sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Viagem a Lisboa


“Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir." – Fernando Pessoa

Nada melhor do que começar um artigo sobre Lisboa, do que com um pensamento de Fernando Pessoa. Comprei um livro dele lá, inspirada por essa minha coluna, que se chama “Livro de Viagem” e que tem artigos de Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Bernardo Soares (heterônimos) além dele. Como diz Manuel S. Fonseca (compilador do livro): “Suponhamos, por um momento, que o empregado comercial Fernando Pessoa, o mestre Alberto Caeiro, os dois discípulos, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, e ainda o ajudante de guarda-livros Bernardo Soares eram membros da mesma associação secreta de viajantes. Será que o lema da associação, a senha passe-partout dos seus membros, poderia ser outra que não esta? Para que precisa de viajar com o corpo quem tão bem viaja com a alma?”

Viajar para Portugal no Carnaval é uma ótima opção para quem está cansado de tanto calor e deseja sentir um friozinho agradável. Os portugueses são muito amáveis, tratam os turistas super bem, não ter que falar outra língua, a comida é ótima e não são muitas horas de vôo (9h). Uma boa idéia é ir por Belo Horizonte; são 45 minutos de voo, não ter que enfrentar a Marginal numa sexta-feira à tarde com chuva, poder sair por Congonhas (dá para fazer o check-in pela Internet, e aí só precisa chegar 15 minutos antes do voo), são algumas das muitas vantagens de escolher Portugal para passar o carnaval ou algum feriado mais prolongado.

Entre os bairros mais famosos, boêmios e típicos de Lisboa estão a Alfama, o Castelo e a Mouraria, o Bairro Alto, o Chiado, a Bica e a Baixa. A Alfama é um dos mais antigos de Lisboa. Conserva ainda a sua estrutura árabe, com ruas labirínticas, pátios e becos. Lá está localizada a Sé e se realiza a Feira da Ladra. Junto a Alfama estão os bairros do Castelo e da Mouraria. Durante o mês de Junho, nas festas dos Santos Populares, estes bairros enchem-se de música, danças e petiscos. O Bairro Alto, com origem no século XVI, é hoje um dos mais animados da cidade, com bares, restaurantes, discotecas e lojas trendy, que nos últimos anos se têm instalado ali. O Chiado é um dos bairros mais sedutores da cidade. Tem sido o centro da vida cultural da cidade. Lá estão os teatros, cafés com tradição literária, como o “A Brasileira”, onde se encontra a escultura de Fernando Pessoa sentado numa mesa, sendo ele um frequentador assíduo do café; livrarias antigas e o Museu do Chiado.



Fernando Pessoa sentado no café “A Brasileira”


Na Bica, outro bairro histórico de Lisboa, há um elevador que foi construído em 1892. Lembra o elevador Lacerda de Salvador, a diferença é que passa por entre o casario, numa rua em que as calçadas são escadinhas estreitas. A Baixa, reconstruída pelo Marquês de Pombal, logo após o terremoto de 1755, é uma zona comercial e financeira, caracterizada pela geometria das suas ruas. Desses todos, os mais cosmopolitas são a Mouraria e a Madragoa. No bairro da Lapa se encontram hotéis muito famosos, entre eles, o Hotel da Lapa, o Hotel das Janelas Verdes e o Hotel York.

O Hotel da Lapa já trocou de dono muitas vezes. Construído no século XIX, este luxuoso palácio está no topo de uma das sete colinas de Lisboa com vista para o rio Tejo. Rodeado por embaixadas o hotel está inserido num jardim muito bonito. O restaurante é ótimo e almoçar lá é um bom programa!

O Hotel das Janelas Verdes é muito simpático: 29 quartos aconchegantes, muito bem decorados em uma construção do século XVIII revitalizada. Dizem alguns, ter sido nessa casa, que Eça de Queiroz escreveu O Ramalhete e Os Maias. Dá para sentir a história dele no ambiente do hotel, através de seus objetos. Tem uma biblioteca com jardim no último andar muito gostosa para ficar e admirar a vista sobre o rio Tejo. É vizinho do Museu Nacional de Arte Antiga, que também vale uma visita.

O Hotel York, é vizinho do Janelas Verdes. É um hotel boutique com muito charme instalado num antigo convento dos Marianos do Século XVII. Almoçar lá é muito agradável.

O Hotel Ritz Four Seasons além de ser muito bem localizado é ótimo, serviço impecável, o café da manhã ou pequeno almoço, como falam os portugueses, é simplesmente maravilhoso. O fitness é no último andar com uma vista sobre Lisboa belíssima; é muito gostoso fazer esteira vendo o movimento do porto de Lisboa e a ponte 25 de Abril.


Hotel Ritz Four Seasons


O Hotel Pestana Palace está situado no bairro de Ajuda. Achei um pouco fora de mão, mas é onde ficam as celebridades como Madona, Rolling Stones; acredito que para eles é mais tranquilo por ser longe do agito. O Hotel fica num antigo palácio mandado construir por José Luís Constantino. Ele era de uma família de agricultores e fez sua fortuna com plantação de cacau em São Tomé e Príncipe (arquipélago português no Equador – cenário do livro Equador de Miguel Sousa Tavares). Constrói esse palácio no final do século XIX. Se torna Marques de Valle Flor por mercê do rei D. Carlos (último rei de Portugal). Vale uma visita, pois além de conhecer o palácio pode-se apreciar as maravilhosas obras de arte.

O Hotel Bairro Alto, localizado no coração do Bairro Alto, Faz parte do The Leading Small Hotels of the World. Gostei muito da decoração, tem um terraço no último andar com uma vista sobre o casario de Lisboa, onde vale a pena almoçar.

O Restaurante Gambrinus (atrás do teatro) tem decoração antiga bonita: lambris de madeira. Lembra o Bec Fin do Rio de Janeiro, com vigas de madeira, bonito. Comida mais ou menos, serviço mais ou menos. Cafezinho sem petit-fours.

O Restaurante A Travessa fica no antigo convento das irmãs Bernardas. Ambiente ótimo, numa travessa do Chiado, um pedaço do trajeto tem que ser feito a pé. Os donos são Antonio Moita, 31 anos, português, que é muito simpático e sua sócia, Vivianne Durieu, fotógrafa belga, que começou o restaurante no final dos anos 70. Os dois cozinham e da cozinha saem pratos(um pouco portugueses e outro tanto belga) ótimos.

O Restaurante Tavares voltou a ser recomendável. O chef José Avilez é um dos melhores portugueses.

O Restaurante Café Alcântara ocupa o que já foi uma antiga fábrica de tecidos numa zona anteriormente degradada da capital. A decoração ficou a cargo de Antonio Pinto, português radicado em Bruxelas, sendo ele próprio, dono de belos restaurantes lá. O dono é Pedro Luz, conhecido no mundo todo por ser dono da maior parte das discotecas de Lisboa. É um restaurante super simpático, acolhedor, a decoração realmente é diferente e de muito bom gosto. Com dezessete anos de vida, o Alcântara Café tornou-se um marco nacional, e é citado como um dos 100 melhores restaurantes do mundo!


Restaurante Pap’çorda


Fica no Bairro Alto e funciona há 28 anos: tem uma decoração simples com três lindos grandes lustres de cristal na sala da entrada. José Miranda, o dono, é um homem muito simpático. Conversei muito com ele que me contou sua história até chegar a ser dono de restaurantes. Foi comissário de bordo da TAP, e por sugestão da mãe, que tinha ótimas receitas, resolveram começar a atuar na área gastronômica.

“Açorda” é um prato típico feito de miga de pão, que se mistura com o que quiser: camarão, frango ou verdura. Foi inventado na época da guerra, para facilitar a comida dos soldados; “pão velho todo mundo tem”, me falou Miranda. Outro prato típico português do Acorda é a “Farinheira” um tipo de lingüiça recheada de farinha com tempero bem forte.


Restaurante Bica do Sapato

É nas docas, local super na moda, um dos restaurantes mais trendys, como dizem. José Miranda, o dono, o mesmo do Pap’çorda contou-me que alugou toda a área (de terrenos devolutos do governo) das docas em frente ao Tejo, “com uma vista muito especial, podendo-se ver passar os navios na nossa frente!” disse ele. Há dez anos fez o restaurante e depois sublocou as áreas restantes a outros estabelecimentos (um antiquário, o restaurante italiano Casa Nossa; um empório de iguarias e uma pizzaria), para pessoas escolhidas a dedo, segundo ele, a fim de manter o nível do empreendimento. Na época em que o ator John Malkovich filmou “O Convento” com o diretor português Manoel de Oliveira, o ator acabou se associando a José Miranda para abrirem o restaurante Bica do Sapato. John Malkowitch é sócio também da Discoteca Lexs Fragil, considerada uma das melhores discotecas da Europa e onde o movimento começa a partir das três horas da manhã. Eu estava saindo da Bica do Sapato e perguntei ao chauffeur de táxi, que me levou para o hotel, porque não tinha ninguém na Discoteca e ele me respondeu (era quinta feira) que ia ter muito, mas só a partir das três, quando termina o movimento do Bairro Alto!!

O Restaurante Eleven é em cima do Parque Eduardo VII (filho da Rainha Vitória). Uma estrela do Guia Michelin (o único em Portugal). É bem moderno, vista maravilhosa sobre o parque: o monumento em frente é de 1957, feito em homenagem a primeira visita da Rainha Elizabeth à Lisboa. São 11 proprietários, entre advogados e executivos (como Américo Amorim, o rei da cortiça). O próprio chef também é um dos sócios. A comida é ótima, o almoço é muito concorrido por executivos. Vale a pena experimentar!


Restaurante Eleven

Fados


Senhor Vinho

Foi o único que fui, muito recomendado, cantora ótima, decoração bem simples. Se quiser servem jantar. Outros fados recomendados foram Casa dos Fados e Clube dos Fados.


Ponte 25 de Abril (antiga Ponte Salazar)

Na inauguração, em 1966, a ponte era a quinta maior ponte suspensa do mundo e a maior fora dos Estados Unidos da América. O início da construção da ponte, cujo nome oficial era Ponte Sobre o Tejo, foi em 1962 e a inauguração, 4 anos depois, em 6 agosto de 66. A importância dessa obra era facilitar a ligação entre as cidades de Lisboa e Almada, até então feita por água. A primeira idéia sobre a construção de uma ponte que ligasse a cidade de Lisboa a Almada, situada na margem esquerda do Tejo, surgiu em 1876. Porém, só em 1960, muitos anos e projetos depois, sugerindo como resolver o terrível “gargalo do Tejo” (o complicado tráfego ferroviário e rodoviário entre Lisboa e a margem sul do Tejo). Em 30 de julho de 1999 foi inaugurada a travessia ferroviária. Logo depois da Revolução de 25 de Abril de 1974 (conhecida como “Revolução dos Cravos”), a ponte foi rebatizada como “Ponte 25 de Abril”. Estimulou o crescimento econômico e turístico do sul de Portugal, principalmente da região do Algarve. Desde o início de seu funcionamento tem congestionamento diário de automóveis: cento e cinquenta mil carros por dia! Também é grande a circulação ferroviária: quase 160 trens e oitenta mil passageiros por dia. A ponte é também o local onde se realiza todos os anos (começo de março) a Meia-Maratona de Lisboa.


Parque das Nações

O Parque das Nações é nome atual do lugar onde se realizou a Exposição Mundial de 1998. O complexo abriga o Teatro Camões, o Cassino de Lisboa, o Oceanário, o Pavilhão do Conhecimento, um Teleférico e a Estação do Oriente. É um projeto do arquiteto espanhol Calatrava e inclui inúmeras obras de arte ao ar livre e construções de arquitetos famosos; o Pavilhão de Portugal, do arquiteto português Álvaro Siza Vieira, tem uma entrada imponente, como um convite à cidade para visitar os diversos eventos que o espaço pode receber. Esta área tornou-se um centro de atividades culturais e um novo bairro da cidade, com perto de 15.000 habitantes com várias instituições culturais e esportivas próprias. 

O Parque das Nações é atualmente considerado como o bairro mais seguro e mais bem frequentado de Lisboa: trouxe nova dinâmica à esta parte, que até 1990 era uma zona industrial muito feia e abandonada. O Pavilhão do Conhecimento é um moderno museu de ciência e tecnologia com várias exposições interativas; o Pavilhão Atlântico; a Torre Vasco da Gama, o edifício mais alto da cidade. O parque dispõe de uma moderna marina para até 600 embarcações de recreio. A marina está situada em plena reserva natural do estuário do Tejo.


Parque das Nações


Oceanário

Inaugurado em 1998 por ocasião da última exposição mundial do séc. XX, cujo tema foi "Os Oceanos, um Patrimônio para o Futuro", o Oceanário fez a ligação de Lisboa com o oceano. É considerado um dos maiores aquários do mundo.

Todos os anos, cerca de um milhão de pessoas visitam a exposição, tornando-o um dos pontos turísticos mais visitados de Portugal. Um dos objetivos do Oceanário é promover o conhecimento dos oceanos; no trajeto que se visita há uma reprodução fiel das condições climáticas, das aves e dos peixes que habitam os oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, sensibilizando os visitantes para a preservação da natureza, através da modificação de seu comportamento.


Oceanário


A Praça Marques de Pombal é uma das mais famosas de Lisboa. Um belo passeio a pé num dia de sol é ir da praça até a rua Augusta (rua de pedestre) descendo a Av. Liberdade, onde se encontram a maioria das lojas de griffe, passando pela praça do Rossio, chega-se até a rua do Comércio em frente ao Tejo. Recomendo também pegarem um bondinho de dois andares e fazerem o tour por Lisboa, é muito bonito!!


Praça Marques de Pombal

Esculturas Praça Lisboa


O que vemos é aquilo que nos olha.


Boa Viagem!!!


Serviço:

Hotel Olissippo Lapa Palace
Rua do Pau da Bandeira nº4
1249-021 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 394.9494

Hotel Janelas Verdes
Rua das Janelas Verdes, 47
1200-690 Lisboa, Portugal
Tel. + 351 21 396.8143
janelas.verdes@heritage.

Hotel York
Rua das Janelas Verdes 32
1200-691 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 396.2435

Hotel Ritz Four Seasons
Rua Rodrigo Fonseca, 88
Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 381.1400

Hotel Pestana Palace
Rua Jau 54
1300-314 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 361.5600

Hotel Bairro Alto
Praça Luís de Camões, 2
1200-243 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 340.8288

Restaurante Gambrinus
Rua das Portas de Santo Antão 23
1150-264 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 342.14 66
info@gambrinuslisboa.com

Restaurante A Travessa
R. Travessa do Convento das Bernardas, Nº12
Madragoa, Santos o Velho
1200-638 Lisboa, Portugal,
Tel. +351 21 390.2034

Restaurante Tavares
Rua da Misericórdia, 35
1200-270 Lisboa, Portugal
Te: +351 21 342.1112

Café Alcântara
Rua Maria Luisa Holstein, 15
1300-388 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 362.1226

Restaurante Pap’çorda
Rua Atalaia 57/9 Lisboa 1200-037
Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 346.4811

Restaurante Bica do Sapato
Av. Infante Dom Henrique
Cais da Pedra a Santa Apolónia,
Armazém B
1900 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 881.0320

Bar e Disco Fragil
Rua da Atalaia, 126
Bairro Alto, Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 346.9578

Restaurante Eleven
Av. Marquês da Fronteira
Jardim Amália Rodrigues
1070 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 386.2211

Restaurante Senhor Vinho
Rua Meio à Lapa, 18
1200-723 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 397.26 81

Casa dos Fados
Rua da Barroca, 54/56
Lisboa, Portugal
Tel: +351 21 342.6742

Clube do Fado
Rua S.João da Praça, 94
Alfama - Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 885.2704

Parque das Nações
1990 Lisboa, Portugal
www.portaldasnacoes.pt

Oceanário
Tel. +351 21 891.7002
reservas@oceanario.pt


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Diário de Viagem – Chicago II


Continuando a falar de Chicago, hoje vamos começar por Oak Park, um dos subúrbios mais bonitos, onde morou Frank Loyd Wright.


Oak Park

O início de Oak Park foi em 1837, quando Joseph Kettlestrings teria comprado cerca de 172 acres de terras a oeste de Chicago. Alguns anos depois (1850) foi construída a primeira estrada de ferro de Chicago (Galena and Chicago Union Railroad), chegando até a cidade de Elgin, em Illinois, e cruzando parte da área do que mais tarde se tornaria o subúrbio de Oak Park (à época fazia parte de Cícero, subúrbio de Chicago). A população de Cícero cresceu muito durante a década de 1870, com os moradores de Chicago mudando-se para lá, após o Grande Incêndio de 1871. O subúrbio de Oak Park foi formalmente criado em 1902, separando-se de Cícero, através de um referendo.

Oak Park é um destino turístico bastante popular na área de Chicago, uma vez que muitos vêm para admirar as inúmeras construções de Frank Lloyd Wright existentes por lá. A maior coleção de residências projetadas por Wright está em Oak Park, bem como sua casa e estúdio.

Visite também o Museu Ernest Hemingway, a casa onde ele nasceu, e a casa onde passou sua infância.


Oak Park


Shedd Aquarium

O fundador do aquário, John G. Shedd, presidente aposentado da Marshall Field & Company, foi um gênio de marketing e tão ousado e ambicioso como sua cidade. Ele estava determinado a transformar Chicago em uma metrópole internacional. Até o início dos anos 1920, toda cidade importante tinha um belo aquário, mas o que Shedd tinha em mente era um aquário único. Fez uma doação de US$ 2 milhões para começar as obras. A arquitetura é de Daniel Burnham, que insistia em que essa obra fosse feita em parques ao longo do lago, o que foi uma excelente idéia. Foi inaugurado em 30 de maio de 1930. Os jardins são deslumbrantes e a vista da cidade a partir dele é maravilhosa. Merece parar para tirar uma foto dessa vista.

Vista do Aquário


Lincoln Park

Lincoln Park é um bairro com muita vida noturna: restaurantes, clubs onde pode-se escutar um ótimo jazz, barzinhos; é freqüentado por muita gente jovem durante os fins de semana. É considerado um lugar chique para se morar dentro da cidade. É do lado de downtown, então para quem trabalha lá facilita muito.

Lincoln Park Skyline


Adler Planetarium

O Atwood Sphere, o planetário de Chicago foi construído em 1913. A esfera tem 15 metros de diâmetro, com 692 furos através da sua superfície de metal, permitindo que a luz entre e mostre as posições das estrelas mais brilhantes no céu noturno. Aprecie o céu da noite de Chicago: entre no Sphere Atwood e aproveite as estrelas e as constelações.

Planetário


Ravinia Festival (1h de Chicago)

Minha experiência em Ravinia foi ótima. O lugar é lindo, um grande gramado nde as pessoas levavam cadeiras, toalhas e faziam pic-nic. Nós fomos para o anfiteatro, com lugar marcado. Foi uma maravilha o espetáculo de música clássica. Um pouco da história de Ravinia: Nos últimos cem anos o Festival de Ravinia tem sido o maior e o mais antigo festival ao ar livre nos Estados Unidos, conhecido como o “som do verão”, um lugar onde amigos se reúnem, aproveitam a beleza do local, e podem ouvir uma das melhores performances musicais do mundo. Quando a noite chega e com ela as estrelas, o gramado repleto de gente aprecia o ponto alto do festival: um grande concerto a luz de velas.


The “Loop”

O Loop de Chicago é o nome dado ao centro da cidade (downtown). Embora muitos acreditem que esse termo tenha vindo do formato da linha de trem local (que de fato descreve um loop ao redor da área do centro), o nome veio de uma linha de bonde que servia a cidade em 1892. Não se esqueça de ver as famosas esculturas ao ar livre em frente aos inúmeros arranha-céus da região, tais como as de: Picasso, Miro, Du Buffet, Chagall e Calder entre outros.

Chicago não é somente o lugar onde nasceram os arranha-céus, é também o local onde se encontra na prática a maioria de inovações em projetos e em tecnologia para a construção desse tipo de edifício. Alguns dos arquitetos e sua obras famosas são: Daniel Burnham e John Root e seu edifício Rookery (1888), marco histórico, considerado uma das obras primas da cidade, com seu estilo mourisco no exterior e o interior restaurado por Frank Lloyd Wright; Adler e Sullivan criadores do Auditorium Building (1889) uma obra prima de engenharia, desenho e acústica; Holabird e Roche, arquitetos do Marquette Building (1895), um excelente exemplo da Escola de Desenho de Chicago; e Holabird e John W.Root arquitetos do Chicago Board of Trade Building (1930), um dos mais glamorosos arranha-céus Art Déco da cidade.

Chicago é também um grande centro de negócios, com uma das bolsas de Valores de maior volume de negociação do mundo. Criada em maio de 1882, a Bolsa de Valores de Chicago (CHX) também ocupa um imponente edifício nessa região da cidade.


Magnificent Mile

O trecho da Michigan Ave. – conhecido como Magnificent Mile – vai do rio Chicago (rumo norte) até o número 900 da Michigan Ave. Essa é parte da razão do nome dado ao local: quase uma milha de avenida. O outro motivo que justificou a escolha desse nome é a concentração no local de lojas de grife, comparável à Avenue Montaigne de Paris, ou à Madison de Nova York. Desde 1947 a Michigan Ave. já era famosa por suas lojas. É um prazer passear pela Michigan, se deliciar com as vitrines, almoçar por ali (o restaurante Bice é numa travessa e é ótimo). Vale a pena ir até o fim da Michigan e visitar o Hotel Drake, um dos mais antigos da cidade, com 4 restaurantes, desde o Coq d’Or, que é o mais simples, ao Cape Cod Room, mais sofisticado e muito bom. Da Michigan Ave. tem-se uma magnífica vista do novo Millenium Park.


Millenium Park

O que agora é o Millenium Park foi concebido em 1998 com a missão de criar um parque novo na área do Grant Park e transformar a linha férrea. O prefeito Richard M. Daley com a ajuda, a visão e a participação de Frank Gehry, fez com que o projeto evoluísse para o empreendimento público mais ambicioso da história de Chicago.

Andar pelos jardins do Millenium é um programa muito gostoso a fazer. Por todo o parque se espalham esculturas maravilhosas.


Escultura por Anish Kapoor


O teatro e a Concha Acústica foram feitos por Frank Gehring (Guggenhein de Bilbao). Durante o verão há uma extensa programação musical. Assistimos o ensaio da orquestra portuguesa tocando Sibelius, que foi incrível.

Concha Acústica de Frank Gehry

Um passeio de carro ao Norte de Chicago é muito interessante; tem bairros residenciais com casas maravilhosas.

Vista do Lago - Norte de Chicago


A Fundação de Arquitetura de Chicago (CAF) oferece cerca de 85 diferentes tours.

1 - Pode-se fazer uma tour de barco e ver o skyline da cidade que é maravilhoso, inclusive janta-se no barco e assiste-se ao por do sol que é imperdível.

2 - Pode-se fazer uma tour a pé (walking tour) por toda a cidade e as áreas ao redor, onde se aprende muito sobre a rica história da arquitetura local e ver de perto os edifícios famosos da cidade, que não são poucos.

O filme Here Chicago é ótimo para se ter uma ideia da história da cidade, fica na Water Tower (Centro de Informações aos Visitantes), um marco histórico da velha Chicago, bem no centro. Foi um dos únicos edifícios que restou, depois do grande incêndio, tornando-se um símbolo da recuperação da cidade.

Um passeio de carro pelo lago Michigan é um ótimo programa, passa-se pela Universidade de Chicago (os cursos de Business e Administração são dos mais conceituados nos EUA, entre os 10 melhores do país), que é a melhor do midwest. Jantar no Mortons é uma ótima pedida, tem em Downtown e Oak Brook. Um dos melhores sandwiches de salmon que já comi foi no C’est ci Bon.


Boa viagem!


Serviços:

Shedd Aquarium
1200 S. Lake Shore Dr.
Chicago, Illinois, 60605
Tel. (312) 939-2948

Lincoln Park
Tel. (312) 742-PLAY
Adler Planetaruim
1300 S. Lake Shore Dr.
Chicago, Illinois, 60605
Tel. (312) 322-0590

Ravinia Festival
418 Sheridan Road
Highland Pk, Illinois, 60035
Tel. (847) 266-5000

Chicago Architecture Foundation
224 S. Michigan Ave.
Chicago, Illinois, 60604
Tel. (312) 922-3432

Chicago Stock Exchange
440 South LaSalle Street
Chicago, Illinois, 60605
Tel. 312-663-2222
info@chx.com

Millennium Park
Michigan Ave/Randolph St (55 N Michigan Ave.)
Chicago, Illinois, 60602
(312) 742-1168

Jay Pritzker Pavilion (Concha Acústica)
Millenium Park
Chicago, Illinois, 60602

Water Tower Building
806 N. Michigan Avenue
Chicago, Illinois 60611
Tel. (312) 742.0808

Hyatt Regency McCormick Place
2233 South Martin L. King Drive
Chicago, Illinois, 60616
Tel. (312) 567-1234

Hotel Ritz – Carlton Chicago (A Four Seasons Hotel)
160 E Pearson St at Water Tower Place
Chicago, Illinois, 60611
Tel. (312) 266-1000

Hotel The Península Chicago
108 East Superior Street
Chicago, Illinois
Tel. (312) 337-2888

Restaurante The Palm
323 East Wacker Drive
Chicago, Illinois, 60601
Tel. (312) 616-1000

Morton’s Downtown
1050 N. State St.
Chicago, Illinois, 60610
Tel. (312) 266-4820

Morton’s Northbrook
699 Skokie Boulevard
Northbrook, Illinois, 60062
Tel. (847) 205-5111

C'est si bon
641 East 47th Street
Chicago, Illinois 60653-4225,
Tel. (773) 536-2600

Bice
158 East Ontario Street
Chicago, Illinois, 60611
Tel. (312) 664-1474

Cape Cod Room no Hotel Drake
140 East Walton Street
Chicago, IL 60611-1545, United States
Tel. (312) 787-2200

Gianni
9655 West Grand Avenue
Franklin Park, Illinois, 60131
Tel. (847) 451-0100

Brunch no hotel Four Seasons
120 East Delaware Place
Chicago, Illinois, 60611
Tel. (312) 280-8800

Mia Francesca
3311 North Clark Street
Chicago, Illinois, 60657-1603
Tel. (773) 281-3310

Pizza Uno
29 East Ohio Street
Chicago, Illinois, 60611
Tel. (312) 321-1000

The Original Pancake House
Original Pancake House
22 E. Bellevue Place,
Chicago, Illinois, 60611
Tel. (312) 642-7917


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Diário de Viagem – Chicago


Chicago é uma das cidades mais bonitas que eu conheço: a arquitetura de seus prédios é maravilhosa, tornando a cidade majestosa! A cidade é muito limpa, muitos edifícios novos, canteiros com flores nas ruas, realmente vale uma visita! Antes de entrar no Turismo, vou contar um pouco da história de Chicago para vocês entenderem os motivos de algumas das maiores mudanças no perfil dessa cidade.


Skyline


Chicago é a terceira maior cidade dos Estados Unidos, fica no estado de Illinois, às margens do Lago Michigan. Tem 2 896 016 de habitantes (censo de 2000), com mais de nove milhões de habitantes em sua região metropolitana.


Downtown


Chicago foi fundada em 1830, recebendo o estatuto de cidade em 1837. E continua a ser um dos maiores centros empresariais do mundo, com seu downtown dominado por altíssimos arranha-céus. Até século XIX os Nativos americanos Potawatomis habitavam a região, antes da chegada dos primeiros europeus. A presença destes nativos data desde 3000 A.C. Perto do final do século XVII, exploradores passaram pela região, onde nativos potawatomis viviam perto do atual Rio Chicago. O nome dado pelos nativos ao rio era Checagou, sendo que o nome da cidade tem sua origem nesta palavra nativa. Os primeiros europeus a passarem pela região onde atualmente fica a cidade de Chicago são os franceses Louis Joillet, um explorador, e Lacques Piquette, um missionário. Em 1683, jesuítas franceses fundaram um assentamento na região, o Fort de Chicago.

Pouco se sabe sobre a história da região, desde então, e até 1779, quando um comerciante, Jean Baptiste du Sable, um imigrante haitiano negro, fundou o primeiro assentamento permanente, na foz do Rio Chicago.

No final do século XVIII, a área onde Chicago atualmente se localiza foi cedida pelos nativos ao governo dos Estados Unidos, pelo Tratado de Greenville.

Em 1834, o governo americano forçou os potawatomi, sioux e outros nativos que viviam na região a venderem suas terras. Foram forçados a se mover para reservas nativas, localizadas em Kansas. Um total de 3 mil nativos migraram forçadamente, e a pequena vila de Chicago então cresceu bastante. Apenas três anos após a saída dos nativos, a vila já tinha aproximadamente 4 mil habitantes. Em 4 de março de 1837, Chicago foi elevada ao posto de cidade.

Por volta de 1848, um canal foi construído, conectando o Lago Michigan com o sistema hidroviário do Rio Mississippi-Missouri, tornando assim a cidade de Chicago num centro primário nacional de transportes.

Por volta da década de 1850, grandes quantidades de ferrovias foram construídas, conectando a cidade com outras regiões do Estado. A cidade tornou-se então o centro ferroviário mais movimentado do mundo, e o mais importante do país. Chicago já era a maior cidade do estado de Illinois, com uma população de mais de 100 mil habitantes.

Os prédios, casas e até mesmo as ruas, em Chicago, eram quase todos construídos em madeira. Houve então um outro marco determinante nas mudanças do perfil da cidade: um grande incêndio, no verão de 1871. O Grande incêndio de Chicago, que iniciou-se num estábulo, logo se espalhou devido a ventos secos e fortes. A cidade foi rapidamente reconstruída atraindo muitos arquitetos de renome, que queriam participar ativamente desse processo de reconstrução. Foi nessa época que começou a surgir o Skyline de Chicago, tão famoso até hoje. 

Em 1885, o primeiro arranha-céu de metal foi construído no centro da Chicago. Por volta de 1890, Chicago já era a segunda maior cidade dos Estados Unidos da América, superada apenas por Nova Iorque. Mais de um milhão de pessoas então habitavam Chicago e os arredores.

Desde a década de 1950, muitos cidadãos de classe média e alta saíram de Chicago, movendo-se em direção aos subúrbios, deixando para trás muitos bairros empobrecidos. Porém, desde o início da década de 1990, a cidade tem-se recuperado do declínio sofrido com esse êxodo.


Escultura Pioneiros (Primeiro Casal de Chicago)



Fundação Frank Lloyd Wright em Oak Park, 1889-1909
É um subúrbio a meia hora de Chicago, e um dos melhores bairros para se morar. Frank Lloyd Wright, o famoso arquiteto morou lá, e deixou sua assinatura em muitas casas de lá. Tem uma excursão que se faz a pé e visita-se as casas que ele fez no bairro todo. Vale muito a pena!!! São senhoras do bairro que se especializaram em Frank Lloyd Wright e nos levam pelo bairro mostrando todas as casas feitas por ele.Você vai aprender sobre a evolução da carreira de Frank Lloyd Wright através de um passeio guiado pelo bairro histórico.


Casa - Frank Lloyd Wright



O Hotel Carleton é o melhor de Oak Park, caso você queira ficar lá e o restaurante do hotel, Philanders é ótimo. O hotel também tem um bar simpaticíssimo, desses bem americanos com o balcão quadrado, todo mundo conversa com todo mundo, a paquera rola solta, e muitas televisões onde eles assistem aos jogos do Chicago Bulls. A pizzaria La Bella também vale a pena. Mas, o mais importante é o Museu Frank Lloyd Wright e em seguida o Museu Hemingway Museu.

A Fundação abriga a maior coleção do mundo de prédios e casas projetadas por Frank Lloyd Wright, com 25 casas construídas entre 1889 e 1913. Foi aí que Wright desenvolveu e aperfeiçoou sua assinatura, o estilo arquitetônico Prairie, enfatizando o uso da luz interior e de espaços abertos em construções baixas, que parecem “aninhar-se” no terreno. Seus projetos mudaram o rumo da arquitetura do século 20. Muitas das casas e edifícios de Wright em Oak Park e Forest River são hoje marcos históricos nacionais.
Por último (At last but not least ) faça um passeio de carro em Lake Forest, um bairro residencial ao lado de Oak Park onde muita gente de Chicago mora. O passeio chama-se Lake Circuit, vale a pena porque é lindo!!!


Instituto de Arte de Chicago

O Art Institute of Chicago (AIC), Museu de Arte situa-se no Grant Park. Sua coleção de arte pós-impressionista e impressionista é das mais notáveis do mundo. É o segundo maior museu de arte dos Estados Unidos, atrás apenas do Metropolitan Museum of Art, em Nova York. Inauguraram recentemente uma ala nova com uma arquitetura belíssima de Renzo Piano (arquiteto do Centro Georges Pompidou em Paris). A loja é imperdível. Uma boa idéia é fazer a visita ao museu e depois ir passear no Millenium Park, que é em frente, e ver todas as esculturas que são maravilhosas e se der sorte assistir a um espetáculo na Concha Acústica.


Ala Nova do Instituto de Arte de Chicago



Museu de Ciência e Indústria

É um dos maiores do mundo, e está localizado no palácio de Belas Artes que foi construído em 1893 para a Exposição de Mundial em homenagem aos quatrocentos anos da descoberta da América por Colombo, descobridor da América.
Em 2000 o Museu abriu a exposição sobre o Titanic, que foi um sucesso enorme e a primeira Instituição a mostrar objetos achados por mergulhadores recentes do legendário navio.


Museu Terra

O Museu Terra de Arte Americana foi fundado em 1978 pelo executivo e colecionador de artes Daniel J. Terra (1911–1996) que acreditava que a arte americana era dinâmica e uma poderosa expressão da identidade dos Estados Unidos.
Em 1992, a Fundação Terra expandiu-se e alcançou a Europa abrindo o Museu de Arte Americana em Giverny (França), onde exibe ampla amostragem de artistas americanos.
Em 2009, a Fundação Terra fez uma parceria com o Governo Francês e criou o Museu dos Impressionistas norte-americanos em Giverny americanos com o intuito de divulgação.


Willis Tower antiga Sears Tower

Sears Tower, com 108 andares é o edifício mais alto da cidade desde a sua conclusão em 1974, além de ter sido o edifício mais alto do hemisfério ocidental durante 25 anos. O edifício foi todo reformado recentemente. O nome foi mudado para Willis pelos novos proprietários.


Willis Towers (antiga Sears Towers)


Filarmônica de Chicago

É hoje regida por Larry Rachleff, rica em tradição e inovadora em visão. Assistir a um concerto da Filarmônica de Chicago é um must se você tiver tempo. Eu assisti quando Daniel Baremboim era o maestro e foi uma experiência inesquecível. Está localizada num prédio muito bonito no centro de Chicago.

Fundação de Arquitetura de Chicago – Devil in the White City
A Fundação de Arquitetura de Chicago, promove mais de 80 passeios pela cidade, pois para eles, a cidade de Chicago em si mesma, é um museu. Os passeios podem ser feitos a pé, de bicicleta, barco ou ônibus. Também propriedade da Fundação de Arquitetura de Chicago, no 224 da South Michigan (diante do Instituto de Arte de Chicago) encontra-se outro edifício com uma loja e livraria especializados em arquitetura, e também local onde se pode ver entre outros shows, o “Devil in the White City” (O demônio na “cidade branca”).

O best seller de Erik Larson, com o mesmo nome do show, conta a história de um dos primeiros serial killers americanos. É um livro de não-ficção baseado em pessoas e fatos reais. Ele interliga a história de dois homens: o arquiteto criador da primeira Feira Mundial Colúmbia, em 1893 (homenagem aos quatrocentos anos do descobrimento da América por Colombo) e o assassino, um médico, que se serve do local da feira para atrair suas vítimas. O tour, baseado em fatos e pessoas do livro, também conta o que ocorreu em Chicago durante a 1º Feira Mundial Colúmbia através de slides. A feira teve um efeito muito grande na vida das pessoas e da cidade daquela época: trouxe-lhes progresso e atualização.

Caso vocês não saibam o ator John Malkovitch é de Illinois. Se estiverem com sorte, podem assisti-lo em alguma peça no teatro Steppenwolf (onde começou sua carreira) atuando ou dirigindo.


Esportes em Chicago

Chicago Bulls, o time de basquete é conhecido no mundo todo por suas grandes vitórias e por Michael Jordan, um dos maiores jogadores americanos de basquete do mundo. O United Center Stadium é um ginásio de esportes em Chicago e é a casa tanto do time de basquetebol da NBA Chicago Bulls, quanto do time de hóquei no gelo da NHL Chicago Blackhawks. O nome dado ao estádio foi uma homenagem a seu patrocinador: a United Airlines.



Um time super conhecido em baseball é o Cubs, e seu estádio é o Wrigley Field, que pertencia a uma das famílias mais ricas de Chicago, a dona do Chiclete Wrigley. Foi vendido recentemente para uma outra família, mas por enquanto não se fala em trocar o nome. O outro time é o White Sox, e joga no estádio US Celular Field. É muito raro ter dois times da mesma cidade jogando na Liga Americana. Os fãs ficam mais ou menos divididos entre North-Siders Cubs e os South-Siders White Sox. Tanto o Presidente Barak Obama como o Prefeito Daley são torcedores do White Sox. Eu estava em Chicago em um dia de final de campeonato e a cidade pára, é como o nosso futebol.

Uma curiosidade - Vou falar um pouco dos prefeitos da família Daley de Chicago. Fiquei muito impressionada com a duração de seus mandatos. Quando perguntei a algumas pessoas que moram em Chicago, se o prefeito era tão bom e honesto assim para ficar tanto tempo governando, pasmem, me responderam! Não, ele é muito corrupto mas fez coisas maravilhosas para a cidade, é muito simpático e bonitão, então todos votaram e continuam votando nele. Teve votação esmagadora em seu sexto mandato!!!
Richard J. Daley (pai) foi prefeito desde 1955, e governou a cidade até sua morte, em 1976. Nesse período foram realizadas grandes obras, incluindo o Aeroporto Internacional O'Hare, além da inauguração da Sears Towers.

Richard M. Daley (filho) é prefeito desde 1989, e desde então tem sido reeleito. Dizem que tem um estilo imperial. Entre seus feitos: modernização do trânsito, reassumiu as escolas públicas, construiu o Millenium e fez grandes esforços na área ambiental.

Eu estava em Chicago em Julho, quando a votação para as Olimpíadas estava no auge. E, para meu espanto, conversando com os chicaguenses, me disseram que não tinham nenhum interesse que as Olimpíadas fosse lá. “Não temos vontade que a nossa cidade se encha de turistas e nos atrapalhe”, me diziam apoiados pelo seu prefeito (o que gerou um certo constrangimento público).


Boa viagem e aproveitem bem!!!


Serviço

Willis Tower (antiga Sears Tower)
233 South Wacker Drive,
Chicago, Illinois, 60666
Tel. (312) 474-0090

Museu Frank Lloyd Wright – Frank Lloyd Wright Preservation Trust
951 Avenue Chicago,
Oak Park, Illinois, 60302
Tel. (708) 848-1976

Instituto de Arte de Chicago
111 South Michigan Ave.,
Chicago, Illinois, 60603-6404
Tel. (312) 443-3600

Museu de Ciência e Indústria
57th St and Lake Shore Drive (5700 South Lake Shore Drive)
Chicago, IL 60637, United States
Tel. (773) 684-1414

Terra Foundation for American Art
980 North Michigan Avenue, Suite 1315
Chicago, Illinois, 60611, United States
Tel. (312) 664.3939

Fundação Chicago de Arquitetura (Devil In the White City) – em frente ao Instituto de Arte de Chicago
224 South Michigan Avenue
Chicago, Illinois, 60604, United States
Tel. (312) 922.3432 – ramal 240

Filarmônica de Chicago (apresenta-se no Symphony Center)
220 S. Michigan Ave.
Chicago, Illinois, 60604, United States
Tel. (312) 294-3000

Teatro Steppenwolf
1650 N. Halsted Street
Chicago, Illinois, 60614, United States
Tel. (312) 335-1650

Carleton-Oak Park Hotel & Inn
1110 Pleasant Street
Oak Park, Ilinois, 60302, United States
Tel: (708) 848-4250
carletonhotel.com

Restaurante Philander's
1120 Pleasant St.,
Oak Park, Illinois, 60302, United States
Tel: (708) 848-4250

Restaurante La Bella Pasteria
103 South Boulevard
Oak Park, IL 60302, United States
(708) 524-0044

Chicago Bulls
United Stadium
1901 W Madison Street
Chicago, Illinois, 60612, United States
Tel. (312) 455-4000
nba.com


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Viagem ao Sul II – Ilha de Florianópolis



Para quem não sabe, Florianópolis fica na ilha de Santa Catarina e se conecta ao continente apenas num único ponto onde foi construída a ponte Hercílio Luz (uma das maiores pontes pênseis do mundo), inaugurada em 1926. 

Desde que foi fechada, em 1982, por medida de segurança, a Ponte Hercílio Luz serve de cartão postal, como ponto de referência e para embelezamento da cidade. A ponte completou 71 anos de idade e passa por um processo de renovação com intuito de preservá-la. A obra clássica da engenharia internacional foi tombada como patrimônio histórico e artístico. A ponte projetada e construída durante o governo de Hercílio Luz é de autoria dos engenheiros norte-americanos Robinson e Steinmann. O então governador Hercílio Luz decidiu-se pela construção da ponte para consolidar Florianópolis como Capital de Santa Catarina. Àquela altura, as outras cidades consideravam a Ilha muito distante para ser o centro administrativo e político do Estado e, em consequência, havia um movimento pregando a mudança da Capital para Lages.

Ponte Hercílio Luz - Cartão de Visita de Florianópolis


Ao norte da Ilha de Santa Catarina ficam as praias mais admiradas por turistas estrangeiros e também brasileiros. Recebem também grande número de esportistas pela posição geográfica que ocupam, favorecendo esportes como surf, vela, parapente entre outros. Entre as principais estão: Canasvieiras, Cachoeira, Ponta das Canas, Lagoinha, Brava, Ingleses, Santinho, Jurerê (Tradicional e Internacional) e Daniela. Abaixo vou falar de algumas delas:


Praia do Jurerê

Classificada pelo Guia 4 Rodas como uma atração 3 estrelas (a pontuação máxima da categoria), a praia de Jurerê ”ferve” no verão catarinense. A localização é privilegiada: Jurerê fica na região norte da ilha de Santa Catarina, entre as praias de Canasvieiras e do Forte, a 23 km do centro de Florianópolis e a 35 km do aeroporto. Seus poucos mais de 4 km de extensão são cobertos por areia clara e fina, banhada por mansas ondas verde-claras que, combinadas com o vento constante, fazem de Jurerê uma das melhores raias náuticas do mundo. Não é à toa, portanto, que a praia abriga o Iate Clube de Santa Catarina. Opções de lazer não faltam: além de aproveitar a praia, os freqüentadores podem fazer caminhadas na Estação Ecológica de Carijós – uma das áreas de manguezal mais preservadas do país –, visitar a Fortaleza de São José da Ponta Grossa (construída em 1740, na divisa entre Jurerê e a praia do Forte, e tombada pelo patrimônio histórico), passear e fazer compras no Open Shopping, deliciar-se com a gastronomia local e curtir os badalados bares e clubes noturnos da região.

O Hotel Villas del Sol y Mar conta com 24 suítes espalhadas em 4 torres e 18 casas num condomínio ao lado, onde o hóspede pode também usufruir de todos os serviços do hotel. O café da manhã e o jantar estão incluídos na diária. Num enorme terreno ao lado fica o espaço Villas Gourmet, onde se pode organizar festas privadas ou desfrutar das festas oferecidas pelo hotel (réveillon, carnaval). Marilda Mendes, é a proprietária do hotel e dessas 18 casas no condomínio, que se chama Residencial Ilha de Santa Catarina (o condomínio inteiro tem 45 casas, as outras 30 são particulares).


Hotel Villas del Sol y Mar


Começou comprando uma casa desse condomínio feito pela Habitasul (construtora) há 20 anos. Desde a inauguração em 2002, Marília e a família estão sempre a par de tudo que acontece em suas dependências. “Hotelaria nunca fica pronta”, afirma Daniel Mendes, filho dos proprietários do Hotel. “O investimento e o aperfeiçoamento dos serviços precisam ser constantes.” Para garantir a personalização e o bom atendimento, o hotel é administrado pela família, incluindo os cuidados da matriarca, Marilda Mendes, que imprime em cada canto do hotel anos de experiência com o mercado da moda e do luxo. 

Convivência com o bem viver é o que não falta à família, que tem um perfil empresarial de sucesso, que inclui de butique e grife de moda a pequenas hidrelétricas. “O Villas é um retrato da nossa história de 30 anos em contato com a moda e com o luxo”, diz Marilda. As casas dão direto na praia que é estreita na frente do condomínio.


Marilda Mendes, proprietária do Villas Sol y Mar


Saindo do hotel à direita vai-se a pé até a praia vizinha, onde fica o Yatch Club, por uma pequena trilha no morro e se quiser continuar a caminhada ainda tem mais duas pequenas praias lindas. Areia branca, vale a pena ir a pé, a paisagem é maravilhosa. Vê-se toda a baia até a Ponta dos Ganchos e, em frente, a ilha do Francês. Saindo do hotel e indo para o lado esquerdo da praia é Jurerê Internacional, onde a cada tanto pode-se subir escadas de madeira, que levam a lounges, com um caminho muito bonito entre os restaurantes, as casas e a praia. 

Considerada uma das praias mais limpas do Brasil, Jurerê é realmente limpíssima, com latas de lixo a cada tantos metros. Os vendedores ambulantes da praia são muito diferentes de outros lugares: é tudo muito organizado, e dá para perceber que existe um órgão responsável por trás de toda essa organização. Pasmem! Tem até um carrinho muito chique que vende Pró-seco.


Praia Jurerê – Vendedor Ambulante


Jurerê é dividida em dois: Jurerê Internacional e Jurerê Tradicional. O Internacional tem restaurantes ótimos: Café Riso, Café de La Musique (dão na praia). Atrás, na avenida que está bem ao meio do condomínio, tem um pequeno shopping ao ar livre com ótimas lojas e restaurantes: Sim’s que é muito bom, Don Rodrigues (burguer’s, pizzas), um café, uma doceira etc. As casas em Jurerê Internacional são grandiosas, como nunca vi em nenhuma outra praia em lugar nenhum. Avenidas largas e asfaltadas, é um pouco over para uma praia, na minha opinião.


Café Riso



O nome Jurerê (Y-Jurerê-Mirim que significava boca d’água pequena) foi um dos nomes dado à ilha pelos índios Carijós (primeiros habitantes desse local). Em Jurerê foram descobertos três sambaquis, verdadeiros tesouros arqueológicos. São depósitos de detritos dos primeiros habitantes indígenas do litoral (conhecidos como coletores), formados por materiais orgânicos e calcários (cascas de moluscos e restos de esqueletos marinhos) sedimentados, que se acumularam durante centenas e até milhares de anos.


Praia dos Ingleses

O principal ponto turístico do lugar é a própria praia que tem quase cinco quilômetros de extensão. A estreita faixa de areia é banhada por mar aberto de uma água muito azul. As ondas não são muito grandes, mas dá para os surfistas aproveitarem. Muitos turistas argentinos, perdendo apenas para Canasvieiras.


Praia de Canasvieiras

Localizada ao norte da Ilha de Santa Catarina, a praia tem pouco mais de 2 km de comprimento e a linda Ilha do Francês em frente, que é muito bonita. Também lotada de argentinos.


Lagoa da Conceição

Muito bonita. Um passeio que vale a pena. Passear em volta da lagoa, admirar a paisagem, saborear um prato de frutos do mar ou tomar um café. Fica a apenas 20 km do centro da cidade e o que a torna mais atraente é o fato de ter praias, dunas e montanhas, além de ser a maior lagoa da ilha. Nas dunas entre a Lagoa da Conceição e a Joaquina nasceu o sandboard. Dos morros em volta saem parapentes e asas-delta. E, para terminar, existem várias trilhas para os passeios ecológicos e de mountain bike. Apesar de ter rendeiras (mulheres que fazem renda no caminho da Praia Mole) o forte da Lagoa são os restaurantes e tem uma vida noturna intensa. É o lugar turístico mais conhecido da cidade.


Lagoa da Conceição



Praia Joaquina

Fica próximo da Lagoa da Conceição. É uma praia grande, linda e muito conhecida pelos campeonatos internacionais de surf.


Praia Mole

Frequentada pela garotada, a Praia Mole tem este nome devido à areia solta e macia. De dia os frequentadores usuais são os surfistas e praticantes de parapente, que aproveitam a encosta sul como rampa de decolagem. Nos dias mais quentes a paquera toma conta do lugar.

Ao sul da Ilha encontramos o aspecto rústico da vida dos pescadores, além de verdadeiros paraísos da natureza e de marcos da nossa história colonial. Em Ribeirão da Ilha, uma das primeiras comunidades do Estado, ainda há um pequeno número de construções da primeira metade do século 20. Nessa região também está localizada a rota das Ostras. Uma boa pedida é ir comer ostras num dos vários restaurantes disponíveis tais como: Rancho Açoriano, Ostras e Ostras Coisas e Ostradamus. Ainda no Sul da Ilha temos a Praia do Campeche, com seus longos trechos de areias brancas, as praias do Morro das Pedras, Armação e Matadeiro e a Lagoa do Peri, que é uma reserva ecológica.


Praia do Matadeiro

Localizada no sul da Ilha, do lado do Oceano Atlântico, a praia do Matadeiro é separada da praia da Armação por um córrego de água doce. O mar é gelado, ondas boas atraindo surfistas. Do final da praia sai uma das trilhas para a praia da Lagoinha do Leste, que são preservadas da ação do homem, com lagoas, mangues e vegetação nativa. Na visita não deixe de conhecer a praia do Pântano do Sul e saborear os pratos típicos da Ilha.

Essas praias quase não são freqüentadas por turistas. Há cerca de pouco mais de uma década, jovens (esportistas, cozinheiros recém formados, arquitetos entre outros) de outros estados do Brasil, atraídos pelas belezas da Ilha e no desejo de mudar o modo de vida, deixaram cidades grandes como São Paulo para tentar um futuro na Ilha. Por motivos econômicos o sul da Ilha era quase sempre o primeiro local escolhido para viver, mas a oferta imobiliária era pobre. Começaram a surgir pequenos loteamentos com casas novas e modernas, que aos poucos estão mudando o perfil dessa região.


Santo Antonio de Lisboa

Uma das três localidades mais antigas da ilha de Santa Catarina e local dos primeiros imigrantes açorianos que aqui chegaram por volta de 1698. No largo principal ainda podemos ver uma Igreja (Igreja de N. Sra. Das Necessidades) da metade do século 18, de nítida influência da fase de colonização do litoral brasileiro. Há ainda pequenas lojas, restaurantes “pé na areia”, casas antigas e uma vista linda de toda a baia. Vê-se até a antiga ponte Hercílio Luz, que une Florianópolis ao continente.


Santo Antonio de Lisboa


Ilha dos Papagaio

Uma ilha inserida no belo litoral de Santa Catarina. É este o cenário deslumbrante da Ilha do Papagaio, localizada no município de Palhoça. Desde 1992, a família Sehn, descendentes de alemães, construiu uma pousada que hoje conta com 20 chalés, com uma vista deslumbrante para a Baía da Pinheira. A Ilha do Papagaio tem sete trilhas que cortam os 142 mil m²de seu terreno, dos quais 12 hectares são reserva de Mata Atlântica. Vale a pena fazer um passeio de barco e ir conhecer a Praia do Sonho ou a Guarda do Embaú. O restaurante comandado pelo chef Jarbas Meurer é recomendado.


Boa viagem e aproveitem a Santa, Bela Catarina!!


A partir dessa semana vou incluir dicas, mesmo que não estejam relacionadas com o artigo.

1 - O programa do Álvaro Garnero, sábados à noite na Record, sobre viagens é muito interessante e vale a pena ver. Sábado passado viajou pelo Estado do Espírito Santo e pude ver lugares incríveis que nem sabia que existiam.

2 – O caderno de Turismo do Jornal O Estado de São Paulo finalmente mudou seu layout!!!! Ficou ótimo, muito mais prático, fácil de levar na bolsa e melhor para ler. Já tinha comentado sobre esse assunto, referindo-me ao Jornal do Brasil, no artigo Rio de Janeiro 2.

3 - Gol ida e volta – foi bom custo-benefício - compra pela Internet.


Serviço
Hotel

Villas del Sol y Mar
Rua Jorge Cherem, 84
Praia do Jurerê, Florianópolis
Santa Catarina, Brasil
Tel. (11) 3123.3060
Tel. (48) 3282.0863
www.villasdelmar.com.br


Café Riso Plage
Al. César Nascimento,
Posto de Praia 1 Jurerê Internacional,
Florianópolis
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3223.8753
www.caferiso.com.br


Café dela Musique
Av. Dos Merlins, Posto de Praia 1– B
Jurerê Internacional, Florianópolis
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3282.1325


Sim’s Lounge Bar e Restaurant
Av dos Búzios, 1800
Jurerê Internacional, Florianópolis
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3282.1597


Don Rodriguez
Av. Dos Búzios,1800
Jurerê Internacional, Florianópolis
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3282.1995


Restaurante Rancho Açoriano
Rodovia Baldicero Filomeno, 5634
Ribeirão da Ilha, Florianópolis
Santa Catarina,
Brasil Tel. (48) 3337.0848


Restaurante Ostras e Ostras Coisas
Rodovia Baldicero Filomeno, 6520
Ribeirão da Ilha, Florianópolis
Santa Catarina, Brasil
Tel. (48) 3233.3358


Restaurante Ostradamus
Rodovia Baldicero Filomeno, 7640
Ribeirão da Ilha, Florianópolis
Santa Catarina,
Brasil Tel. (48) 3337. 5711


Pousada Ilha do Papagaio
Caixa Postal 11 88131-970
Palhoça Santa Catarina,
Brasil
Tel. (48) 3286.1242


Programa 50 por 1
Rede Record
Álvaro Garnero
www.50por1.com.br


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders