em um barquinho, onde cabem 7 pessoas, a R$2,00 por pessoa. Atravessa-se uma lagoa para chegar na praia da Guarda. Praia de areia branca enorme com ondas. Na volta fomos visitar a pousada de Paulo Zulu – Zululand – são vários chalés de tamanhos diferentes com piscina. Fica a três quarteirões do barco que pegamos para ir a praia da Guarda.


Travessia para a Praia da Guarda


Parque Estadual da Serra do Tabuleiro – É uma unidade de conservação e proteção integral do ecossistema e da biodiversidade. 90 mil hectares de área.

Serviço:

Pousada Engenho da Lagoa
Rua das Taboas, s/no, Capão
Barra da Ferrugem, Garopaba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3254.0032 e (48) 9162.4530
e-mail: contato@engenhodalagoa.com.br

Gecko
Estrada Geral da Praia do Rosa, s/nº (em frente ao Tigre Asiático)
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3355.7045

Tigre Asiático Restaurante
Centrinho do Rosa
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3355.7045
e-mail: tigreasiaticorestaurante@hotmail.com

Lua Marinha
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3354.0543
luamarinha@gsurf.com.br

Sol Pizzas
Rua Delegado Frontino Martins, 60
Estrada Geral da Ferrugem, Garopaba,
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3254.3900

Crepe Georgette
Caminho do alto do Morro, s/no (em frente à Pousada Caminho do Rei)
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3355.6646 e 9631.1241
Website: www.crepegeorgette.com.br

Bistrô Pedra da Vigia (junto a Regina Guest House)
Caminho do Alto do Morro, s/no
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3355.6066 e 3355.6247
pousadadavigia.com.br

Restaurante Refúgio do Pescador
Estrada do Alto do Morro, s/no (junto a Pousada Hospedaria das Brisas
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3355.6020

Pousada Solar Mirador
Estrada Geral do Rosa, s/no
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3355.6144

Morada dos Bougainvilles Pousada
Estrada do Alto do Morro, s/no
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3355.6100

Pousada Quinta do Bucanero
Estrada Geral do Rosa, s/no,
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3355.6056

Moradas Bella Vista Pousada
Topo do Caminho do Rei
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3355.6421

Fazenda Verde do Rosa
Estrada Geral da Praia do Rosa, s/nº,
Praia do Rosa, Imbituba
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3355.7272 e 3355.6060




Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Rio de Janeiro II


Continuando a tratar da Cidade Maravilhosa, hoje vamos falar de programas turísticos, restaurantes e hotéis no Rio de Janeiro.


1 – Maracanã

Ir ao Maracanã fazer uma tour é uma experiência muito diferente, principalmente para garotos. Nós leigos, não temos a menor idéia do tamanho da área construída além do que vemos, o campo de futebol propriamente dito. O passeio começa já na entrada, passando pela Calçada da Fama onde estão eternizados 91 pares dos pés dos maiores craques de futebol mundial e, acreditem, uma única mulher: Marta, a melhor jogadora de futebol feminino do mundo! Em seguida vimos painéis ilustrativos e auto explicativos, que contam a história do futebol, da construção do Maracanã, dos principais jogos e campeonatos e também das cinco copas conquistadas pelo Brasil.

Vimos também o show do Frank Sinatra, que foi o maior de toda a história do estádio e o maior de público do cantor. De lá fomos ao sexto andar para ter uma visão panorâmica do Maracanã: arquibancadas, tribunas e gramado. Continuamos a tour até a tribuna de honra e visitamos a parte interna: até as cadeiras que João Paulo II e a Rainha Elizabeth usaram estão lá. O passeio, que está só começando, ainda tem grandes emoções. Entramos numa espécie de túnel do tempo com murais e sons que imitam o barulho da torcida (os meninos vibraram). Visitamos os vestiários, a sala de aquecimento com gramado sintético e baliza. É nesse espaço que os jogadores se esquentam antes de entrar. 


Uma curiosidade: 

Essa sala é climatizada exatamente com a mesma temperatura que os jogadores encontrarão no campo! Agora, a grande sensação é entrar no campo. A imensidão do Maracanã comove a todos. Na entrada do “campo sagrado” pudemos contemplar a beleza da arquitetura. O Maracanã dispõe de estudantes bilíngües só para atender os visitantes e um coordenador.

Maracanã – Jogador mostrando sua perícia com a bola

Não visitei, mas soube que foi inaugurado em 2009, um Centro de Memória em frente à Calçada da Fama.

Para alegria dos fãs do esporte, há sempre um jogador, fazendo manobras incríveis com a bola de futebol, sem deixá-la cair no chão. Conhecido como futebol free style ou street style, é uma variante do futebol, em que um jogador mostra habilidades de equilibrar a bola em várias partes do corpo.

Estádio do Maracanã

O Estádio do Maracanã foi inaugurado em junho de 1950, no Rio de Janeiro, para que o Brasil pudesse sediar a Copa do Mundo, já que a Europa encontrava-se abalada pela Segunda Guerra Mundial. Com grande incentivo do jornalista Mário Filho, que depois foi homenageado dando seu nome ao estádio, a obra finalmente pôde ser concretizada.


2 – Jardim Botânico

Maravilhoso e vale muito a pena uma visita. As palmeiras imperiais da entrada são lindíssimas!! Existem plantas do mundo todo, tudo muito bem cuidado e catalogado: é uma verdadeira aula de botânica e um prazer imenso poder passear por suas alamedas e observar a exuberância dessa natureza.

