sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Save the Date – Miami III


Continuando a falar sobre a Art Basel Miami, nesse artigo vou contar um pouco sobre duas Galerias e alguns Museus.


Convention Center

O Convention Center é um espaço ótimo, muito organizado, onde ficaram as 250 galerias que participaram do evento. Ocupa quatro quarteirões de Miami Beach e é “walking distance” das melhores praias, dos melhores hotéis e do South Beach Art Deco District (com estacionamento).

Uma dica; se quiserem viajar pela agência oficial da feira, a Art Basel indica a Agência Turon, uma agência de turismo especializada em arte em New York e que funciona como agente oficial da feira. A Turon Travel bloqueia quartos com taxas especiais em mais de 30 hotéis de todas as categorias em Miami Beach e Miami. E também conseguem preços especiais para a parte aérea e alugueis de carros.


MAM

O Museu de Arte Moderna de Miami, ofereceu um cocktail seguido de um delicioso jantar aos convidados VIPS da Arte Basel, para o vernissage da exposição do pintor argentino Guilhermo Kuitca, que estava maravilhosa.

De uma arquitetura muito bonita, o museu era conhecido como Centro de Belas Artes (1984-1996), uma organização unicamente para exposições temporárias de toda a amplitude de história da arte, mas sem coleção própria.

Em 1995, após um longo processo de planejamento, que envolveu milhares de moradores de Miami, foram feitas várias modificações. Entre as mais importantes figuram: a mudança do nome da instituição para Miami Art Museum (MAM), começar a colecionar obras para criar um acervo próprio e exibir a arte dos séculos 20 e 21, com ênfase na arte do Hemisfério Ocidental.

MAM Museum

Bass Museum

Foi criado em 1963. A cidade de Miami aceitou como presente a coleção de John e Johanna Bass com a condição de manterem sua coleção intacta e proporcionarem exposições permanentes. Está localizado na antiga Miami Beach Public Library and Art Center e foi projetado em 1930 por Russell Pancoast, neto do pioneiro de Miami, John Collins. Foi o primeiro espaço público em Miami para exposição de Artes Plásticas. Esse edifício é hoje o ponto central da zona histórica da cidade. Durante a Art Basel pudemos apreciar a exposição Where do we go from here? E parte do acervo do Museu.

Bass Museum


Vizcaya Museum

O Museu Vizcaya é um monumento histórico nacional e também um museu credenciado pela Associação Americana de Museus, que pertence ao Condado de Miami-Dade. Permanece aberto ao público 364 dias por ano. O museu e os jardins foram construídos pelo empresário James Deering em 1916. Faz parte do conjunto a casa principal com dez acres de jardim e uma vila histórica.

Uma visita a Vizcaya nos desperta todos os sentidos. Entra-se por um jardim de floresta subtropical exuberante até chegar a casa principal através de uma passagem repleta de fontes e folhagens. O interior da casa é recheado de tesouros vindos de toda parte do mundo. De segunda a sexta feira, por meia hora (começando ao meio dia) pode-se ouvir música tocada em um órgão de 1917. Do lado de fora, uma vista espetacular da Baia de Biscayne e por fim um colorido orquidário. Não deixe de visitar este refúgio maravilhoso no coração de Miami!

Vizcaya Museum

Galeria Luisa Strina

Luisa Strina, acredito que uma das Galerias mais antigas e importantes brasileiras, expôs em seu interessante espaço os artistas que representa.

Atrás dela (foto abaixo), está uma obra de Adrian Villar Rojas - argentino – “Lo que el fuego me trajo”, acrílico sobre Madeira.




O artista Marepe (Marcos Reis Peixoto, 1970), baiano muito bem representado com duas obras; uma delas pode ser vista nessa foto, no chão atrás da Luisa: uma escultura de vidro.

A foto abaixo é uma instalação de Laura Lima, artista plástica carioca (1971). É impressionante ver esse braço desenhando ininterruptamente e saber que pertence a um ser vivo que fica dentro de um pequeno quarto horas!!!

Instalação de Laura Lima


Galeria Brito
Luciana Brito com Sylvester Stalone,
uma das celebridades que estava na Art Basel.

Luciana Brito expôs no seu lindo espaço os artistas:

Marina Abramovic, escultora, com uma foto maravilhosa “Transitory Object for Human Use” (foto abaixo) e também um vídeo muito admirado.




Marina Abramovic - Transitory Object for Human Use

Delson Uchôa, pintor alagoano com uma tela magnífica (acrílico sobre tela); demorou anos para fazer esse quadro, é muito caprichoso e o resultado é maravilhoso!




Delson Uchôa - Quaresma

Luciana me contou que esse ano fez uma sessão especial “art cabinet” com artistas históricos que representa: Geraldo de Barros e Waldemar Cordeiro e fez o maior sucesso!!
Vendeu obras dos dois para renomadas Instituições e trabalhos de outros artistas que representa, para coleções particulares. Segundo ela valeu muito a pena ir!

Para terminar esses artigos sobre a Art Basel de Miami nada melhor do que parafrasear Lydia Martin do Miami Herald, que escolheu este criativo título para sua coluna: Basel: Bigger, better, busy as ever.

A 8ª edição da arte Basel Miami foi vinte por cento maior em área do que a de 2008 e ainda ficou lotada; traduzindo: não está diminuindo e ainda é um grande sucesso! A crise não atingiu a Art Basel de Miami.

Save the Date para 2010 e Feliz Natal!!!






Serviço

Miami Beach Convention Center
1901 Convention Center Drive
Miami Beach, Florida
Tel: 305-6737311

Bass Museu
2121 Park Avenue
Miami Beach, Florida
Tel: 305.673.7530

MAM Museum of Modern Art
101 West Flagler St.
Miami Beach, Florida
Tel: 305.375.3000

Vizcaya Museu
3251 South Miami Av.
Miami, Florida
Tel: 305-250.9133

Turon Travel
2 Wooster St.
New York, 10013, NY
Tel: 212.925.5453

Galeria Luisa Strina
Rua Oscar Freire, 502
São Paulo, SP
Tel: 3088.2471

Galeria Luciana Brito
Rua Gomes de Carvalho, 842
São Paulo, SP
Tel: 3842.0634



Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Save the Date – Miami II


Neste artigo vou falar de mais duas coleções também muito importantes: Coleção Cisneros e Coleção Família Rubell.


Coleção Cisneros


A Fundação de Arte Cisneros Fontanals (CIFO) é uma fundação sem fins lucrativos criada em 2002 por Ella Fontanals e sua família, para promover o intercâmbio cultural e educacional nas artes visuais. O foco principal da CIFO é apoiar artistas contemporâneos da América Latina, representantes de todo tipo de arte, principiantes ou não, cujos trabalhos sejam um desafio às fronteiras estabelecidas no que tange a definição de arte contemporânea atual. Todo ano um conselho internacional de curadores escolhe dez artistas iniciantes da América Latina, para financiar seus estudos, trabalhos e os insere nas exposições da CIFO daquele ano.

Em suma, a CIFO tem o compromisso e o objetivo de ampliar e modificar a compreensão mundial sobre arte e principalmente sobre a arte latino-americana, mudando os paradigmas e estereótipos tradicionalmente ligados à esta última.

A CIFO oferece um brunch durante a Art Basel Miami. Este ano vimos uma seleção de vídeos chamada Being in the World: Selections from the Ella Fontanals Collection, com curadoria de Berta Sichel. São sete trabalhos de: Chantal Akerman, Rafael Lozanno-Hemmer, Munteam/Rosenblum, Shirin Neshat, Robin Rhode, Bill Viola e Francesca Woodman. O trabalho de Bill Viola, "The Raft" (A Balsa) é impressionante. Trata-se de um vídeo que começa com um grupo de pessoas em pé. Em seguida entra outro grupo de pessoas, que se junta ao primeiro. Surgem então rajadas fortes d’água, vindas de todos os lados e direcionadas às pessoas, derrubando-as uma a uma. O vídeo (e a água) termina quando todos estão por terra, vão caindo um por um no chão. A primeira a cair é uma velha e os jovens são os últimos a caírem. A mensagem do vídeo (foto) é muito clara e forte, dispensa comentários (exposição aberta de dezembro 2009 até 07 março de 2010).




O grupo Cisneros surgiu por volta de 1920, na Venezuela, na pessoa de Diego Cisneros. Homem de visão e fundador do grupo, já se destacava como um grande empresário nos anos 60 com a aquisição de um canal de TV, que mais tarde se tornou a rede venezuelana nacional, a “Venevisión”. Após a fase inicial de crescimento do grupo nos anos 70, o conglomerado diversificara consideravelmente seus empreendimentos, e nos anos 80 expandira seus domínios pela América Latina. Das operações comerciais (mídia, TV, entretenimento, gravadoras, etc.) bem sucedidas, à cultural e educacional (criação Fundação Cisneros) liderada por Patrícia Phelps de Cisneros, foi quase que uma complementação natural.

Originalmente construída em 1936, o galpão que abriga a Fundação Cisneros foi recentemente reformado e está muito bonito. Está situado em um bairro, onde cada vez mais se encontram galpões de colecionadores e galerias, e é um espaço permanente para exposições. René Gonzáles, o arquiteto da reforma fez a parede externa de pastilhas de vidro, coladas em painéis de alumínio de 1m25 cada. São multicoloridos (mais de 200 cores) e imitam uma floresta de bambus, delumbrante! Por dentro é despojado para não interferir com as exposições.




Serviço:
Cisneros Fontanal Art Foundation
1018 North Miami Avenue, Miami
T: +1(305)455-3380


Coleção da Família Rubell

É uma das maiores e mais importantes coleções de arte no mundo atual (agora com sede em Miami, Flórida). Don e Mera Rubell começaram sua coleção logo após seu casamento (1960/1964) e a aumentaram à medida em que seus filhos Jason e Jennifer, ainda bem jovens, se juntaram a eles na arte de colecionar. A mais nova colaboradora é Michelle, esposa de Jason. A família possui hoje cerca de 6 mil obras de arte, de quadros a esculturas, fotografias, vídeos e instalações, de artistas com trabalho significativos desde a década de 1970 até hoje.

A coleção é como um "Quem é Quem" da arte contemporânea, e inclui obras dos 30 artistas considerados os americanos mais importantes tais como: Jean-Michel Basquiat, Gilbert & George, Donald Judd, Anselm Kiefer, Jeff Koons, Paul McCarthy, Takashi Murakami, Richard Prince, Andy Warhol, entre tantos outros. A Coleção da Família Rubell foi aberta ao público em Miami, em 1996. Originalmente sediada em Nova York, a família mudou-se para Miami em 1993 e entrou primeiro para a indústria hoteleira, restaurando e reabrindo hotéis Art Deco, como o Albion. 

A princípio a coleção esteve abrigada em um armazém da cidade de Nova York, para então, em 1996, instalar-se em Miami, na rua 29, em um antigo prédio da Drug Enforcement Agency (DEA). Compreendendo cerca de quase 4 mil metros quadrados de espaço para exposição, renovada a cada seis meses, o local permanece aberto ao público durante todo o ano. Foi-me dito que, a cada renovação semestral, a curadoria escolhe o tema para a próxima exposição e seleciona primeiramente, em seu próprio acervo, obras relacionadas a ele. 

A partir daí é feita uma pesquisa sobre todos os artistas que pintaram ou produziram alguma arte pertinente ao assunto, e então os colecionadores saem em busca dessas obras, que completariam o tema da exposição, para adquiri-las. Essa é uma das maneiras de como os Rubell aumentam seu acervo a cada seis meses, que aliás é muito interessante e criativa.

A Coleção Família Rubell recebe algo como 22 mil visitantes por ano, transformando assim o que era um velho armazém do DEA, numa visita imperdível aos fãs de arte contemporânea que visitam Miami.

Durante a Art Basel Miami, os Rubell recebem para um breakfast diário, quando apresentam a instalação interativa de Jennifer Rubell, que visualmente se altera através do consumo do público. Trata-se da obra chamada Old-Fashioned. Constituí-se em uma parede branca, medindo cerca de 2,45m de altura por 18,30m de comprimento, com 1.521 pregos; em cada um deles há um doughnut e, a medida que as pessoas pegam para comer muda o visual da obra, interagindo assim com a criação e a criadora da obra. 

Os doughnuts são substituídos diariamente e ao lado da instalação é servido café, chá e sucos variados. Muito divertido e interessante o programa todo.



Jennifer Rubell – Old Fashioned – Doughnut Instalation

O tema da exposição da coleção Rubell esse ano é: Beg Borrow and Steal (Pegar, Emprestar e Roubar). Esse tema saiu de uma conversa com dois artistas Kelly Walker e Wade Guyton, que falaram sobre a generosidade de outros artistas tais como Cady Noland, Andy Warhol, Marcel Duchamp e Richard Prince que abriram portas para artista como eles.

O tema é co-autoria de Picasso que dizia: bons artistas tomam emprestados, grandes artistas roubam. São 74 artistas que fazem parte dessa exposição e seu intuito é a tentativa de acrescentar algo ao legado de seus predecessores apresentam sua novas idéias. Arte pela arte e o "roubo" de trabalhos alheios serviu de combustível para muita criação artística.



Cady Noland – This piece has no title yet – 1989
Essa obra de Cady Noland (1956) como vocês podem ver nos remete a Andy Warhol (1928/1987).

Wang Ziwei (1963) Hopeless (woman crying)
Essa obra nos remete a Roy Lichtenstein (1946/2009)



Save the Date para 2010 e boa viagem!


Serviço:

Rubell Family Collection /
Contemporary Arts Foundation
95 NW 29th Street, Miami, FL 33127
T: +1(305)573-6090
F: +1(305)573-6023
info@rfc.museum



Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Save the Date – Art Basel Miami I


Uma ótima opção de viagem no mês de dezembro é ir a Art Basel de Miami (Estados Unidos). É divertido, aprende-se muito, toma-se contato com coleções muito importantes internacionalmente, que de outro modo seria difícil até saber que elas existem.

O evento "irmão" norte-americano da exposição/feira Art Basel da Suiça (a mais prestigiada feira de arte mundial dos últimos 40 anos) se realiza anualmente em Miami Beach e é reconhecida como a exposição de arte mais importante no gênero.

Acredito que a crise fez com que as pessoas repensassem seus investimentos financeiros, principalmente os americanos.

Já vinha se instalando esse processo, mas como pudemos ver este ano as vendas tiveram um “boom”.

Em 2009, já em sua oitava edição em Miami Beach, a feira de arte reuniu cerca de 250 das mais prestigiadas galerias de arte de vários continentes (América do Norte e Latina, Europa, Ásia, África e Oriente Médio), exibindo trabalhos de arte dos sécs. XX e XXI, totalizando algo como 2.500 artistas, tanto de renome como de vanguarda.

Representando o Brasil estiveram presentes 12 galerias fortes Vilaça, Casa Triângulo, a Gentil Carioca, Laura Marsiaj, Leme, Luciana Brito, Luisa Strina, Marília Razuk, Millan, Nara Roesler, Raquel Arnaud E Vermelho.

Paralelamente à Art Basel, há grandes novidades sempre presentes na NADA (New Art Dealers Alliance) e na Scope Art Show, feiras paralelas mais consagradas.

A feira Art Basel em Miami Beach é um novo tipo de evento cultural que combina a exposição de arte com um intenso programa de atividades culturais, exposições, festas e eventos multidisciplinares de música, cinema, arquitetura e design.

A exposição acontece no fascinante distrito art deco, próximo à praia, hotéis e restaurantes.

Um dos segmentos mais interessantes desta feira é a visita agendada às maravilhosas coleções de arte particulares. Nesse primeiro artigo vou descrever duas coleções (das quatro visitadas), que tive o privilégio e o prazer de conhecer: a coleção Margulies e a de Rosa e Carlos de La Cruz.


Coleção Margulies

George Segal


Margulies vem colecionando arte por décadas, de uma forma tão significativa que seu depósito compreende uma área de cerca de 4 mil m2 e se consagrou como um dos pilares da comunidade cultural de Miami.

Margulies conta que depois de conhecer quase tudo sobre arte em New York, foi estimulado a começar a adquirir obras. Ora, segundo ele, ainda faltava amadurecer seu gosto estético, bastante imaturo à época.

É um longo processo adquirir e amadurecer a estética, diz ele.

Executivo da área imobiliária, se interessou a princípio por escultura, e ocorreu-lhe que seria interessante colocar algumas esculturas nesses terrenos vazios.

Foi dessa maneira que começou sua coleção: com esculturas de Kooning, Judd, Flavin, Lewitt e Serra entre outros, e que coloca a coleção de Margulies no mapa internacional de colecionadores conhecidos.

Partiu para a pintura, fotografia, vídeo e instalação e há dez anos, com a curadora Katherine Hinds, abriu o galpão Margulies em Wynwood. “queria abrir minha coleção ao público, à comunidade e aos estudantes para que pudessem participar da arte”.

Coleção Margulies: Abakanowicz


Hoje em dia sua coleção inclui obras pop, modernas, minimalistas e arte conceitual, 3 mil trabalhos fotográficos, 70 vídeos e numerosas esculturas e instalações, somando tudo mais de 4.500 obras.
Margulies exibiu esse ano uma retrospectiva de 100 anos da fotografia, uma escultura de George Segal e alguns surrealistas.

Margulies não se considera um homem ultra contemporâneo e nem um colecionador de tendências, mas a arte que compra tem que se encaixar no tema de sua coleção. “tenho que gostar e tocar um sino visual”, diz ele.

Acrescentou que durante a feira de Arte Basel pretende comprar mais trabalhos, desde que se enquadre com a sua coleção.

Conversa com Rosa de La Cruz


É uma mulher bonita, chique e muito agradável. Cubana de nascimento, Rosa de la Cruz conhece profundamente sua coleção e estava disponível no sábado de manhã para explicar as obras que compõem seu acervo.

Não tem um curador para a coleção, desempenha ela própria a função de curadora e colecionadora e está particularmente atenta ao trabalho de artistas contemporâneos internacionais.

A cada obra que nos mostra, conta a história do artista que conhece pessoalmente; é muito interessante e um aprendizado muito rico, mesmo para quem está menos habituada a conviver com arte contemporânea. 


Coleção de la Cruz: Sigmar Polke


Para Rosa de la Cruz “lar é onde a ‘arte’ está”; mora entre obras de Sigmar Polke, Jim Hodges, Martin Kippenberger e outros artistas do século 20.




Para muitos, sua galeria-casa como estilo de vida parece extraordinário, mas para Rosa, é simplesmente uma forma de vida.

Coleção de la Cruz: Allorae Calzadilla Intermission Halloween

"Muitos visitantes ficam surpresos que meu marido, Carlos e eu, vivamos em uma casa que parece um museu", diz Rosa. "mas nós usamos esta casa como qualquer casa normal."

Talvez o caso mais notável seja a festa oferecida nos jardins de Rosa nos últimos anos, justamente para lançar o Art Basel Miami.

Quando os convidados não couberam mais em sua casa (no ano passado), ela mudou-se para um novo galpão localizado no Miami Design District, para onde levou o evento deste ano.

O galpão tem uma arquitetura bem moderna. “não é um museu”, diz ela, é um espaço maior, onde pode finalmente mostrar as obras de arte de sua coleção que estavam a espera de um espaço maior para serem apreciadas. Além de ser um galpão para abrigar sua coleção, Rosa nos contou que realizou um sonho antigo: ter também um centro de estudos aberto a visitas de estudantes que já está funcionando.

"Um dos problemas com a arte contemporânea é que as pessoas não estão habituadas com ela, eu ofereço um serviço que é pessoal, com uma história por trás dele - e não a experiência de um museu. As pessoas que geralmente não estão familiarizadas com arte contemporânea acabam por gostar dela quando saem daqui."

Rosa e Carlos compraram a casa a beira-mar em Key Biscayne, em 1982, e durante os últimos 24 anos, acrescentaram diversas alas.

Agora, três casas em uma, a casa galeria chega a quase 1.500 metros quadrados com um quarto e o resto do espaço totalmente dedicado às artes.

Para manter a aparência externa coerente, toda a casa foi pintada de branco, criando uma "tela em branco para a obra de arte dentro", diz ela. Mas não se preocupem: a casa de Rosa e sua coleção ainda estão abertas ao público, com hora marcada.

Colecionar veio naturalmente a Rosa e Carlos, que viveram na Europa por 10 anos e viajaram avidamente. Assim, quando o casal estabeleceu-se em Miami com seus cinco filhos, e, agora, 15 netos, colecionar arte latino-americana lhes parecia um primeiro passo a seguir.

A pintura de Rufino Tamayo (1953) iniciou a sua paixão, e centenas de peças depois, Rosa diz que ainda se sente aprendendo sobre a arte. "O dia em que eu achar que sei tudo será um péssimo dia", diz ela com uma risada.


Save the Date para 2.010 e boa viagem!!


Serviço:
Acesse: www.artbaselmiamibeach.com


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Viagem de sonho: Aspen


Uma boa opção para as férias de janeiro é ir esquiar em Aspen no Colorado (Estados Unidos), em meio às Montanhas Rochosas.

São ao todo quatro montanhas a escolher: Aspen Mountain, Aspen Highlands, Buttermilk (para iniciantes) e Snowmass (famílias).

As quatro juntas somam mais de 300 pistas, famosas pelas descidas inclinadas e com bumps em todos os níveis de dificuldades.

As pistas se situam num raio de 19km.

São cerca de mil instrutores que falam 15 idiomas.

A melhor maneira de ir à Aspen é por Miami (8h20 de vôo de São Paulo) e depois mais 4h40 (Miami/Aspen), descendo no Aeroporto Eagle County Regional, onde não se corre o risco do mesmo estar fechado (em razão do mau tempo).

O aeroporto de Vail é mais perto, mas muito menor e vira e mexe fecha. A companhia aérea Eagle é uma boa opção de escolha.


Snowmass

Reserve uma van para lhe esperar no aeroporto; é imprescindível tomar essa providência, pois não há táxis.

Como o trajeto é longo e se estiver com crianças, há um McDonald's no caminho (meia hora do aeroporto). Depois, mais uma hora até o hotel Crestwood Condom, em Snowmass.

A localização do hotel é ótima, ski-in/ski-out: "da cama" até o ski-room são apenas cinco metros e de lá, direto na pista.

Esses confortos são muito importantes, fazem toda a diferença da viagem!

O Crestwood oferece chalés com um, dois e três quartos, todos com ótimas salas, lareira e varanda.

Tudo novinho em folha, equipados com o que há de melhor em eletrônica.

O hotel também tem três piscinas aquecidas, uma sauna, jacuzzi e um fitness room.

Estacionamento gratuito e traslados para o aeroporto de Aspen incluídos.

O serviço é bom, as arrumadeiras são sul-americanas; na recepção, a maioria são rapazes e moças americanos trainees, que executam reservas de todo tipo e até sugerem programas divertidos: passeios de moto em Aspen, kartódromo e passeios à cavalo.

As pistas são maravilhosas!!!

São bem largas e não há muita gente esquiando.

Justamente pelo tamanho das mesmas e por não haver acúmulo de pessoas, esquia-se com mais tranquilidade e sem medo de acidentes.

Os professores são muito bons, e, com tão ampla escolha de pistas, pode-se esquiar todo dia em uma pista diferente, mesmo permanecendo somente em Snowmass.

Não esquecer que – se quiser – ainda há as outras três montanhas para esquiar.

O pico mais alto de Snowmass chama-se Big Burn e tem uma vista maravilhosa, a altura é de 11.775 feet. Vale a pena ir até lá.

Pista de Snowmass


Os restaurantes nas pistas são bem variados.

O hotel dispõe de um serviço de van com motorista para levá-lo onde quiser.

Há também um ônibus municipal que leva de Snowmass para Aspen a cada 15 minutos, é bárbaro!

À noite em Snowmass pode-se jantar no próprio chalé, na vila ou ir até Aspen passear, ver lojas e jantar.

Os bons restaurantes e as boas lojas estão em Aspen. O hotel Jerome, um dos mais antigos da cidade (1889) é muito charmoso e vale uma visita.

Snowmass possui uma vila própria, com restaurantes, lojas charmosas e opções excepcionais de hospedagem, com o maior número de hotéis e flats localizados na parte de cima da montanha.

Possui também parques, pistas para todos os níveis, teleféricos panorâmicos. Pode-se fazer caminhadas pelas montanhas, entre as árvores e mirantes.

A paisagem e as pistas já valem o passeio.

Mas na vila também há galerias de arte, clubes noturnos e cinema.

A escola de sky para as crianças é ótima. Os monitores pegam as crianças as 8h30 da manhã e devolvem as 15h30 da tarde; elas almoçam na montanha e se divertem muito.




O snowboard (foto) também é muito praticado, com campeonatos no final de cada temporada e com alguns professores brasileiros.

Um passeio que recomendo vivamente é o Krabloonik (em Esquimó, termo para designar “homem branco”), ao lado do Crestwood Condom.

Imagem de Krabloonik


O programa é completo: pode-se ir pela manhã, fazer o passeio e depois almoçar, ou ir a tarde e depois jantar.

Trata-se de um restaurante rústico com enormes janelas panorâmicas, de onde se pode contemplar a incrível vista das montanhas.

Na chegada assiste-se a um vídeo que mostra como será o passeio em trenó, controlado por homens e puxado por cães Toklat (mistura de raças – Malamute, Eskimo e Siberiano, conhecido mais pelo nome de Husky – famosa pela habilidade e físico para puxar trenós na neve). Em seguida distribuem botas e cobertores para uso nos trenós.


O passeio propriamente dito – com os cachorros
é maravilhoso e muito excitante!


São subidas e descidas que chegam a mil metros de altura!

Na subida dois homens vão a frente puxando os 10 cachorros, que por sua vez, puxam o trenó.

Quando começa a descida, os homens saltam, montam na parte de trás do trenó e agem como se estivessem esquiando, em uma velocidade impressionante.

É muito divertido!!

Depois servem um aperitivo ao pé da lareira e em seguida o jantar no restaurante.

É um programa completo para toda a família; caro, mas muito bom!

Boa Viagem!!


Serviço:

Brother’s Grille – 100 Fall Ln.#5 – Snowmass, Co.
Tel (970) 923.8286
$ moderate

The Sweet Life – 69, Wood Road, suíte 114 – Snowmass, Co.
Tel: (970) 923.9903
$ moderate
Café Suzanne – Snowmass Mountain, Co.
Tel: (970) 925.1220
$ moderate

Gwyn’s High Alpine – Snowmass Mountain, Co.
Tel: (970) 923.5188
$ moderate

Su Casa (Tex-mex) – 315, E.Hyman – Aspen, Co.
Tel: (970) 920.1488
$ - moderate

L’Artisan (no hotel The Stonebridge Inn) – 300 Carriage Way – Snowmass, Co.
Tel: (866) 924.0501
$ – moderate

Mezzaluna – 624, E.Cooper – Aspen, Co.
Tel: (970) 925.5882
$$ - pricey

Krabloonik – 4250, Divide Road – Snowmass, Co.
Tel: (970) 923.3953
$$ expensive

Ruth’s Chris Steakhouse – 447, E. Cooper – Aspen, Co.
Tel: (970) 925.1167
$$ - expensive

The Crestwood Condominiums – 400 Wood Road – Snowmass Village, Co.
Tel: (970) 923.2450
Reservas: (800) 356.5949 ou res@thecrestwood.com

Hotel Jerome – 330 E. Main Street – Aspen, Co.
Tel: (970) 920.1000
Reservas: (877) 412.ROCK



Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Guatemala


A Guatemala é um país pequeno de apenas 100 mil km². Sua população, de 13 milhões de habitantes, vive principalmente nas terras do sul, paralelo à costa do Pacífico. Ao norte, e ocupando dois terços do território nacional, se estende a selva de Petén, escassamente povoada, escondendo entre sua vegetação os restos das primeiras cidades que deram origem a cultura maya.

O artista americano Kevin Costner, fez um filme em uma das ruínas mayas e se apaixonou tanto pela maravilha do lugar, que resolveu patrocinar sua restauração.

Se algo define a Guatemala é a presença constante dos indígenas.

O artesanato guatemalteco é maravilhoso!!! Dá vontade de comprar tudo e é super barato. A moeda local é o Quetzal, mas eles aceitam dólares.

Há duas maneiras de ir à Guatemala: via Miami ou via Panamá.

Chega-se na cidade de Flores vindo do Panamá, 1h. de vôo. É sempre bom ter um guia.

A cidade de Flores fica no departamento de El Petén.

A parte antiga da cidade está localizada numa ilha do lago Petén Itzá, conectada por uma pequena via ao continente. É uma ilha dentro de um lago enorme! Muito bonita! Na época pré-colombiana, Flores foi a cidade maya de Tayasal.

Vai-se de carro até o hotel Camino Real que dá para um lago enorme e lindo.

A vista é maravilhosa! O hotel é razoável.

Fazer sauna maya é uma experiência muito interessante por ser dentro de um iglú, como era hábito deles.

É comum haver palestras interessantes sobre a civilização maya no hotel, pois recebem muitos grupos de antropólogos, arqueólogos, e grupos de revistas especializadas no assunto como a National Geographic Magazine.

Tikal

Tikal faz parte de um tour regular pelas ruínas mayas: os outros lugares são Chichicastenango também na Guatemala (aos domingos a feira de Chichicastenango é uma experiência de vida: uma loucura e um prazer para quem aprecia; a igreja se divide entre o cristianismo e as antigas práticas dos índios), e Copan em Honduras.

Se puder, não deixe de ir também ao lago Atitlán: o Hotel Casa Polopó em Santa Catarina Polopó é delicioso e existem várias vilas pequenas a serem visitadas de barco.

Tikal é uma das mais bonitas ruínas mayas existentes, fica a meia hora do hotel.

É muito importante ter um bom guia para um melhor aproveitamento da viagem.

Existem algumas informações de que Tikal esteve habitado no período pré-clássico (900 a 600 a.C.), tendo seu apogeu entre 550 a 950 d.C.

A cidade se encontra em pleno centro do mundo maya – entre a costa de Campeche e de Belize – o que explica seu desenvolvimento.

Suas edificações são as mais elevadas que os mayas construíram, só comparáveis com mirantes.

Os monumentos principais estão ao redor de la grand plaza, onde há numerosos grupos de edifícios espalhados pela mata, unidos pelos atalhos e por amplas avenidas.

Merece destacar a presença de grupos de pirâmides gêmeas (fotos abaixo) que compreendem duas com altar e palácios independentes, que rodeiam a praça e têm caráter comemorativo.








É maravilhoso!!
Não dá para acreditar nas ruínas mayas!!!
Eram verdadeiras cidades.
O tempo que se leva em media para ver as ruínas é de 5 horas.

Pode-se subir nas pirâmides, de onde se tem uma vista espetacular: aliás é do alto que se tem a real dimensão da grandeza da civilização maya e de como a vegetação tomou conta dessas magníficas construções.

Um fato interessante é que para subir nessas torres foram construídas escadas de madeira ao lado delas, o que facilita muito a subida, trazendo menos risco delas se estragarem.

O que se vê de ruínas é uma décima parte do que existe, o resto ainda está encoberto pela floresta. O custo para executar a limpeza é muito alto e a Guatemala ainda está entre os países mais pobres do mundo.

Almoça-se no próprio parque. O melhor seria passar a noite lá e ver as ruínas no pôr ou no nascer do sol. Você nunca iria esquecer essa visão.

Há controvérsias sobre o que aconteceu de fato com os mayas, que desapareceram no ano 900. Uns dizem que foram dizimados por uma peste; outra versão afirma que, como eles eram um povo nômade e não tinham o uso da roda, mudavam de lugar por causa das plantações. Esta me pareceu a mais convincente.


Antigua


De Tikal a Guatemala City – 1h de vôo – depois segue-se de carro para Antigua, antiga capital, tráfego enorme, 1h30.

Prédio da Prefeitura de Antigua

Antigua é um lugar encantador, com uma estrutura turística muito desenvolvida, bons hotéis (Posada del Angel, vale uma visita), restaurantes e possibilidades de aulas de cozinha, passeios a cavalo e de bicicleta, spa e massagens.

Pode-se fazer cursos de espanhol e trabalho voluntário para quem queira passar uma temporada mais longa. Existem vários vilarejos a volta que são muito interessantes e com um lindo artesanato.



Hotel Casa Santo Domingo (foto), um convento antigo maravilhoso!

Pode-se jantar no restaurante do hotel que é muito bom. É considerado por algumas pessoas o melhor e mais variado café da manhã que existe! Só no hotel já dá para fazer uma tour: vários museus e muitas lojas interessantes de artesanato.

Muito impressionante é deparar-se com pequenas ossadas (de bebês) enterradas nas paredes de um museu em um convento da cidade. Antigamente havia túneis que ligavam os conventos dos monges aos das freiras; incitadas pela madre superiora elas visitavam o convento dos monges e se porventura engravidassem, poucos bebês sobreviviam. Alguns, em virtude do medo das mães, eram mortos e enterrados nas paredes. Um dos últimos terremotos da Guatemala deixou à mostra essa verdade aterradora, que pode ser vista pelo turista.

A 1.530 metros de altitude e rodeada pelos vulcões Água, Acatenango, e Fuego, a antiga capital da Guatemala é uma jóia colonial e foi declarada pela UNESCO um patrimônio da humanidade.

Fundada em 1543 por Don Pedro de Alvarado, foi construída e reconstruída inúmeras vezes por causa dos terremotos que acontecem regularmente no vale.

Dezenas de edifícios coloniais restaram como mostra desse passado glorioso.

Por toda a cidade foram construídos conventos, igrejas e palácios que mostram a sutileza da arquitetura colonial.

O convento de Santa Catalina, inaugurado em 1613, era o menor dos 11 conventos existentes e não havia sido terminado em 1647. A igreja de La Merces é obra dos irmãos mercedarios, que foram os primeiros a instalar-se naquela época depois da conquista. O convento de Capuchinas é o último convento construído na Antigua.

Tour pela cidade: Antigua é linda e pequena, lembra muito Parati, só que no alto e sem mar.

São sete avenidas e doze ruas.

Chegaram a ter 68 igrejas e conventos, mas no começo do século, grande parte foi comprada para casas particulares e agora só restaram doze mosteiros.

Durante o tour pela cidade pode-se apreciar esses mosteiros restaurados, hoje propriedades privadas, a maioria de europeus, que as usam nas suas férias de verão.

O melhor do artesanato está no mercado e nas ruas. É imperdível.

Não deixe de visitar o Hotel El Convento, o Hotel Los Sueños, as lojas de jade (pedra típica da região). O jantar do El Convento é muito bom. Antigua, está nos bons roteiros de pessoas vips do mundo todo.



Na Páscoa há um concurso de alfombras (tapetes, foto) nas ruas para ver quem faz os mais bonitos.

Cada família faz um em frente à própria casa.

Passeia-se a pé por entre os tapetes e pode-se ver os guatemaltecos tecendo, é super interessante!

Para voltar ao Brasil via Panamá, pega-se o vôo em Guatemala City.

A capital tem um bonito museu, hotéis muito confortáveis e bons restaurantes como em toda cidade maior.

Do Panamá para São Paulo voa-se pela companhia aérea Copa: vale a pena pelo tempo de viagem que é mais curto.


Boa viagem!!!


Serviço:

Hotel Camiño Real Tikal – Lote 77, Parcelamiento Tayasal, San José, Petén, Guatemala


Hotel Casa Santo Domingo – 3a Calle Oriente, 28 - A, Antigua, Guatemala


El Convento Boutique Hotel – 2a. Avenida Norte # 11, Antigua, Guatemala


Posada del Angel – 4a Avenida Sur 21- A


Hotel Casa de los Sueños – 1 Avenida Sur # 1, Antigua, Guatemala



Documentação necessária:


Passaporte com validade mínima de 6 meses
Vistos: Não há necessidade para passaporte brasileiro.
Vacina de Febre Amarela Internacional – 11 Dias antes do embarque.



Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Bolonha II


Continuando com os endereços de Bolonha, ainda com a colaboração do Carlos Garitta, um grande conhecedor da gastronomia italiana, temos mais alguns restaurantes para recomendar:

La Salumeria é sem dúvida um dos melhores da cidade. Está localizado na via Oberdan, e seu dono se chama Bruno. Suas pastas como os tortellini, os gnocchi e os bauletti são feitas em casa. Outras sugestões para pedir: mortadella bolonhesa e gambuccio. Nos queijos, o scamorza e claro o parmigiano de 40 anos!

Vista da cidade


Da Bertino: via delle Lame,55.

Cesarina: (centro histórico) via Santo Stefano,19.

Diana: via Indipendenza ,24

Serghei: (dirigido pela família Pasotti) via Piella,12.

Cesari: muito bem situado na via de Carbonesi 8, no centro do distrito histórico da cidade, em um prédio rústico de dois andares, liderado desde 1956 pela família "da Cesari". Um dos pratos mais apreciados é o ravioli pumpkin-stuffed com manteiga e parmesão. tel:051-237710.

Al Pappagallo: piazza della Mercanzia 3c., sempre na lista dos top ten da cozinha local, que já teve como clientes Einstein, Hitchcock e Toscanini. ‘The Parrot’ continua em solo firme e forte em sua mansão gótica. Comece pela lasanha verde ao forno. O menu oferece também pratos com baixa caloria.
tel:051-232807.

Universidade de Bolonha


Um stop obrigatório de Bolonha é o lounge bar, na via dei Musei,6f.

Se estiver com vontade de comer chocolate não deixe de ir ao Roccati, via Clavature,17 — um dos artesões mais conceituados de chocolate da Itália. www.roccatiocioccolato.com

Bolonha é também conhecida como a ‘gorda’ porque está no centro de uma das mais férteis zonas agrícolas da Europa, e a ‘culta’ por sua universidade, fundada em 1706, uma das mais antigas e prestigiadas do mundo.

sábado, 14 de novembro de 2009

Bolonha é uma experiência gastronômica única


Queridos leitores, ajudada pelo meu querido personal Carlos Garita, que é especialista em Itália, vou escrever alguns artigos sobre os melhores restaurantes de diversas cidades italianas.

Vamos começar hoje escrevendo sobre a gastronomia de Bolonha.

Bolonha é uma experiência gastronômica única. É muito rica em sabores genuínos e pode ser uma sugestão diferente para aproveitar o melhor da Itália.

Lá come-se o magnífico "tagliatelle" verde e o famoso ragú bolonhês (molho de carne de porco). A massa que é feita quase que artesanalmente mede exatamente 8 milímetros de largura.

Gnocchi, Tortellini, Panceta são alguns dos produtos que encontramos por lá.

Um site bom de acessar como ponto de partida é: "home food" – a caixa de Pandora da gastronomia local.

Caso você se interesse em participar dos eventos citados no site, sugere-se reservar com 15 dias de antecedência (www.homefood.it).


Vale a pena ir nos seguintes restaurantes:


All"Osteria Bottega:Via S.Caterina, 51
tel: 39.051.585.111


Divinis:Via Battibecco, 4
tel: 051.296.1502/www.divinis.it


Teresina:Via Oberdan,4
tel: 051.228.985.


Enoteca Italiana:Via Marsala, 28 tel: 051.235.989/www.enotecaitaliana.it


IL Gelatauro:Vai S. Vitale, 98b tel: 051.230.049/www.gelatauro.com


Um pouco de informação sobre a cidade de Bolonha




Bolonha (Bologna em italiano) é uma comuna italiana, capital e a maior cidade da região da Emília-Romanha, província de Bolonha, com cerca de 369.955 habitantes. Localiza-se no centro norte do país.

Mesmo para os altos padrões da Itália, Bolonha é conhecida por la dolce vita.

Sua universidade é a mais antiga da Itália e de maior prestígio; sua assembléia está entre as mais progressivas do país, investindo em vários campos da cultura, e sua culinária é considerada por muitos como a mais sofisticada da Itália.

Enquanto sua arquitetura não é lá grande coisa – é robusta demais, para proteger a população de seus invernos rigorosos – as arcadas de Bolonha dão à cidade um ar aristocrático interessante.

O traçado das ruas medievais, que do centro se dividem a raio em direção dos portões das antigas muralhas, constitui ainda hoje a estrutura principal da cidade.


Principais pontos turísticos da cidade:


Igrejas:


S. Giacomo Maggiore (século XIII-XIV) com a tumba de Bentivoglio de Jacopo della Quercia (1435);


S. Maria dei Servi (1346-1500);


S. Martino (século XIII-XVI). Protótipo das construções dominicanas da Itália;


San Domenico construída entre 1219 e 1240, e transformada no século XVIII, conserva no seu interno a famosa Arca del santo, obra de N. Pisano, mas que apresenta em um Anjo uma das famosas obras do jovem Michelangelo;


San Francesco (1236), mesmo refletindo as formas góticas revela toda a originalidade emiliana das estruturas.


Palácios:

Palazzo della Mercanzia (1382) em estilo gótico e renascimentista;



Palazzo Bevilacqua (1474-82);

Pinacoteca Nazionale conserva importantes testemunhas de escolas medievais e de escolas bolonhesas dos séculos XIV-XVIII;


Museus:


Museu Cívico Archeológico (com achados vilanovianos, etruscos, egípcios, gregos e romanos) com sede no Archiginnasio;


Museu Medieval que tem sede no Palazzo Ghislardi-Fava, uma linda moradia nobre do 1400 e que se localiza na via Manzoni;


Museu Morandi, dedicado ao grande pintor do 1900.


Além de um charme de arquitetura medieval Bolonha é de uma vibração contemporânea!


Carlos Garita

FITNESSTOUR ASSESSORIA TURÍSTICA
TELS:55+11+5678.9370/3441.1410

sábado, 7 de novembro de 2009

Fim de semana em Belo Horizonte e Ouro Preto


Partimos de avião de São Paulo direto para Belo Horizonte (1h05), onde nos hospedamos no Hotel Platinum (www.promenade.com.br), hotel bom, sem pretensões. Jantamos no restaurante do próprio hotel, Olegário, que é muito simpático e oferece uma comida honesta.

Em Belo Horizonte um passeio imperdível é percorrer o Museu de Artes e Ofício (MAO), um espaço cultural destinado a abrigar e difundir um acervo representativo do universo do trabalho, das artes e dos ofícios do Brasil. Iniciativa do Instituto Cultural Flávio Gutierrez – ICFG, em parceria com o Ministério da Cultura e a CBTU, Companhia Brasileira de Trens Urbanos, o MAO preserva objetos, instrumentos e utensílios de trabalho do período pré-industrial brasileiro.

Criado a partir da doação ao patrimônio público de mais de duas mil peças pela colecionadora e empreendedora cultural Angela Gutierrez, o MAO revela a riqueza da produção popular, os fazeres, os ofícios e as artes que deram origem a algumas das profissões contemporâneas.

A localização do museu é muito interessante, uma vez que está instalado na Estação Central de Belo Horizonte, por onde transitam milhares de pessoas diariamente. É assim, um espaço coerente com a natureza da coleção, bem próximo ao trabalhador.

Para abrigar o Museu foram restaurados dois prédios antigos, de rara beleza arquitetônica, tombados pelo patrimônio público. A linha de trem fica no meio dos dois prédios e, para ir de um para o outro, atravessa-se um túnel subterrâneo.

No dia que lá estivemos, me impressionou muito a atenção e a criatividade que pude observar na parede deste túnel: estavam escritos os nomes de todos os trabalhadores que participaram da construção do museu com a indicação do respectivo ofício ao lado de cada nome.

A sua implantação incluiu ainda a recuperação, pela Prefeitura de Belo Horizonte, da Praça da Estação, marco inaugural da cidade, que, cada vez mais, se consolida como espaço destinado a eventos e manifestações culturais.

Museu de Artes e Ofício (MAO)


Onde fica: Praça Rui Barbosa, s/n (Praça da Estação), Centro,
Belo Horizonte - CEP: 30160-000,- Minas Gerais - Brasil
Tel.: 55 31 3248 8600
http://www.mao.com.br/


Recomendo também para quem gostar de antiguidades o Antiquário Márcio e Sandra, tem ótimas compras.

End: Rua Passa Tempo, 477 – Sion - BH
e-mail: contato@sandraemarcio.com.br
Tel.:31-3227-3870


Jantamos no Restaurante A Favorita, que foi uma indicação muito boa.

End.: Rua Santa Catarina, 1235 – Lourdes - BH
Tel.:31-3275-2352

No dia seguinte cedo fomos visitar a Praça Tiradentes e ver um dos primeiros edifícios criados por Niemeyer (Edifício Niemayer) contemporâneo ao Edifício Copan, em São Paulo. O que mais nos chamou a atenção foi o trompe l’oeil criado pelos traços do arquiteto: de longe parece ter 20 andares e na realidade tem só oito!



Cassino


De lá passamos pela Casa do Baile e fomos visitar a Igreja da Pampulha e o Cassino, duas obras primas de Niemeyer da década de 40. O arquiteto era à época amigo pessoal do então prefeito Juscelino Kubitschek. Acredito que foi a partir dessa amizade, que começou o que seria uma grande trajetória profissional para Niemayer, uma vez que essas foram as primeiras – de uma série de obras – encomendadas por Kubitschek ao arquiteto.

Almoçamos na Casa Bonomi, que recomendo vivamente! Nosso querido guia Clovis (Clóvis França), encomendou nosso almoço por telefone e quando chegamos lá já estava tudo à mesa: uma maravilhosa salada verde, um risoto de 7 grãos com queijo derretido em cima e uma bacalhau desfiado divino!


End.: Av.Afonso Pena, 2600 – Funcionários - BH
Tel.: 31-3261-3460

De lá partimos para Ouro Preto. Fomos de ônibus (cerca de 100kms), onde nos hospedamos na Pousada do Mondego, casarão antigo muito simpático, na frente da praça onde há uma feira com todo tipo de artesanato local.
End.: Largo de Coimbra, 38.

e-mail – mondego@mondego.com.br

Visitamos o Museu do Oratório, uma construção setecentista, situada no centro de Ouro Preto (antiga Vila Rica). O casarão histórico de três andares foi totalmente recuperado e equipado com modernos recursos tecnológicos para receber as obras da coleção. Durante um período foi a moradia de Aleijadinho (1738-1814) – o mais importante escultor barroco do Brasil em todos os tempos.

O Museu do Oratório, inaugurado em Ouro Preto, em outubro de 1998, abriga uma coleção de oratórios e imagens dos séculos XVII ao XX. As peças do acervo –genuinamente brasileiras, principalmente de Minas Gerais – foram doadas ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) pela colecionadora Angela Gutierrez.

Segundo o guia do museu, ela ganhou o primeiro oratório de seu pai quando fez 14 anos e desde então começou sua coleção, que é maravilhosa!!! A diversidade de tipos, tamanhos e materiais, faz com que o acervo ofereça detalhes valiosos da arquitetura, pintura, vestuário e costumes da época em que foram produzidos, proporcionando uma viagem antropológica pela história do Brasil. O Museu do Oratório recebe anualmente mais de 50 mil visitantes.

É um prédio do século XIX que serviu às atividades da Terceira Ordem das Carmelitas. Abriga a mais fascinante coleção de oratórios de Minas. É o único museu do gênero no mundo. Entrada paga.


Igreja do Carmo

Localizado no adro da igreja de N. Sra. do Carmo 28 - Centro.
Horário: diariamente, das 9h30 às 17h30.

Fomos também a um antiquário muito bom, fiz compras ótimas lá, e mandam tudo para São Paulo.

End.: Antiguidades Toledo
Rua Henri Gorceix, 57
e-mail toledo@ouropreto.com.br
http://www.toledo.art.br/

Jantamos no restaurante Benê da Flauta, muito simpático e comida muito boa. Tivemos a oportunidade de conhecer o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, amigo pessoal de uma das integrantes do nosso grupo.

Depois de ter ocupado vários cargos públicos entre as décadas de 70 e 90, sempre relacionadas a arte e cultura no Brasil, vem desempenhando esta função em vários paises da Europa. Ao lado desse lado profissional tão desenvolvido, não perdeu o típico jeito mineiro de contador de casos, nos entretendo noite afora com sua prosa interessante.

No domingo de manhã fomos ao Museu da Inconfidência, uma construção iniciada em 1785, com o intuito de servir como casa da Câmara e cadeia. Para a obra o governador de Minas, Luís da Cunha Menezes na época, usou sentenciados e escravos recapturados nos quilombos e convocou ainda um exército de pedreiros, carpinteiros e artistas.

Reúne valiosa coleção de objetos e manuscritos referentes à Inconfidência, obras atribuídas a Aleijadinho, Xavier de Brito, Mestre Ataíde, Servas... além de indumentárias, mobiliário e variados objetos do séculos XVIII e XIX. Destacam-se o Panteão dos Inconfidentes (onde se encontram os restos mortais dos principais nomes do movimento), pedaços da forca em que morreu Tiradentes e a primeira edição do livro "Marília de Dirceu".
Fica na Praça Tiradentes.

Horário: terça a domingo, das 12h30 às 18h.

Depois visitamos Museu Casa de Guignard onde morou Alberto da Veiga Guignard, um dos maiores pintores e desenhistas brasileiros do séc. XX. Apaixonado por Ouro Preto, dedicou à cidade grande parte de sua criação. Além de objetos pessoais, no museu encontra-se ainda uma galeria de arte. Uma peanha e o chafariz em pedra-sabão são atribuídos a Aleijadinho. Entrada gratuita.
Fica na Rua Conde de Bobadela (Rua Direita) 110.

Horário: terça a sexta, das 12h às 18h. Sábado, domingo, feriados, das 9h às 15h.

Fomos ao Teatro Municipal que é uma gracinha, parece um teatro de boneca. Era conhecido nos séculos XVIII e XIX como Casa da Ópera, e é considerado por muitos o mais antigo da América do Sul. Com certeza, é o mais antigo do país. Ainda em funcionamento, possui o diferencial de ter sido o primeiro teatro onde mulheres, pela primeira vez, pisaram em um palco no Brasil. É um dos atrativos mais charmosos de Ouro Preto.

Fica na Rua Brigadeiro Musqueira.

Almoçamos no restaurante Chafariz, típico de comida mineira, self service maravilhoso com direito a leitão pururuca, torresmo, caldo de feijão e variados doces mineiros!! De lá fomos para o hotel arrumar as malas e voltamos para Belo Horizonte para pegar o avião para São Paulo.

Não deixe de visitar ainda em Ouro Preto: Casa dos Contos, Igreja do Pilar, Museu de Arte Sacra e Igreja de São Francisco de Assis. Em cada um desses marcos históricos há muito o que se ver no que se refere à arquitetura, escultura e à nossa história propriamente dita.

Igreja São Francisco

Aproveite também as compras nas ruas paralelas à Praça Tiradentes, tem jóias com pedras brasileiras imperdíveis!


Boa viagem!!!

Vista de Ouro Preto

Igreja da Pampulha

Edifício projetado por Oscar Niemayer


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Inhotim: é lindo, diferente, bem cuidado e é no Brasil

Bernardo Paz e Yeda Saigh
                                          
De onde vem esse nome?

Um fazendeiro inglês dono da fazenda hoje conhecida como Inhotim, chamava-se Timothy. A partir daí começaram as inevitáveis corruptelas de pronúncia, tão comuns até os dias de hoje, entre os habitantes do interior do Brasil. Senhor Timothy foi logo transformado em “Nhô Tim”, devido a dificuldade de pronunciar corretamente tanto “Senhor” em português[Nhô], quanto em inglês, “Timothy” [Tim].

O Instituto Inhotim é um complexo museológico original, constituído por uma sequência não linear de pavilhões em meio a um parque ambiental. Suas ações incluem, além da arte contemporânea e do meio ambiente, iniciativas nas áreas de pesquisa e de educação: tem também um programa de inclusão e cidadania.
É um lugar de produção de conhecimento, gerado a partir do acervo artístico e botânico.

Criado em 2005, Inhotim é uma entidade privada, sem fins lucrativos e qualificada pelo Governo do Estado de Minas Gerais como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).

Localizado em Brumadinho, a 60 quilômetros da capital mineira, possui um importante acervo de arte contemporânea e uma extensa coleção botânica. Em Inhotim, o meio ambiente convive em interação com a arte, e são o ponto de partida para o desenvolvimento de ações de caráter sócio-educativo nas mais diversas áreas.

Bernardo Paz, 59, milionário do setor de mineração e siderurgia, começou a ganhar projeção no meio das artes no início dos anos 2000, quando se tornou um comprador agressivo de obras, com vistas a criar seu inusitado museu.

A ideia ganhou corpo depois que ele, em 1995, aos 45 anos, sofreu um derrame, em Paris [...] "Eu realmente vi que as pessoas morrem e fiquei com a sensação clara de que aquele não era mais meu caminho."

Paz percebeu que os 40 hectares de Inhotim eram propícios a abrigar grandes instalações em meio à natureza --um tipo de obra que poderia ser adquirida a preços atraentes, por ser de difícil comercialização. "Naquela época eu ainda não sabia se ia conseguir", diz.

Inhotim é um lugar imperdível para se visitar. Jardins maravilhosos inspirados em Burle Marx (SP, 1904 – RJ, 1994), com um pequeno jardim feito por ele mesmo e obras contemporâneas espalhadas ao longo desse magnífico parque. Quando fui escrever esse artigo em pesquisa na Internet me espantei com a quantidade de sites em inglês a respeito desse grande empreendimento de Bernardo Paz: mereceria um prêmio pela obra que fez e está fazendo.

Quando se visita um museu norte-americano vê-se muitas alas com nomes de pessoas que, através de doações, propiciaram a criação das mesmas. Aqui não temos muito esse hábito e seria muito importante para nós começarmos a ter esse tipo de atitude entre as pessoas de posse (só vemos esse tipo de atitude aqui em hospitais).

No dia que estive em Inhotim havia várias escolas com crianças visitando o local. São mais de 600 empregados e tudo é impecável. Bancos de madeira feitos pelo artista Hugo França espalhados ao longo dos caminhos, cada um com uma lata de lixo ao lado, mostram o capricho com que tudo foi feito. Um restaurante ótimo, com uma comida maravilhosa. No dia de minha visita, Bernardo Paz estava sentado numa das mesas e pudemos conversar longamente. Ele é muito disponível para contar tudo o que fez e também para falar sobre seus projetos para o futuro, que são incontáveis. É um homem muito bonito e charmoso, deu para entender porque já casou seis vezes. Se tivéssemos mais tempo ficaríamos conversando com ele horas!!!!

Pretende fazer, entre outras coisas, um hotel que será muito útil para os visitantes (o parque é muito grande e apesar de termos chegado às 10h30 da manhã e saído às 16h30, não deu para visitar tudo). Contou-nos também que pretende transformar o parque em um Jardim Botânico, brincando me disse que já tem um “curador” botânico que o está ajudando a concretizar esse novo sonho.

Com um acervo de, aproximadamente, 500 obras de mais de 100 artistas, a coleção de Inhotim vem sendo formada desde meados de 1980, com foco na arte produzida internacionalmente nos anos 1960 até os nossos dias. Pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações de renomados artistas brasileiros e internacionais são exibidos em galerias espalhadas pelo parque botânico.

Pavilhões abrigam exposições permanentes de Tunga e Cildo Meireles. Em março de 2008, foram inauguradas duas novas galerias, uma dedicada a obras da artista Adriana Varejão e a segunda para abrigar o trabalho Neither (2004), da artista colombiana Doris Salcedo.

Uma das obras que me chamou a atenção: em uma montanha, dentro de uma construção redonda, foi feito um buraco para revelar o que sempre foi uma das grandes curiosidades do ser humano, os sons que vêm do centro da Terra.

A obra de arte demorou cinco anos para ficar pronta. Foi feita com aço, vidro e pedras. Bem no meio da instalação, está o buraco que liga a superfície às profundezas do planeta. Os sons que vêm debaixo saem amplificados em alto volume em caixas. O barulho é captado 24 horas por dia e muda a todo instante. Para o organizador da exposição, as variações do som levam a uma conclusão: a Terra fala. A invenção é do premiado artista americano Doug Aitken, que tem outras obras espalhadas pelo mundo, como “Sleepwalkers”, "Os Sonambulos" exibido na fachada do Museu de Arte Moderna de Nova York, dois anos atrás. A de Minas Gerais foi batizada com o nome de “Som da Terra”.

Como chegar de carro, de São Paulo: BR381 para Brumadinho, saída Mário Campos (mais ou menos 500 kms). Desta saída na BR381 até Mário Campos são cerca de 7 kms. De Mário Campos a Brumadinho/Inhotim, cerca de 15 kms.

De Belo Horizonte sair rumo a Betim pela BR381. Pegar a saída 490 para Mário Campos. Desta saída até Mario Campos são cerca de 7 kms e dali até Brumadinho/Inhotim mais 15 kms.
Uma outra maneira de ir, por mim escolhida, foi de avião de São Paulo até Belo Horizonte (1h10), hospedar-se na capital mineira (uma vez que ainda não há local para se hospedar em Inhotim) e pegar um transfer de Belo Horizonte para lá. O grupo com o qual estive em Inhotim foi organizado por Clóvis França (clovisfranca@gmail.com).

Um conselho: vá de tênis e com uma roupa bem confortável para poder aproveitar bem o seu passeio. Não deixe de entrar na lojinha que tem compras ótimas!

Boa viagem!!!

Endereço: Inhotim - Rua B, 20, Inhotim, Brumadinho, 35460-000, MG, Brasil
Horário: Quinta e Sexta 9h30 às 16h30. Sábados, Domingos e Feriados de 9h30 às 17h30.

Link de contato – www.inhotim.org.br


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

Confira as fotos