Fundado por Dom João VI em 1808, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro festejou em 2008 seus 200 anos totalmente revitalizado. O cartão de visitas da cidade, conhecido internacionalmente por sua beleza, riqueza e diversidade, encanta os visitantes pela importância histórica, cultural, científica e paisagística. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sua área foi definida pela UNESCO como área de Reserva da Biosfera. 

O acesso é livre, funciona todos os dias e existe permanentemente dentro do Jardim Botânico mostras exposições e cursos sempre ligados à cultura ambiental. Existe um Instituto de Pesquisa do IBAMA que desenvolve programas sobre genética florestal (sementes e mudas). Dela pode-se ir a Floresta da Tijuca e a Vista Chinesa, donde se descortina vista panorâmica dos lugares mais bonitos do Rio de Janeiro, como por exemplo: Lagoa Rodrigo de Freitas, Jockey Club, Oceano Atlântico, Cristo Redentor e o Corcovado.

Andar pelas alamedas é deixar para trás o calor e o caos da cidade. Debaixo da sombra das árvores centenárias, busca-se inspiração e energia. Foi lá que o maestro Tom Jobim compôs belas canções, regendo a sinfonia dos pássaros.


Jardim Botânico


3 – Caminho do Bem-te-vi (Cláudio Coutinho)

Fazer cooper em volta do Pão de Açúcar é um presente de Deus! A pista do Caminho do Bem-te-vi (Cláudio Coutinho) fica na Praia Vermelha, em volta dos morros da Urca e do Pão de Açúcar. É muito fácil chegar lá e estacionar. Tem uma sinalização ecológica com totens e placas muito bonitas e bem feitas pelo caminho, que indicam a presença de animais, o modo como devem ser tratados e sobre a flora local.

Trilha da Urca


Cláudio Coutinho foi o preparador da seleção tri campeã brasileira de futebol.

É mais uma opção, muito gostosa de se fazer quando for ao Rio. Uma curiosidade: é a primeira unidade de conservação do eco sistema típico de Mata Atlântica, criado na cidade do Rio de Janeiro.

Vista do Passeio do Bem Te Vi


Restaurantes:

1 – Lorenzo Bistrô

São três ambiente para diferentes estados de espírito: no 1º andar, uma varanda, bem descontraída, rouba a cena. Ao subir as escadas, chama atenção uma coleção com emblemáticos rótulos de vinho consumidos pelo restaurateur João Luiz Garcia, o Janjão. Há ainda o terraço, com iluminação à luz de velas e vista para o Cristo. No mais perfeito estilo de um autêntico bistrô, com suas paredes de tijolo pintada de branca, cartazes antigos, meia luz, mesas pra lá de apertadas e uma sensação deliciosa de caos. É um dos bons restaurantes do Jardim Botânico, ambiente descontraído, freqüentado por jovens descolados.


2 – Margutta Restaurante

Na lista dos mais nobres da cidade, o Margutta encanta com sua cozinha italiana mediterrânea, especializada na leveza e na autenticidade dos peixes e frutos do mar com temperos inconfundíveis. É um restaurante muito simpático freqüentado pela fina flor da sociedade carioca. Serviço muito bom e é necessário marcar lugar.


3 – Gula Gula

São 25 anos de histórias que começaram quando o engenheiro aposentado, Fernando de Lamare, abriu uma lojinha de refeições rápidas no Leblon para ocupar seu tempo livre. Hoje, são onze endereços, com ambiente descontraído e receitas cheias de bossa. Aconselho a ir na filial da Henrique Dumont que é uma casa super simpática (ex-casa da mãe de uma amiga). O serviço é ótimo, a comida muito boa e o horário flexível para quem está na praia: abre cedo e só fecha tarde da noite.


4 – Garcia e Rodrigues

O charmoso bistrô faz sucesso há 12 anos e fica em uma das ruas mais famosas do bairro do Leblon, a Ataulfo de Paiva, em um verdadeiro point freqüentado por famosos, ao lado de importantes nomes do comércio local, como a Livraria Letras & Expressões, a doceira Colher de Pau de d. Ritinha, grande figura, faleceu há dois anos. Um dia conversando com ela me falou: só fecho a Colher de Pau dois dias por ano: no Natal e no dia 1º (por isso fez e faz tanto sucesso), tem uma filial na Rua Farme de Amoedo: o responsável é o filho de D.Ritinha), a Farmácia Piauí (sempre de plantão) e a Banca Piauí, onde se encontra jornal de vários lugares do mundo.


Garcia e Rodrigues


5 – Alessandro e Frederico

Ótima opção para café da manhã, está sempre cheio. Se não tiver lugar, pode ir ao lado, no Multi Frutas, que antes servia só sorvete; foram espertos e agora servem café da manhã para os que não conseguiram lugar no Alessandro e Frederico.
Almoçar e jantar no Alessandro e Frederico (são dois irmãos) é também uma excelente opção e esse ano ganharam o prêmio de a melhor pizza do Rio de Janeiro.

Alessandro e Frederico


6 – Porcão

Apesar do nome pouquíssimo sugestivo, O Porcão oferece um buffet maravilhoso e um serviço impecável. É uma boa pedida para almoçar ou jantar no Rio. Tem comida para todos os gostos e todas muito boas, desde sushi até picanha fatiada, passando por salmon e caviar. Sobremesas nem se fala: de bavaroise e creme brulé a todos os tipos de sorvetes e frutas maravilhosas. Não é à toa que já tem várias filiais nos Estados Unidos.


7 – Cesar Park

Não vou falar do hotel, mas sim de ter o privilégio de tomar café da manhã no 23 andar: é um programão!! A vista é espetacular e pode-se frequentar mesmo sem estar hospedado.


Café da manhã no César Park

Flats

1 – Ipanema Guinle
Uma ótima opção de flat, localização privilegiada, na Prudente Moraes, entre Garcia d’Ávila e Aníbal de Mendonça, mal comparando, a Oscar Freire de São Paulo. Todas as lojas de grife estão situadas nessas ruas. O serviço é ótimo, piscina, sauna, sala de Ginástica e coffee shop. Uma dica: peça andar alto e final 5 que tem vista para a praia.

Fachada do Ipanema Guinle


2 – Promenade Palladium na General Artigas, Leblon. Um bom flat para ficar, rua calma, perto dos bons restaurantes da Rua Dias Ferreira (Baixo Leblon). Uma boa dica: caso você se hospede peça para ficar no 4o. andar, dá a sensação de estar numa casa por que se pode ver a copa das árvores. É a dois quarteirões da praia.


3 – Por último falarei de um hotel muito especial que fica no bairro de Santa Teresa. Chama-se Térèze, charmoso, decoração com toques orientais de muito bom gosto. Além do restaurante que é ótimo, com vista do morro de Santa Teresa deslumbrante, tem o bar dos Descasados (o nome já diz tudo), uma espécie de lounge em um terraço todo iluminado com velas e também com vista. Os donos são franceses, super simpáticos, mas não consegui ver os quartos, que dizem serem lindos, nem o spa, porque era muito tarde.
Térèze


Para boas compras recomendo além do Fashion Mall (já conhecido, mas ótimo) o Shopping Leblon, que é relativamente novo e muito simpático.

Uma boa opção aérea para ir ao Rio é a companhia Azul. Sai de Viracopos e tem um serviço de shuttle do Shopping Eldorado. Viracopos é um aeroporto bem mais tranqüilo que Congonhas, principalmente na alta estação. Tem boas lojas, bom café e devido a localização parece que você está numa fazenda. E o melhor, chega em Santos Dumont e as passagens tem preços melhores!

Uma boa notícia: o caderno de Turismo do Jornal do Brasil (publicado todas as sextas) não tem anúncios no meio dos artigos! Para quem gosta de guardar artigos, como eu, foi um presente! Para mim sempre foi uma dificuldade ler os cadernos de turismo dos jornais com tanto anúncio no meio dos artigos. O caderno agrícola do OESP, por exemplo, tem os anúncios nas últimas páginas e não no meio dos artigos. Por quê não fazer o mesmo com o caderno de Turismo?


Aproveitem o Rio e boa viagem!


Serv
iço

Estádio Maracanã – Jornalista Mário Filho
R. Professor Eurico Rabelo, s/n – Maracanã
Rio de Janeiro – RJ, 20271-150
Tel: (21) 2568-9962

Jardim Botânico
Rua Jardim Botânico, 920 – Jardim Botânico
Rio de Janeiro – RJ
Tel: (21) 3874-1808 / 3874-1214

Caminho do Bem-Te-Vi (Pista Cláudio Coutinho)
Praça General Tibúrcio, s/n – Praia Vermelha, Urca
Rio de Janeiro, RJ

Lorenzo Bistrô
Rua Visconde de Carandaí, 2 – Jardim Botânico (esq. Com Lopes Quintas)
Rio de Janeiro – RJ, 22460-020
Tel: (21) 2294-7830

Margutta Restaurante
Avenida Henrique Dumont, 62 – Ipanema
Rio de Janeiro – RJ, 22410-060
Tel: (21) 21 2259-3718

Gula Gula Leblon
Rua Rita Ludolf, 87 loja A – Leblon
Rio de Janeiro – RJ, 22440-050
Tel: (21) 2294-8792

Garcia e Rodrigues
Avenida Ataulfo de Paiva, 1251 - Leblon
Rio de Janeiro – RJ, 22440-034
Tel: (21) 2512-8188

Alessandro e Frederico Restaurante
Rua Garcia D’Ávila, 151/loja D – Ipanema
Rio de Janeiro – RJ, 22421-010
Tel: (21) 2521-0828

Hotel Cæsar Park Ipanema
Avenida Vieira Souto, 460 – Ipanema
Rio de Janeiro – RJ, 22420-000
Tel: (21) 2239-0789
Tel: (11) 3049-6666

Ipanema Guinle
R Prudente de Morais, 1415 – Ipanema
Rio de Janeiro – RJ, 22420-043
Tel: (21) 22879609

Promenade Palladium
Av. General Artigas, 200 – Leblon
Rio de Janeiro – RJ, 22441-140
Tel: (21) 2489-7301

Santa Teresa Hotel
R. Felício dos Santos, s/n
Santa Teresa, RJ – 20240-240
Tel: (21) 3380-0220


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Rio de Janeiro e Cultura


O Rio de Janeiro continua lindo!!! 

Vou falar de algumas mulheres vanguardistas (do início do século XX) e de seus projetos, que tanto enriqueceram a cultura do Rio de Janeiro. Graças a elas temos mais cultura e coisas bonitas preservadas para ver no Rio de Janeiro. Conto também do projeto de um homem que vingou devido a sua perseverança e determinação. E como não podia deixar de ser conto um pouco como e onde foi o Reveillon.


1 - Casa da Cultura Laura Alvim

Conheci numa viagem à Índia, Stella Marinho, uma mulher muito bonita e simpática que fazia parte de um grupo organizado pelo monge budista Gustavo Correa Pinto. Ela me contou na época a história de Laura Alvim, que achei muito interessante. Stella foi diretora da Casa de Cultura de 1987 à 1991. Quando voltamos ao Brasil fomos fazer uma visita e conhecer a Casa de Laura Alvim e todo seu trabalho. O museu da Casa de Cultura é aberto à visitação e aconselho um tour pela casa, pois visita-se a parte íntima da casa dos Alvim (quarto e o closet com as roupas de Laura) e é super interessante. Stella além de sua simpatia de nos contar tudo sobre Laura, nos ofereceu um jantar em sua casa, na Estrada da Pedra Bonita, maravilhosa. Stella foi a primeira mulher de Roberto Marinho e mãe de seus cinco filhos. Infelizmente teve uma morte trágica há alguns anos.

Laura Alvim foi, literalmente, a primeira garota de Ipanema. Afinal, ela só tinha oito anos quando se mudou do Centro do Rio de Janeiro para morar num casarão em frente ao mar. Isso em 1910, quando Ipanema não passava de um areal imenso, sem iluminação, cercado aqui e ali por alguns cajueiros e pitangueiras.

Laura Alvim


Filha do médico Álvaro Alvim, pioneiro no uso dos raios-X no Brasil, e neta de Angelo Agostini, um dos maiores caricaturistas do Segundo Reinado, a menina irreverente cresceu cercada pela fina flor da intelectualidade da então capital da República. Passava horas devorando livros e poderia ter sido uma grande pianista, caso tivesse paciência para se submeter ao rígido horário das aulas. 

Decidiu ser atriz. Pelo menos, até ouvir de seus pais que aquilo era um pouco demais. Diante da proibição, resolveu radicalizar seu apoio a todas as formas de manifestações culturais, abrindo sua casa para artistas e intelectuais. Quem passasse por lá, nos anos 20, poderia dar de cara com Bibi Ferreira, Ernesto Nazareth, Roberto Burle Marx, Álvaro Moreira, Rosalina Coelho Lisboa, Isadora Duncan, Fernanda Montenegro e Tônia Carrero.

Diz a lenda que a bela anfitriã de boca pequena, lábios finos e mãos delicadas recebeu umas 49 propostas de casamento. Ela, no entanto, jamais quis se casar. Preferiu, nos anos 50, dedicar-se ao projeto de transformar sua casa num grande centro cultural, numa espécie de homenagem ao pai, que morreu em 1928. Desde então, ela viveu sozinha com a mãe e, mais tarde, com uma governanta cearense. 

Em meio ao início das obras, em 1969, sua casa se encheu de novo. Dessa vez, o casarão passou a ser habitado pelos parentes da governanta que vinham do Nordeste. Como a casa era grande, cerca de 60 pessoas chegaram a morar nos cômodos mal-acabados até encontrar moradia e emprego. Conhecida como 'A República do Ceará', a casa abrigava de recém-nascidos a idosos.

Apesar de ter vendido os terrenos que o pai possuía no Leblon, perdeu boa parte desse capital investindo na Bolsa de Valores e ficou sem dinheiro para tocar seu projeto. 

Por causa de uma doença na pele, tornou-se reclusa, pois já não se sentia tão bonita e apresentável para receber as pessoas. Sem dinheiro até para alimentar-se bem, alugava os quartos do casarão e dormia no porão. No meio de entulhos, cercada por objetos desorganizados, contas, livros e uma infinidade de jornais, ela passava dia e noite desenhando e dando forma a suas idéias de transformar sua casa num importante centro cultural.

Mesmo sem recursos, ela não desistiu do ideal de usar o casarão como um meio de democratizar a arte. Recusou propostas milionárias de construtoras e incorporadoras de olho na espaçosa propriedade de 1000 metros quadrados na Avenida Vieira Souto, já a época o metro mais caro do Rio de Janeiro.

Embora doente, continuou a opinar sobre todos os assuntos referentes ao projeto. Em seu leito de morte, doou a casa ao governo do Rio de Janeiro, legando à cidade o casarão onde viveu por quase 80 anos. Morreu no dia 22 de março de 1984. O centro cultural só foi inaugurado após sua morte, em 12 de março de 1986. Laura conseguiu transformar seu sonho em realidade nesse magnífico projeto aberto a todos que, assim como ela, amam a arte. Em Ipanema!

Cartaz Casa Cultura Laura Alvim

Nas arcadas no fundo da casa tem um café muito simpático, com mesinhas, onde se pode tomar um lanche antes ou depois do espetáculo ou do cinema. As paredes são enfeitadas com pedras e as 245 poltronas foram projetadas por Oscar Niemeyer. Observei que a maioria do público que frequenta a Casa é da região e não muito jovem.

Em dezembro estava em cartaz a peça “A Casa de Laura” fruto de uma pesquisa feita por Susanna Kruger durante 17 anos. Anamaria Nunes borilou e costurou todo esse material para contar a história de Laura através de uma itinerância que percorre todos os cômodos do museu que era a parte íntima da casa dos Alvim. 

Laura alternando entre sua juventude e sua velhice vai contando a construção da Casa dos Alvim e a transformação dessa casa no Centro Cultural. O que entremeia essa estória é o pulso vital da Laura e sua paixão pela família e pelo teatro. A peça volta ao cartaz no começo de Março. Conversei com Susanna que, além de ter feito essa dedicada pesquisa, é a produtora, diretora e atriz do espetáculo. Ela me contou que interrompem nos meses de janeiro e fevereiro devido ao calor e a casa não ter ar condicionado.

Após cinco meses de reformas, em setembro de 2006, foi inaugurada a Estação Laura Alvim que se compõe de três salas de cinema com todos os equipamentos mais modernos e uma dica: é o único no Rio a dispor de chaises longues, instaladas na primeira fila. A Casa de Cultura Laura Alvim é hoje um importante centro de referencia das artes no Rio de Janeiro.


2 - Toca do Vinicius – a Casa da Bossa Nova
Para quem gosta de música é imperdível. O dono é super simpático, recebe todos os fregueses muito bem, conta histórias e estórias e oferece o que há de novo no mercado de música Bossa Nova.

Carlos Alberto Afonso na Toca do Vinicius – a Casa da Bossa Nova


Quando conheci a Toca do Vinicius, anos atrás, ficava curiosa imaginando: será que ainda existem compositores criando novas músicas de Bossa Nova? Aos poucos fui percebendo que os cds “novos” são reedições novas de músicas antigas. 

A Toca fica na Rua Vinicius de Moraes em Ipanema, e foi fundada por Carlos em 1993. Além de livros, cds e souvenirs da Bossa Nova, organiza pequenos concertos geralmente aos domingos no final da tarde. Não é uma loja dedicada a Vinicius de Moraes, mas sim à Bossa Nova, como me contou Carlos, numa conversa que tive com ele no dia 29 de dezembro de 2009. Quem o convidou para o projeto foi Ronaldo Bôscoli, durante uma ligação telefônica em que propôs a Carlos fazerem algo pela Bossa Nova. A partir daí a idéia começou a tomar forma. Carlos, um aficionado pela Bossa Nova desde garoto nos anos 60, conhecia bem dois nomes desse movimento, de um programa que costumava ouvir na rádio Tamoyo: Menescal e Bôscoli, este último o grande líder da Bossa Nova. O convite de Bôscoli em 93, ocorreu quase que junto com a saída de Carlos do magistério e o fez pensar em um sonho antigo não concretizado, uma causa com que sempre se preocupara: a questão político-social. Vislumbrou oportunidade única para a concretização de seu ideal ao aceitar o desafio de Bôscoli. 

Vinicius de Moraes faria 80 anos em 1993 e ainda não era um produto comercial como o é hoje. Era o ícone de um segmento social estreito. A Bossa Nova, segundo Carlos, ficava limitada aos muros da classe média onde ainda permanece (apesar de já ter 50 anos).



Parede da Toca com fotos de vários representantes da Bossa Nova, da esquerda para a direita, sentido horário: Pixinguinha, Tom Jobim, João Gilberto, Toquinho, Ronaldo Bôscoli e Leila Diniz. Na foto maior ao centro: Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Bôscoli, Menescal e Carlos Lira. Uma preciosidade: a tela atrás é um retrato de Vinicius quando jovem, pintada por Portinari.

Ele queria alargar as fronteiras da Bossa Nova atingindo também as classes mais populares. Para Carlos, o projeto tinha que ter um conteúdo social. Em função de uma herança do Estado da Guanabara a cidade do Rio de Janeiro possui a mais numerosa rede de ensino fundamental público de toda América Latina, mesmo não sendo a maior cidade da Federação. 

O projeto que apresentaram para o prefeito era ensinar sobre Vinicius e música às 750.0000 crianças da cidade do Rio de Janeiro! O pretexto para levar esse projeto para a rede pública era os 80 anos de Vinicius. O prefeito na época era Cesar Maia e concordou na hora. Queriam que fosse situada na Barra, mas Carlos bateu o pé e disse que não combinaria Bossa Nova na Barra (o que eu concordo). Carlos procurou uma propriedade do Patrimônio e achou essa pequena casa muito simpática em Ipanema. Cesar Maia instituiu por decreto o ano de 1993 como o ano de Vinicius de Moraes. Helena Severo secretária da Educação, convidou Carlos para secretariar o projeto e oficializou os canais solicitados. 

Usaram a Arca de Noé, conjunto de poemas infantis de Vinicius que depois ganhou música de Toquinho, no projeto de educação das escolas, que ficou bárbaro. Bôscoli era cunhado de Vinicius, casado com sua irmã Lila, o que facilitou tudo. Carlos resolveu fazer a livraria e fazer o projeto ser auto-sustentável. Na minha opinião esse foi o principal ponto do projeto ter vingado, porque se fosse depender dos políticos... Vive as próprias custas com a venda de produtos da loja. Parece muito feliz com o seu projeto que já funciona há 16 anos. Carlos era professor e se aposentou; com a ajuda de sua família conseguiu realizar o sonho de sua vida que era concretizar esse projeto da Bossa Nova fazendo com que ela além de não ser esquecida fosse matéria obrigatória no currículo escolar. Eu diria que é um homem realizado!


3 - Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa

O palacete onde está construída a Casa Julieta de Serpa, foi fruto de uma história de amor. Demócrito Lartigau Seabra, de uma importante família de comerciantes da época, apaixonado por sua mulher Maria José, quis dar a ela de presente a mais bela casa do Rio de Janeiro. Contratou um arquiteto francês e mandou vir da Europa todos os materiais para a construção e para a decoração do palacete, desde vitrais e parquets até a prataria. Graças ao tombamento da casa em 1997 pelo Departamento Geral do Patrimônio Cultural e da Secretaria Municipal de Cultura, os herdeiros não conseguiram vendê-la para a construção de um prédio (sorte nossa). O educador e antiquário Carlos Alberto Serpa de Oliveira comprou o palacete em 2002 e instalou a Casa de Cultura, dando a ele o nome de sua mãe, Julieta de Serpa.

Casa de Cultura Julieta de Serpa


Hoje além de exposições funcionam o restaurante Blason com menu francês, o Bistrô BS para refeições mais leves, o Piano Bar J Club onde se pode ouvir uma boa música e o Salão de Chá D'Or que serve chá de diversos sabores e iguarias de dar água na boca. Durante o chá, em algumas épocas, são encenadas peças com atores que hoje formam a Cia. de Teatro da Casa Julieta de Serpa.
Podem ser realizados eventos e exposições. Uma exposição que marcou foi a de Terezinha Solbiati Mayrinque Veiga, com curadoria de Hildegard Angel. Valeu a visita!!


4 - Fundação Eva Klabin

Havia duas irmãs tipicamente francesas — dessas que adoram estar sempre bem informadas a respeito de circuito cultural —, cujo objetivo na vida era conhecer cada um dos museus da França. Ao final de suas vidas, depois de terem visitado todos os museus possíveis e imagináveis, chegaram a conclusão que só faltava um único tipo de museu: o museu da vida (estória contada pelo professor Ulpiano Bezerra de Meneses, na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro em 2000). Isso nos remete a Ema (que também fez uma Fundação de sua casa em São Paulo - vale a pena visitar, precisa marcar hora) e a Eva Klabin.

Eva Klabin

Eva era muito parecida com seu pai Hessel, autoritária como ele, um grande colecionador de pratas. Contrariando o pai, casou-se com Paulo Rapaport, austríaco, naturalizado brasileiro na década de 30, que trabalhava para Assis Chateaubriand. Nos anos 40 já tinha perdido o pai, a mãe e a irmã caçula. Além de todas essas tristes perdas descobre que não pode ser mãe. Compram a casa da Lagoa (que era bem menor do que o tamanho atual) e algumas obras de Pietro Maria Bardi, que era então assessor de Chateaubriand. 

Começa aí a coleção de Eva Klabin. Ela anteviu, talvez, por ser muito intuitiva que iria tornar-se uma grande colecionadora. Resolve então transformar sua casa em museu. Vale a pena uma visita à Fundação Eva Klabin. A casa é maravilhosa! É impressionante o número de obras do acervo que ela reuniu ao longo dos anos, e que cobre vários períodos da história: é uma viagem sobre arte. Cobre desde a arte do Egito antigo, mundo greco-romano, pinturas clássicas dos séculos XVI, flamengas do século XVII e inglesas do século XVIII, arte gótica, arte oriental, enfim os mais importantes ícones da cultura do passado e formadores da cultura atual. Tudo é muito bem cuidado e conservado.

Fundação Eva Klakin


Eva era uma mulher muito especial; depois que ficou viúva e ter cumprido um período de luto, muda o preto pelo vermelho, tinge os cabelos de tom cenoura e passa a ter um vida boêmia. Troca o dia pela noite, em suma, resolve fazer uso do seu dinheiro e de sua liberdade. O guia nos contou na visita que Eva tinha dois turnos de empregados: o noturno começava às 19 horas e terminava às cinco da manhã (inclusive sua secretária). Contou também que Eva recebia pessoas ilustres do mundo todo em sua casa, sempre depois da meia-noite, tais como: Kissinger, Shimon Peres, Juscelino Kubitscheck. Seus jantares permaneceram na estória da sociedade carioca pelo requinte e arranjo de flores fantásticos de seu amigo Burle Marx. 

A casa era e é sempre escura, mesmo de dia, o que causou no início um certo desconforto para o curador Márcio Doctors, até ele se acostumar que para Eva era imprescindível viver à noite. Eva Klabin soube aproveitar o que a vida tem de melhor: viagens (Europa, Oriente), melhores hotéis (Meurice em Paris, Claridge em Londres, Excelsior em Roma), jóias de griffe (Boucheron, Cartier). Suas malas Vuitton eram tão grandes que tinham que ser levadas por transportadora para o cais do porto. Eva viveu em grande estilo, e nos deixou esse maravilhoso legado, o que só temos a agradecer.

Para se visitar a Fundação é necessário marcar hora. Outra curiosidade: fique atento porque às vezes levam peças de teatro itinerantes, dessas que o público acompanha os personagens pela casa afora, que acredito deve ser muito interessante.


5 - Villa Riso

A sede da fazenda “São José da Alagoinha da Gávea” propriedade do Visconde de Asseca, data de meados de 1700, e abrangia uma enorme área que se estendia da Gávea até Jacarepaguá e Tijuca.
Anos mais tarde a propriedade, já desmembrada, foi adquirida por Ferreira Viana, Conselheiro Imperial e Ministro da Justiça do II Império. Nesse período a fazenda recebeu hóspedes ilustres, como o Imperador D. Pedro II, que pessoalmente plantou cinco das seis imponentes palmeiras imperiais, ainda hoje guardando a casa. A atual biblioteca testemunhou outro momento importante da memória de nosso país: a redação pelas mãos do Conselheiro Ferreira Viana da Lei Áurea, responsável pela abolição da escravidão.

Em 1932 a casa passou às mãos do italiano Comendador Osvaldo Riso. Em 1906, com apenas 29 anos, o comendador veio exercer o cargo de diretor geral e de relações internacionais do Banco da Itália, no Rio de Janeiro. Desde sua primeira visita ao país, tornou-se um entusiasta pelo desenvolvimento cultural local e pelo estreitamento das relações comerciais entre Brasil e Itália. Quando de sua instalação definitiva no Brasil em 1927, tornou-se um incentivador do movimento pela criação da Orquestra Sinfônica Brasileira, e sua casa passou a fazer parte obrigatória do calendário cultural do Rio de Janeiro. Promovia saraus, concertos, exposições e também o encontro entre jovens talentos e artistas internacionalmente consagrados.

Nos anos 80, Cesarina, a primogênita do Comendador Riso deixa a Itália e volta a morar no Rio de Janeiro. Decide reestruturar e adaptar a antiga mansão apostando no potencial turístico e comercial da cidade. Assim formou-se a Villa Riso, uma casa que conta um pouco da história da antiga capital do Império e do passado do Rio de Janeiro. Nos dias de hoje ainda tem como ponto fundamental, servir a cultura e a arte, promovendo eventos através de seu Centro Cultural e Galeria de Arte. Oferece também espaço para eventos corporativos e privados.

Villa Riso fachada


6 – Réveillon no José Hugo Celidônio

Os ares de Ipanema estão mais saborosos depois que o chef Zé Hugo Celidônio abriu em Agosto/09 as portas de seu novo restaurante: o Gourmet Praia, instalado na Vieira Souto. Conheço o Zé Hugo há mais de 30 anos, antes mesmo dele abrir seu primeiro restaurante, porque, não sei se vocês sabem, ele é paulista. Freqüentei todos seus restaurantes: Flag (Rio e depois também em São Paulo), Club Gourmet em frente ao cemitério, depois junto com o Ricardo Amaral o restaurante do César Park, que servia feijoadas no sábado (com pernil!! Que é muito raro em feijoada, e é divino!). 

Seus cursos de cozinha são famosos, escreve no Jornal do Brasil sobre Gastronomia e receitas (das quais já fiz várias e não tem erro). Dito isso, fomos jantar no seu novo restaurante no dia 31. Estava ótimo, comida maravilhosa!! Parecia uma festa na casa de um amigo, sem lugar marcado, nos divertimos muito e até deu para ir ver os fogos a pé em Copacabana.


José Hugo Celidônio


Depois da praia, deixe de preguiça e vá enriquecer um pouco sua alma com Arte!

Boa viagem!


Serviço

Casa de Cultura Laura Alvim
Avenida Vieira Souto, 176 - Ipanema,
Rio de Janeiro – RJ, 22420-000
Tel: (21) 2332-2015

Toca do Vinicius
Rua Vinicius de Moraes, 129 C – Ipanema
Rio de Janeiro - RJ, 22411-010
Tel: (21) 2247-5227

Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa
Praia do Flamengo, 340 – Flamengo
Rio de Janeiro - RJ, 22210-030
Tel: (21) 2551-1278

Fundação Eva Klabin
Avenida Epitácio Pessoa, 2480 - Lagoa
Rio de Janeiro – RJ, 22471-000
Tel: (21) 3202-8550

Villa Riso
Estrada da Gávea, 728 – São Conrado
Rio de Janeiro – RJ, 22610-010
Tel: (21) 3322-144

Fundação Cultural Ema Gordon Klabin
Rua Portugal, 43 Jd.Europa
São Paulo – SP, 01446-020
Tel: (11) 3062-5245

Gourmet Praia
Av. Vieira Souto, 234 – Ipanema
Rio de Janeiro ––22460-000
Tel: (21) 2267-8790



Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Save the Date – Miami IV


Turismo em Miami.

Um bom hotel para ficar é o Loews South Beach, bem em frente a praia, com um ótimo restaurante, uma boa cafeteria e que oferece preços razoáveis. Quando for a praia preste atenção ao sair do hotel na rua que atravessar: passa-se na frente de muitos hotéis de South Miami Beach e é muito agradável para fazer seu cooper matinal.

Hotel Loews

Algumas dentre as boas opções de compras e restaurantes:

Village of Merrick Park em Coral Gables: é um shopping muito agradável de se ir, não é muito cheio, tem lojas muito boas e é a céu aberto, o que pessoalmente me agrada por não dar a sensação que você está trancada em um lugar fechado e nem sabe se está chovendo ou já anoiteceu. Um bom restaurante para almoçar é o Villagio, italiano, comida saudável. Mesas ao ar livre, muito verde a volta.

Village of Merrick Park

Acredito que falar sobre o shopping Ball Harbour é chover no molhado, mas sempre tem alguém que não conhece. É onde estão as grifes mais famosas, as lojas são maravilhosas, super chiques, tornando esse shopping o mais agradável de todos. O almoço no restaurante Carpaccio é muito bom.

Uma rua muito simpática para passear, fazer compras e almoçar ou jantar é a Lincoln Street. É só para pedestres, alegre, cheia de gente bonita andando, muita vida, e as lojas ficam abertas até 11h da noite. O restaurante Quattro é bom para jantar, serve comida italiana. Uma curiosidade: um dos donos é o Emerson Fittipaldi, segundo comentários.

Se você quiser se hospedar em um lugar bem exclusivo, Fisher Island vale a pena! Localizada perto de Byscaine Bay, é bem perto do aeroporto. Carl Fisher, comprou esse paraíso de 200 acres cheio de coqueiros da primeira milionária negra da South Florida em 1.905, Dana Dorsey. Começou a alargar os terrenos por causa dos mangues e logo teve problemas com o governo. William Vanderbilt II (neto do Comodoro Cornelius Vanderbilt) conseguiu a posse da ilha em 1.925. Conta-se que Carl Fisher cobiçava o yatch de 250 pés do velho Cornelius e, por outro lado, William Vanderbilt desejava a propriedade de Fisher. Fisher teria dito: minha ilha por seu barco e prontamente o negócio foi fechado. O mais rico esportista da América começou com um investimento de US1.500.000 e construiu um maravilhoso palacete que hoje é a sede do condomínio de Fisher Island. Criou um resort: fez casas de hóspedes, quadras de tênis, piscinas, campo de golf com 9 buracos, tudo para seu deleite e de seus amigos. Para garantir maior conforto instalou uma estrutura básica de água e luz.

Tudo isso, não esqueçam, antes da 2ª grande guerra. Depois da morte de Vanderbilt, em 1.944 a ilha mudou de mão várias vezes (pertenceu até a Nixon!). Apesar de não ser mais propriedade de uma só família, ainda hoje Fisher Island permanece de alguma maneira inacessível ao público. É um refúgio exclusivo e tem o maior incom per capita dos Estados Unidos. Entre os restaurantes da ilha, o Porto Cervo é ótimo, comida italiana e o City View na Mansion (sede). É comum encontrar celebridades por lá tais como Mel Brooks e Boris Becker entre outros. Para se chegar lá tem que pegar uma balsa muito simpática: na hora de ir embora o funcionário da ilha dá uma esguichada no seu carro e diz: a splash of luxury!!!. Vale a pena dar uma volta de carrinho pela ilha e ver os yachts enormes ancorados! Vimos um de 14 andares inteirinho enfeitado de Natal, parecia o Bloomingdales!!! Muitos brasileiros tem casa lá.

Fisher Island


Se quiser ir a um Outlet, acredito que o South Grass vale a pena. É distante de Miami Beach uma hora e o táxi custa por volta de US 100,00. Tem milhares de loja boas, cheio de gente, mas não é de morrer. Há uma praça de alimentação sem nenhum charme, onde o restaurante menos ruim era o de saladas.

O Hotel Mondrian é muito bonito, o cocktail de abertura da Art Basel foi lá. 3 mil pessoas na pérgola da piscina, toda lindamente decorada, sem se apertarem. A vista sobre Miami é breathless (de tirar o fôlego)!!

Recomendo muito para jantar o Joe’s Crab, e aqui vai uma dica interessante: peça um prato (as porções são enormes) e divida; comemos super bem, pagamos US 100,00 e éramos 5 pessoas! Especialidade: enormes e saborosas patas de caranguejo.

Joe's Crab

O restaurante japonês Nobu é dentro do hotel Shore Club, super badalado e a comida é ótima!! O hotel foi projetado pelo famoso arquiteto britânico David Chipperfield e o paisagismo inspirado nas cores intensas de Matisse do Jardim Majorelle em Marrakech.

Hotel Shore Club

Para um jantar italiano o restaurante DeVito é uma boa opção e fica em South Miami Beach perto dos hotéis, e pertence ao conhecido ator norte-americano Danny DeVito. Animado, bem servido e ótima comida!

DeVito


O restaurante Smith and Wollensky é famoso por sua carne e suas batatas com sour creme. É a mais tradicional churrascaria norte-americana. Não se esqueça de pedir para sentar fora com vista para o mar, faz toda a diferença. Dá até para ver a Fisher Island!

Restaurante Smith & Wollensky


O Design District é um bairro muito interessante para passear e aproveitar o que ele oferece. Muitas galerias de arte, lojas de griffe e cafés. Lembra muito o Soho de Nova York. A nova loja do Louboutin que acabou de inaugurar no bairro, é linda e os sapatos são maravilhosos. Dê uma olhada!!!

Espero que aproveitem Miami. Save the Date e um Feliz Ano Novo.


Serviços

Loews South Beach Hotel
1601 Collins Ave.
Miami Beach, Florida
Tel.305-6041601

Mondrian Miami Hotel
1100 West Ave.
Miami Beach, Florida
Tel.305-5145500

Shore Club Miami Hotel
1901 Collins Ave.
Miami Beach, Florida
Tel.305-6953100

Village of Merrick Park
358, San Lorenzo Ave., Suite 3000
Coral Gables, Florida
Tel 305-529.0200

Sawgrass Mills Outlet
12801 W Sunrise Boulevard
Sunrise, Florida
Tel.954-8462351

Bal Harbour Shops
9700 Collins Ave.
Bal Harbour, Miami, Florida
Tel.305-8660311

Rest Villagio
358, San Lorenzo Ave.
Tel.305-447.8144

Rest Nobu
1901 Collins Ave.
Miami Beach, Florida
Tel.305-6953232

Rest DeVito South Beach
150 Ocean Drive
Miami Beach, Florida
Tel.305-5310911

Rest Smith and Wollensky
1 Washington Ave (at South Point Park)
Miami Beach, Florida
Tel.305-6732800

Rest Quattro
1014 Lincoln Road
Miami Beach, Florida
Tel.305-5314833

Rest Joe’s Crab
11 Washington Ave.
Miami Beach, Florida
Tel.305-6730365

Fisher Island Club
1 Fisher Island Drive,
Miami Beach, Florida
Miami, Florida
Tel.305-6733119

Christian Louboutin Shop
155 Northeast 40th St
Miami, Florida
Tel.305-5766820



Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders