sexta-feira, 26 de março de 2010

A volta do Guarujá

Novos calçadões, praias limpas e acesso facilitado fazem do Guarujá uma boa opção de férias. O Guarujá mudou muito: terminou para poucos e está muito melhor para muitos. Uma boa opção para um fim de semana fora das férias e dos feriados, é ir até lá. A estrada é linda e é super perto. Dá para ir na sexta à noite depois do trabalho e chegar lá a tempo de comer um ótimo peixe no Ruffino, frequência e serviço muito bons. Para quem vai para Iporanga, recomendo o Dalmo, ou o Joca na estrada, um pouco antes da entrada de Iporanga. Já para quem vai para Pernambuco, o hotel Sofitel tem várias opções de restaurantes.

Seria a ação do tempo inexorável sempre? Para um grande leque de assuntos e principalmente para nós, seres humanos, diria que sim. Mas no caso dessa coluna sobre viagens, me permito dizer que não necessariamente. Lembremos apenas das 4 crônicas que acabo de publicar sobre Portugal, onde falei de tantos monumentos, museus e palácios preservados e restaurados a serem visitados e apreciados. Há ainda que lembrar todos os problemas pelos quais a Europa já passou nesses tantos séculos de existência (guerras, terremotos, grandes incêndios). Como podem eles a despeito de tudo isso conservar a história, ou pelo menos boa parte dela, e progredirem, e conviverem muito bem com o velho e o novo? Serão eles diferentes de nós? Ou seja, nesse caso a ação do tempo parece ter sido bem “orquestrada”, uma vez que a coexistência por lá entre o velho e o novo parece bem equilibrada.

Todas essas palavras são para tentar compreender o porquê em nosso país parece quase impossível pensar em progresso e crescimento, preservando a história e a qualidade do que já existe e é belo.

Um pouco sobre a história da Ilha
Conhecida por muitos como a "Pérola do Atlântico", o Guarujá representa hoje uma mescla cultural originária dos diversos colonizadores que passaram por lá e ergueram muralhas, igrejas e outras construções de valor arquitetônico e histórico.
Inúmeros personagens da história ali estiveram, dentre eles: Padre Anchieta, Vicente de Carvalho (o poeta) e Santos Dumont, o Pai da Aviação.


Fundada em 2 de Setembro de 1893 como empresa balneária, Guarujá contava com um hotel, uma igreja, um cassino e 46 chalés encomendados dos Estados Unidos, desmontáveis e construídos em pinho da Geórgia. Desde sua fundação pelos portugueses, em 1540, até meados do século XIX, a Ilha de Santo Amaro, onde se localiza a cidade, era ocupada por vários sítios onde, no tempo da escravidão, eram escondidos negros contrabandeados da África. Tinha grande importância estratégica, pois defendia a entrada do estuário. Em 1829 foi construído o Farol da Ilha da Moela para dar segurança aos navios que se aproximavam da Baía de Santos. Uma estrada de ferro passou a ligar o Estuário de Santos à nova Vila. A locomotiva a vapor que fazia o trajeto entre Itapema e a Vila Balneária (Guarujá), atualmente pode ser vista em exposição no centro do Guarujá. O Hotel Cassino La Plage foi destruído em um incêndio em 1897 e reconstruído mais tarde. Foi num dos quartos deste hotel, uma importante construção dos anos 30, que em 1932, se suicidou Santos Dumont, o pai da aviação.

O Guarujá é uma ilha. Fica separado de Santos pelo canal de entrada dos navios que se dirigem ao porto. A maioria não vive nos elegantes edifícios modernistas erguidos junto à orla, mas em bairros distantes, vilas e 58 favelas que tomam os morros e as áreas aterradas de mangue. Há explicações para o inchaço do município. Fundado no início do século XX, o Guarujá era o destino favorito dos veranistas que, além do sol, iam atrás das mesas de roleta e bacará de seu famoso cassino, fechado quando o jogo foi proibido no Brasil, em 1946. Nos anos 70 houve a explosão imobiliária. Migrantes nordestinos chegaram atraídos pelos empregos na construção civil. Surgiram favelas, as praias se encheram além da conta, cessaram os investimentos e os problemas começaram. Veranistas com dinheiro foram para o Litoral Norte.

Duas barcas (balsas) possibilitavam o transporte de passageiros da estação da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (em Santos) ao atracadouro do Balneário, em Itapema. O Ferry Boat (serviço de travessia marítima para automóveis entre Santos e Guarujá) foi inaugurado em 1922. As balsas existem até hoje e para quem não estiver com muita pressa é um belo passeio vir por Santos, passear na orla marítima e pegar a balsa para chegar ao Guarujá.

A Rodovia Piaçaguera-Guarujá foi inaugurada em 1957 ligando a cidade à Via Anchieta em Cubatão. Em 1990 o grande crescimento da cidade exigiu a sua duplicação e foi a partir daí que todos começamos a usá-la. A orla marítima é uma das mais valorizadas do litoral paulista. Sendo uma ilha, está cercada de praias de todos os tipos e para todos os gostos. São mais de 20 praias! Algumas das praias mais conhecidas: Pitangueiras, Astúrias, Tombo, Guaíuba, Enseada, Sorocutuba, Mar Casado e Pernambuco, Perequê, São Pedro e Iporanga.

A cidade voltou a ser uma boa opção para o verão. Guarujá se esforça para que voltem a chamá-lo, como no passado, de a “Pérola do Atlântico”.


Praia das Pitangueiras – 1.800 m

É a mais conhecida do Guarujá, maior concentração de turistas, e de grandes edifícios por toda sua faixa costeira. Essa praia no passado era conhecida como Praia das Laranjeiras, pois ali havia uma cultura de laranjas de propriedade de d. Maria Malta, com o passar do tempo as laranjeiras foram substituídas por pés de pitangas, daí o nome Pitangueiras.


Praia de Pitangueiras

No extremo oeste da praia fica o Ed. Sobre as Ondas, um capítulo da história do Guarujá, quando a maré está alta, chega a bater em sua base.

Os dois edifícios mais antigos do Guarujá: Sobre as Ondas e Monduba.

O edifício Sobre as Ondas, dos arquitetos Oswaldo Corrêa Gonçalves e Jayme Campello Fonseca Rodrigues, até hoje marca a paisagem do Guarujá, mantendo as características que o tornaram um referencial dentro da arquitetura moderna.


Edifício sobre as Ondas

Praia das Astúrias – 1000 mts.

A praia das Astúrias é vizinha a Pitangueiras. É mais calma que a sua vizinha, mar tranqüilo e relaxante. Quando a maré está baixa dá para atravessar a pé e é um ótimo Cooper,sair de Pitangueira indo até o final das Astúrias e voltar: dá quase 4 kms.


Praia das Astúrias

Praia do Tombo – 856 m

É uma praia simpática, não tão cheia como as outras. Do ponto de vista urbano, a praia recebeu um tratamento especial, apresenta um belo calçadão; a ausência de grandes prédios a beira da praia é outro fator que colabora para o encanto do ambiente. O que se vê são hotéis e grandes mansões.


Praia do Tombo

Forte dos Andradas

Ao lado da praia do Tombo, também chamado de Forte do Monduba inaugurado em 1942 como principal ponto de defesa da entrada da baía de Santos ao sul da ilha. As visitas podem ser feitas nos finais de semana e feriados sem chuva mediante recolhimento de uma taxa.

Praia do Guaiúba

É uma praia pequena logo apos a entrada para o Forte dos Andradas, cercada de morros. Tem muitos condomínios e casas, cortados por ruas de terra, com aspecto mais intocado que o resto da orla.

A esquerda de quem sai de Pitangueiras:

Morro do Maluf

O Marco Zero do Guarujá e o ponto geográfico que divide as praias de Pitangueiras e Enseada. Local ideal para fotos panorâmicas e também ponto oficial de saltos de Asa Delta e Paraglider. Do seu topo se tem uma visão panorâmica de boa parte da cidade e da Ilha das Cabras. O paredão, em um dos lados, é ideal para pescar.

Praia da Enseada – 5.650mts.

É a praia mais extensa do Guarujá. Para os andarilhos andar a praia toda (ir e voltar) são 11kms.! Tem sempre muita gente andando no calçadão que ficou ótimo, cheio de quiosques para se tomar uma água de coco. É a praia que oferece mais atividades. Na ponta da praia vários tipos de esporte.

Aquário

Aqua Mundo, no Guarujá, é o maior aquário da América do Sul. Localizado na Praia da Enseada, tem 8 mil animais de 235 espécies, de água doce e salgada. A maior atração é o Oceano, tanque gigantesco que mostra grandes cardumes como se estivessem em mar aberto.

Jardim Virgínia

Localizado na enseada é um bom lugar para se ter casa ou alugar para as férias. A praia da Enseada ainda é uma boa opção por não ser tão cheia como a de Pitangueiras e Astúrias.

Hotel Casa Grande

Fica no local onde foi erguida a primeira casa da Enseada de propriedade de Miguel Estefano. Seu neto Carlos Eduardo Estefano foi quem construiu o hotel nos idos de 70. Foi feito com muito capricho. O hotel quando inaugurou era uma maravilha, nos mínimos detalhes. Você podia olhar para qualquer lugar que era perfeito, desde o chão de tábuas largas antigas até o teto no estilo das casas coloniais. Carlos Eduardo fez o hotel se espelhando na casa de fazenda de sua família em Catanduva. Foi vendido há alguns anos e hoje o Casa Grande Hotel é o maior e mais completo resort do litoral paulista. É membro do "The Leading Hotels of the World", associação que reúne os hotéis mais confortáveis e luxuosos do mundo. Destaque para o Spa completo, e também uma das maiores estruturas de eventos do litoral brasileiro.

Morro do Costão das Tartarugas

Mirante de fácil acesso com visão para o Costão das Tartarugas. No local existe o Restaurante Vista Linda, com terraços cobertos e ao ar livre. Acesso fácil pela estrada asfaltada, no final da Av. Miguel Stéfano. É ao lado de onde ficava o clube Samambaia, famoso desde a época de 60: incrustado nas rochas junto às águas calmas do mar da enseada.

Na definição de José Tavares de Miranda, à época o colunista social mais influente de São Paulo, ele era simplesmente “o mais exclusivo club marinho do Hemisfério Sul”.

O Club Samambaia nasceu no lugar e na hora certos: Guarujá, início dos anos 1960. Autodenominado “A Pérola do Atlântico”, o balneário paulista vivia seus anos dourados. Brilhava tanto que chegou até a merecer uma alfinetada: “Em São Paulo costumam dizer que os pobres voam para Buenos Aires, os abastados para a Europa e os milionários autênticos para as praias do Guarujá”, Privados de seus cassinos em razão do conflito, não foram poucos os potentados europeus que ali procuraram refúgio, aproveitando as delícias do Grand Hotel de La Plage, maravilha para os cinco sentidos, arquitetada por Ramos de Azevedo na praia das Pitangueiras, com suas mesas que não tinham limite para apostas. O jogo foi proibido em 1946, o cassino fechou, o hotel acabou falindo e terminou sendo demolido. Guarujá, no entanto, continuou a ser o recanto predileto dos ricos paulistas, sendo que a nata dos happy few ainda pode ser encontrada no exclusivíssimo Samambaia.

A história do clube começa em 1960, conta-nos o cronista Geraldo Anhaia Mello, quando Luís Eduardo Campello, e sua mulher, Alice Moraes Barros Campello, uma das mais refinadas moças da sociedade paulistana, ousaram adquirir todo o morro da península de Santo Amaro, no canto esquerdo da praia da Enseada, para nele implantar um loteamento. O arquiteto californiano Charles “Chuck” Bosworth foi escolhido para projetar o empreendimento. Chuck sobrevoou várias vezes a península e desenhou as ruas de forma a preservar ao máximo as grandes árvores do lugar, além de controlar as águas pluviais para evitar a erosão. As mais de dez mil samambaias que havia no local foram mantidas. Os terrenos foram vendidos a um grupo seleto de pessoas. Tão seleto que, em março de 1962, a revista Fatos & Fotos redefinia a península como “uma república particular de 220 famílias”.

Ao lado do clube, Chuck imaginou um condomínio vertical para ser ocupado pelos Campello e seus amigos mais íntimos. Alguns sócios, mordidos de inveja daqueles que ocupavam os privilegiados apartamentos, apelidaram o conjunto habitacional de “favelinha”.

“Foi uma coisa de cearense louco”, costumava dizer carinhosamente Alice Campello, já falecida, sobre o empreendimento do marido, Luís Eduardo. A placa de inauguração, exibida em bronze na entrada, traz 21 nomes de expressão, entre eles W. Schueltz Wenk, presidente da Volkswagen, o genial dramaturgo Alfredo Mesquita, que hoje dá nome à Escola de Arte Dramática da USP, Gastão Eduardo Bueno Vidigal, Ermelindo Matarazzo, Mauro Monteiro, Pietro Rivetti, Rubens Alves de Lima, Francis Souza Dantas Forbes e Alfredo Giorgi. É claro que, além de negócios, o clube gerou encontros e desencontros. Casamentos começaram e terminaram em suas famosas festas e nas tardes quentes e sensuais ao lado de sua piscina.

Dom Domenico Rangoni, o padre de Guarujá, figura super conhecida construiu um excelente hospital, uma creche e uma faculdade na cidade com a ajuda financeira dos sócios do Samambaia. Podia-se ver muitos iates maravilhosos e lanchas parados em frente ao clube nos fins de semana. Oficialmente, a temporada de verão no Guarujá só começava com o baile de gala do Samambaia.

O clube Samambaia fechou suas portas em 2008.

Praia de Pernambuco e Mar Casado – 1.500 m

A Praia de Pernambuco foi muita famosa nos idos de 60, 70. O Hotel Jequiti-mar era um must. Super bem freqüentado e tendo ao lado a casa de Jorge Prado e Veridiana “Vejomar”, maravilhosa e que junto com o Jequiti faziam festas maravilhosas e inesquecíveis para quem teve a sorte de freqüentar. À esquerda da sede do hotel, no morro, tem um condomínio de casas muito simpático, feito pelo arquiteto Marcos Tomanik. Todas as casa tem uma vista deslumbrante da praia. Ao lado da praia de Pernambuco, está a Praia do Mar Casado: é ideal para quem prefere as ondas mais calmas, ótima para andar de jet-ski e praticar outros esportes aquáticos.


Praia de Pernambuco

Silvio Santos comprou o Jequiti há anos e finalmente construiu o Sofitel Jequitimar, já em funcionamento desde dezembro de 2006. O hotel recuperou a bela praia de Pernambuco com sua presença e posso dizer o mesmo sobre o condomínio de casas Sofitel Jequiti-mar, vizinho ao hotel. Fez o maior sucesso e todas as casas foram vendidas no ato por prêços astronômicos. 

Os privilegiados tem somente uma pequena rua de pedestres entre eles e a Praia do mar Casado. Realmente é um lugar muito seleto e quase único.

O antigo Hotel Jequitimar, inaugurado em 1962, tinha um cassino no seu interior, e por muitos anos foi, um dos mais sofisticados hotéis do litoral paulista. Seu auge foi na década de 70 e era frequentado por celebridades como o ator Kirk Douglas, a princesa Ira von Fürstemberg, além de artistas como Di Cavalcanti e Manabú Mabe, Emerson Fittipaldi e Pelé, entre outros.

Restaurantes do Sofitel: o principal deles, que é ótimo é o Les Épices, ou então à esquerda, assim que se entra no hotel, várias escolhas que vão desde um restaurante (Mar Casado) com peixes deliciosos, o Kid’s para as crianças, o Lobby Bar L’ Eau Vive com piano bar, o Brisa Restaurante com cozinha clássica internacional, um bar na piscina (Pool Bar) e por fim um café do séc. 21 (Cyber Café), onde além do tradicional café oferece bebidas em geral e computadores com internet e ligados em Lan (Lan House).


Hotel Sofitel Jequiti Mar

Ilha dos Arvoredos

A Ilha dos Arvoredos localiza-se em frente à Praia de Pernambuco, a uma distância de 1,6 quilômetros da costa. Sua área total é de 36 mil metros quadrados. Concedida pelo Serviço de Patrimônio da União em 1950 ao engenheiro mecânico Fernando Eduardo Lee, por meio de um contrato de uso cedido pelo Serviço de Patrimônio da União, a Ilha tornou-se um centro de pesquisas ecológicas e científicas.

Chamada carinhosamente por ele de Ilha Encantada, a Ilha dos Arvoredos recebeu várias obras de engenharia. Uma delas, um enorme pássaro “Phoenix” (símbolo da eternidade), com 90 toneladas de concreto, serve de travamento do guindaste com cesto que iça os visitantes e materiais. Este é o único acesso à Ilha. Visitei a ilha nos anos 70 a convite de Fernando Lee e foi uma experiência inesquecível. Dá um pouco de medo de se ver içada por aquele bico gigante dentro de um cesto meio balançando no ar. 

O canhão que saúda os visitantes é impressionante, exemplar que o próprio Fernando Lee construiu em 1932 para as forças paulistas na Revolução Constitucionalista. Cerca de 600 metros de passarelas levam os visitantes aos diversos recantos, como a Praça da Alegria e o Banco da Filosofia. A fauna e a flora da Ilha encantam por sua diversidade. A Ilha possui pequenos lagos, viveiros para pássaros, tanques para a criação de peixes e jardins.
A Ilha dos Arvoredos é auto-suficiência em água potável, energia solar e eólica. Para aquecer a água, foram instalados os solaróides, os primeiros aquecedores por meio de energia solar do País. Os ventos também são fonte de energia. Uma torre similar a um farol marítimo suporta a hélice do captador de vento, que gera a energia que abastece a Ilha.

Uma das principais pesquisas realizadas na Ilha dos Arvoredos foi com a plantação de Neumarica carúlea, vegetação que se reproduz mergulhando uma de suas longas folhas na terra, para formar um umbigo e dar vida a outra planta, sendo ela usada para conter encostas e prevenir a erosão do solo. Com esta experiência, Dr. Fernando Lee obteve o prêmio “Hugh Hammond Bennet International" outorgado em 1982 pela Sociedade de Conservação do Solo dos Estados Unidos, um dos inúmeros prêmios e condecorações recebidos pelo engenheiro paulista descendente de americanos.

Para manter, administrar e preservar a Ilha dos Arvoredos, foi criada em 1984 a Fundação Fernando Eduardo Lee. Dez anos depois, Fernando Lee, o idealizador da Ilha Encantada, veio a falecer aos 91 anos. Atualmente, a família Bonini, da Universidade de Ribeirão Preto — Campus Guarujá, está à frente da direção da Fundação.

Fernando Lee foi um homem de visão, com várias realizações e precursor de inúmeras tecnologias hoje em uso. Nasceu em São Paulo, no bairro da Bela Vista, em 1909. Seu avô era norte americano, estudou na Escola Americana de São Paulo e na Horace Mann School, em Nova Iorque. Frequentou a Lafayette University, em Easton, na Pennsylvania, Estados Unidos. Foi na Revolução de 1932 que Fernando Lee deu asas à sua inventividade, construindo canhões bombardas calibre 65 mm.
Seu lado exploratório e científico tem início em 1926, quando participou da expedição do Museu Nacional de Denver, no Colorado, Estados Unidos, permanecendo cinco meses na fronteira do Brasil com a Bolívia.

Fernando Lee foi pioneiro no plantio de tunge (uma semente usada na indústria de tintas e vernizes como secante) no Brasil. Fernando Lee, entendendo a necessidade de dar continuidade as suas pesquisas, aos 80 anos criou a Fundação Fernando Lee, seu laboratório natural, a Ilha dos Arvoredos.

O acesso à Ilha é feito pelo mar, mas a visita é controlada pela Fundação Fernando Lee.


Ilha dos Arvoredos

Jardim Acapulco

O paisagista Victor Del Mazo aproveitando ao máximo a beleza natural da região desenvolveu um projeto muito bonito. No início eram apenas alguns lotes, e hoje, a área total é de quase 4 milhões de metros quadrados, distribuídos em três glebas com cerca de 80% do loteamento já ocupados por lindas casas, são mais de 2 mil residências de alto padrão e mais de 100 construções em andamento.

Hoje o Jardim Acapulco ganha status de bairro de luxo. Localizado a poucas quadras da Praia do Pernambuco, o loteamento é muito conhecido por suas mansões e sofisticação. Segurança acima de tudo, o loteamento possui desde a sua portaria até os arredores, vigilantes treinados para preservar a paz 24 horas por dia.

Praia do Perequê

É uma praia de pescadores; é muito bonito passar por lá e ver a quantidade de barcos de pesca no mar, chegando ou já ancorados no final do dia. É o melhor lugar da cidade para comprar peixes e frutos do mar. Muitos restaurantes estão instalados aí e acho uma boa opção parar para comer um aperitivo (casquinha de siri, lula frita ou sardinha e tomar um ótimo suco.





Praia do Perequê

Praia de São Pedro e de Iporanga
Eu costumava ir para São Pedro no final dos anos 60, quando a Brascan ainda não tinha comprado a praia do João Paulo Arruda, mais conhecido por Zumbi, nosso querido amigo. A praia era deserta, só tinha uma casinha de caiçara. Costumávamos passar o dia lá e esquiar no canal. O pai do Zumbi represou o leito da área onde desaguava uma cachoeira e construiu uma piscina natural. Os banhos de piscina e de cachoeira eram e ainda são – para poucos – maravilhosos! Foram férias inesquecíveis!





Cachoeira Iporanga

Hoje o condomínio Iporanga, na minha opinião, é um dos melhores de São Paulo: é perto, de Guarujá 25kms. E de São Paulo 100kms. Além da praia ser frequentada somente por moradores, o que é quase uma raridade nos dias de hoje, tem casas maravilhosas. O condomínio foi projetado de acordo com as mais modernas normas de preservação ecológica. Tem uma sede ao lado da cachoeira muito simpática, onde se pode tomar aperitivos e fazer festas para adolescentes.


Praia São Pedro

Bons programas para se fazer no Guarujá:

Assistir ao pôr-do-sol, tomando água de coco, no canto do Morro do Maluf, com sua bela vista da Praia das Pitangueiras.

Paquerar surfistas parafinados ou gatas saradas na Praia do Tombo.

As especialidades dos três melhores restaurantes da ilha: a mariscada do Joca, o camarão do Dalmo Bárbaro e os peixes do Rufino's.

Percorrer a orla da cidade, num passeio de barco ao redor da ilha.

Contar com amigos que tenham casa em praias exclusivas, como Iporanga, para que liberem a entrada na portaria.

O chope bem tirado do Rudy's, na agitada Rua Rio de Janeiro.


Para finalizar uma poesia de Fernando Pessoa:

"Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!"


Boa viagem!


Hotéis e Restaurantes:

Hotel Sofitel Jequitimar Guarujá
Av Marjorie da Silva Prado 1100
Praia de Pernambuco
11444-000 Guarujá, SP
Tel.: (13) 2104-2000

Casa Grande Hotel Resort SPA
Av. Miguel Stéfano, 1001
Praia da Enseada
Guarujá, SP
Tel.: (13) 3389-4000 / 0800 116 562

Restaurante Rufinos
Av. Miguel Stefano, 4795
Enseada
Tel.: (13) 3351-5771

Restaurante Dalmo Bárbaro
Estrada Guarujá-Bertioga – Fazenda Perequê
Tel.: (13) 3305-1016
Av. Miguel Stefano, 4751
Tel.: (13) 3351-9298

Restaurante Joca
Estrada Guarujá-Bertioga km 12, Perequê
Tel.: (13) 3305-1186



Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders


sexta-feira, 19 de março de 2010

Portugal IV


Quem cruzou todos os mares pode pensar que viajou e conheceu, mas no fim e em conclusão cruzou somente a monotonia de si mesmo.

...um viajante de si mesmo porque se a libertação não está em mim, não está, para mim, em parte alguma.
Bernardo Soares (pseudônimo de Fernando Pessoa)

Sobre minha crônica da semana passada, “Saindo de Lisboa”, é preciso lembrar – pelo menos a nós brasileiros, acostumados com a dimensão quase continental de nosso País (cerca de 8.514.876 km²), que os lugares citados naquele texto, criam um roteiro de viagem de no máximo 100 kms; pouco mais, pouco menos, com alguns desvios subjetivos de cada viajante. É importante afirmar isso, para que se tenha a real dimensão de quanta história a ser visitada em Portugal (92.090 km2), que pode ser percorrida facilmente em um curto espaço de tempo, uma vez que as distâncias por lá não são como as daqui. Tudo é muito perto.
Dito isto, vamos viajar dessa vez para alguns lugares interessantes ao norte de Portugal, antes de terminarmos a viagem de volta a Lisboa.

Existem vôos da TAP que vão direto de São Paulo para o Porto; é uma boa pedida ir direto para lá, visitar as cidades ao norte e depois ir para Lisboa de trem, uma viagem super gostosa.


Porto

O mais importante da cidade do Porto são as visitas as Caves em Vila Nova de Gaia. Percorre-se os armazéns onde o vinho do Porto é elaborado e amadurecido e pode-se provar as diferentes variedades. Entre as caves mais importantes e conhecidas estão a Quinta do Seixo, a Ramos Pinto, a Croft, a Panascal, a Vallado e a Sandeman.

Após a fundação do reino de Portugal, as duas povoações de Gaia e de Vila Nova mantiveram-se autônomas. Gaia recebeu carta de foral passada pelo rei D. Afonso III em 1255 seguindo-se Vila Nova, por D. Dinis, em 1288. Em 1383, no entanto, ambas foram integradas no julgado do Porto, perdendo a sua autonomia.

Nova de Gaia


Gaia, reconhecida sobretudo pela pujança agrícola, teve um papel fundamental no desenvolvimento comercial do Vinho do Porto, ali tendo se fixado no século XVIII a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, e os armazéns das diversas companhias exportadoras.

A Cave Calem é muito interessante, além de provar o vinho que faz parte da visita, não se esqueça de comprar um bom vinho do Porto.

Passear a pé pelas pontes Luiz I (feita pelo engenheiro Eugênio Eiffel) e a ponte Maria Pia, é um prazer para os sentidos. A cidade do Porto é muito bonita, e tem um comércio muito bom.

Ponte Luiz I

Alguns hotéis recomendados:

Hotel Infante Sagres, muito bonito, decoração antiga.

O Palácio do Freixo e a antiga fábrica de Moagens Harmonia abriram recentemente como pousada de Portugal, projeto de David Sinclair. O palácio foi construído em meados do Séc. XVIII é um dos mais notáveis monumentos do barroco civil português, da autoria do Arquiteto Nasoni.

A Pousada preserva toda a fachada dos seus edifícios, classificados como Monumento Nacional desde 1910 sendo constituída por dois edifícios distintos que se encontram ligados: o do Palácio, onde se situa o restaurante, bar, salas de estar e salas de reuniões e o da antiga Fábrica de Moagens Harmonia, onde se encontram os quartos, alguns dos quais, com uma magnífica vista sobre o rio. Faz parte das Pousadas de Portugal que já são. Essa pousada dá continuidade ao projeto de expansão das Pousadas de Portugal.

Hotel Boa Vista. Vista linda da Foz do Rio Douro com o Oceano Atlântico.


Restaurantes:

Don Manuel, bom.
Mauritânia – em Matosinhos, comida boa mas lugar bem simples.
Portucale no Hotel Mirador, bom.


Fundação de Serralves

Em meio a um parque muito bonito. Originariamente concebida como residência particular, a Casa e o Parque, inspirado pelos modernistas, foram mandados construir pelo segundo Conde de Vizela, Carlos Alberto Cabral. A Casa de Serralves é um exemplar significativo do estilo art déco e foi edificada nas imediações do Porto, entre os anos de 1925 e 1944. Com o projeto de adaptação da casa em futuro museu nas mãos do arquiteto português Álvaro Siza, (o mesmo que fez o Museu Iberê Camargo em Porto Alegre e o Pavilhão de Portugal no Parque das Nações em Lisboa) surgiu em 1989 o Museu Nacional de Arte Contemporânea, da Fundação de Serralves. Ganhou o título de “Imóvel de Interesse Público” em 1996. A Fundação de Serralves, uma das principais instituições culturais portuguesas e a mais relevante do Norte de Portugal, abriga além do moderno Museu uma Casa, um Parque, um Auditório e uma Biblioteca.

Fundação Serralves


Uma boa maneira de se conhecer uma cidade, não estou falando só do Porto mas de qualquer cidade que estivermos visitando, é fazer uma tour: geralmente tem-se uma boa idéia do todo da cidade e dos locais e monumentos mais importantes. É super fácil contatar, todo hotel oferece, é só perguntar para o concierge. Fiz isso no Porto e achei que valeu a pena!

Lugares que recomendo visitar: Igreja dos Clérigos, Igreja Nossa Senhora do Carmo, a Serra do Pilar, de onde se tem uma vista impressionante da cidade do Porto e da ponte Don Luiz I, a Bolsa de Valores do Porto, Igreja S. Francisco, Igreja Nossa Senhora Conceição, muito bonita, a Estação Ferroviária de Porto São Bento: especial atenção aos vinte mil azulejos historiados do pintor Jorge Colaço, contando toda a história de Portugal e para finalizar vá a espetacular Livraria Lello, desfrute e compre um livro de Fernando Pessoa!


Vianna do Castelo

Do Porto a Viana do Castelo são 73 kms. A cidade é bárbara, pequena, na beira do mar, charmosa, ruas pequenas com lojas simpáticas. Bom sanduiche no café Paris. A Igreja de Santa Luzia no alto do morro, tem uma vista maravilhosa sobre o Rio Lima e o Oceano Atlântico. De Viana do Castelo até a cidade de Braga são 62 kms. É uma cidade grande, mas não tão bonita. Vale a pena visitar a Catedral, é linda.

Vianna do Castelo


De Braga passa-se pela simpática cidade de Barcelos, apenas 24 kms, de onde vem a lenda do Galo (um camponês, devoto de Santiago de Compostela, acusado de um crime, jurou inocência e conseguiu escapar da forca dizendo que se ele fosse condenado, um galo já assado, cantaria no momento da execução. Foi o que aconteceu e ele conseguiu se salvar). Toma-se um ótimo café expresso e segue-se para Guimarães, mais 34 kms.


Guimarães

Guimarães, ao Norte de Portugal, é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo seu centro histórico considerado Patrimônio Cultural da Humanidade. Berço da nação portuguesa, Guimarães teve um papel crucial na formação de Portugal, devido ao fato de ter sido ali estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e por ser a cidade onde teria nascido seu filho D. Afonso Henriques.

O Paço dos Duques de Bragança foi construído no século XV por D. Afonso, 1.º duque de Bragança. O estilo borgonhês deste palácio reflete o gosto do rei, adquirido nas viagens pela Europa. O Castelo de Guimarães, com uma posição privilegiada no alto do vizinho Campo de São Mamede, foi testemunha da luta entre as forças de D. Afonso Henriques e as de D. Teresa (24 de Junho de 1128) de Espanha. Com a vitória das armas lusitanas, e o início da nacionalidade portuguesa, este castelo passou a ser conhecido como berço da nação. Foi classificado como Monumento Nacional e, em 2007, eleito informalmente como uma das Sete Maravilhas de Portugal.

Vale uma visita ao Museu de Alberto Sampaio e ao Centro Cultural Vila Flor, com dois auditórios, um centro de exposições, e um café concerto: sempre tem exposições interessantes acontecendo. Guimarães prepara-se para ser Capital Européia da Cultura em 2012, juntamente com Maribor, cidade da Eslovênia.

Castelo dos Guimarães


Um outro passeio a fazer é sair de Lisboa e ir até Coimbra, passando por Bussaco. Gasta-se três dias e vale a pena.


Bussaco

Antigo Pavilhão de caça de D.Carlos I, enorme e lindo, cercado por uma floresta que tem 32 hectares. Hoje é um hotel, tem uma decoração meio pesada com armaduras de cavaleiros medievais que até assustam os hóspedes à noite quando passam pelo hall para ir jantar. Vale a pena dar uma volta pelos jardins! De Bussaco até Coimbra são mais ou menos 25 Km.

Palácio de Bussaco


Coimbra

Não deixe de visitar a Biblioteca da Universidade, que é belíssima: as escadas de acesso aos livros, embutidas no batente é uma idéia muito boa, porque deixa o local ainda mais bonito, sem as escadas à vista. As colunas são de ouro folheado, tendo vindo o “nobre metal”, do Brasil Colônia. A vista sobre o rio Mondego, a partir do patamar do pátio da universidade, é linda.

Biblioteca de Coimbra


De lá pode-se ir a "Portugal dos Pequeninos" que são casinhas miniaturas das diversas regiões de Portugal. Não se esqueça de tirar fotos engraçadas na "Cidade dos Pequeninos", como também a chamam.

Passa-se pelas ruínas romanas de Conimbriga, local arqueológico muito interessante. Há estudos sobre o fato de que a região foi habitada desde o século lX AC. No século I, os romanos fizeram de Conimbriga uma cidade próspera, mas com as invasões bárbaras, foi totalmente saqueada, sobrando só estas ruínas. Desde 1910, Conimbriga foi consagrada como Monumento Nacional e protegida por lei. É um passeio rápido e interessante.

Ruínas de Conimbriga


No caminho passa-se por plantações de oliveiras de 300 anos: quanto mais velha melhor disse-nos o guia; pena que não seja assim com as pessoas!! Aconselho a almoçar em Tomar, na "Estalagem de Sta. Iria", ao pé do rio Nabão: há uma festa popular dos tabuleiros a cada 2 anos: ganha o tabuleiro mais bonito que deve ter a altura da pessoa e é feito de pães, doces e flores; muito original. Come-se lá um ótimo bacalhau à Braz.

Chegando quase ao fim de nosso passeio por Portugal da história, da arte e da música, das guerras e dos deliciosos pratos, voltemos a Lisboa. Um viajante de fato, antes de deixar Portugal, tem que conhecer mais alguns pontos importantes. Vamos lá:


Torre de Belém

Classificada como Patrimônio Mundial pela UNESCO, em 2007, foi eleita como uma das Sete maravilhas de Portugal.

O monumento fortaleza se destaca pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte. Essas características remetem principalmente à arquitetura típica de uma época, em que o país era uma potência global (início da Idade Moderna). Foi construída em homenagem ao santo patrono de Lisboa, S. Vicente, no local onde se encontrava ancorada a Grande Nau, que cruzava fogo com a fortaleza de S. Sebastião.

Torre de Belém


Museu do Oriente

Um museu bastante singular. O edifício Pedro Álvares Cabral, construção portuária do início dos anos quarenta –– destinada durante a maior parte de sua longa existência, à armazenagem de bacalhau (cujo persistente odor chegou a provocar alguma preocupação na fase inicial da obra), foi transformada através de um excelente projeto, em museu para abrigar uma coleção privada de arte, focada no Oriente.

O objetivo é proporcionar aos portugueses e aos visitantes uma memória viva e atuante das culturas asiáticas e da relação secular estabelecida entre o Oriente e o Ocidente, principalmente através de Portugal.

Museu do Oriente

Parque Monsanto

Ocupa vinte por cento da área de Lisboa e é o pulmão da cidade. Formado por pinheiros marítimos nativos (“pinnus pinaster”), o Parque Florestal de Monsanto desempenha um papel essencial para os animais, servindo de refúgio a espécies com dificuldade em sobreviver à presença humana, e de abrigo e alimentação a espécies migratórias ao longo do seu trajeto.


Restelo

O bairro mais elegante de Lisboa, ocupado por condomínios e mansões, e por isso tida como região “nobre” ou de “luxo”. Vale a pena dar uma volta e desfrutar da beleza e da paz que tem esse bairro.


Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva

Instalado na antiga Fábrica Real dos Tecidos de Seda (século XVIII), a Fundação foi inaugurada em Novembro de 1994 com o objetivo de estudar e divulgar a obra dos pintores Arpad Szenes e Vieira da Silva. Além da seleção permanente, que cobre um vasto período da produção dos dois pintores (Arpad Szenes de 1911 a 1985 e Maria Helena Vieira da Silva de 1926 a 1986), são apresentadas regularmente exposições de artistas que com eles partilharam afinidades artísticas ou que com eles conviveram.


Fundação Ricardo Espírito Santo Silva

O complexo da Fundação Espírito Santo compreende, além dos departamentos administrativos, a Escola Superior de Artes Decorativas, o Instituto de Artes e Ofícios e o Museu de Artes Decorativas Portuguesas (ao pé do Castelo de São Jorge e do Mirador das Portas do Sol). Este Museu, fundado por Ricardo do Espírito Santo Silva, pretende sensibilizar e desenvolver culturalmente o gosto do público. Instalado no Palácio Azurara, reúne o núcleo mais importante de mobiliário português, francês e inglês dos séculos XVII, XVIII e XIX a nível nacional; ourivesaria do século XVIII; tapeçarias de Arraiolos; faianças e porcelanas, entre outras. Integra, igualmente, trabalhos de recuperação e restauro feito pelos técnicos formados na própria Fundação Ricardo Espírito Santo e Silva.

Fundação Ricardo Espírito Santo 


Para terminarmos nossa viagem por Lisboa, preciso dizer que a paisagem urbana de Lisboa mudou muito nessas últimas três décadas: tem hoje um ar cosmopolita com certeza, sem abrir mão do passado histórico, das ruas e bairros antigos. Um exemplo concreto da transformação urbana da antiga Lisboa e da Lisboa cosmopolita dos dias de hoje, é o viaduto colorido de Eduardo Nery, sobre a Av. 24 de Julho, ligando duas importantes avenidas de Lisboa, sem esquecer obviamente do Parque das Nações que é o mais novo bairro de Lisboa, moderníssimo.

Se quiserem um excelente motorista, indico Pedro Mendes, simpático, educado, muito culto, sabe toda a história de Portugal e tem uma Mercedes ótima.


Atendendo a pedidos de leitores


Lisboa é a primeira cidade européia a acolher Nuestros Silencios, uma exposição de arte pública do escultor mexicano Rivelino que vai entrar em itinerância pela Europa, até 2011, passando por Madrid, Bordeaux, Bruxelas, Roma, Berlim e Londres. Em Lisboa, a exposição está na Praça Marquês de Pombal até 10 de Janeiro de 2010.

Trata-se de uma obra monumental que integra dez esculturas em bronze de 3.5 metros de altura, e que representa “tudo o que os seres humanos preferem não dizer”, segundo o seu autor.

Nuestros Silencios


Boa viagem!


Serviço:


Fundação Serralves
Rua Dom João de Castro,210
4150-417 Porto, Portugal


Paço dos Duques de Bragança
Rua Conde D. Henrique
4810-245 Guimarães, Portugal


Castelo dos Guimarães
Largo Cônego José Maria Gomes
4800-419 Guimarães, Portugal


Palace Hotel do Bussaco
Mata do Bussaco - 3050-261 Luso
Portugal
Tel. (+351) 23 1937970
bussaco@almeidahotels.com


Universidade de Coimbra
Paço das Escolas
3004-531 Coimbra, Portugal


Museu Oriente
Av. Brasília, Doca de Alcântara Norte (entrada em frente Av. 24 Julho)
Tel. (+351) 21 358.5244
info@museudooriente.pt


Parque Florestal de Monsanto
Mata de Monsanto,
Lisboa, Portugal
Tel. 21 817.0200
Tel. 21 874.3224/5/6
www.cm-lisboa.pt/pmonsanto


Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva
Praça das Amoreiras, 56 – 58
1250-020 Lisboa, Portugal
Tel. (+351) 21 3880044


Museu Ricardo Espírito Santo Silva
Largo das Portas do Sol 2
1100-411 Lisboa, Portugal
Tel. (+351) 21 881.4600


Hotel Infante Sagres
Praça Dona Filipa Delencastre, 62
4050-259-Porto, Portugal
Tel(351) 223.398 500


Pousada do Porto, Palácio do Freixo
Tel: (351) 225.311.000


Restaurante Don Manuel
Rua Major Pala, 201
4430 Vila Nova de Gaia – Porto. Portugal
Tel : (351) 223.719284


Restaurante Mauritânia
Rua Brito e Cunha, 119


Restaurante Portucale
Rua da Alegria, 598


Motorista Pedro Mendes
Cel. (+351) 96 414.9405
E-mail: a.p.mendes@sapo.pt




Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

segunda-feira, 15 de março de 2010

Artigo Lisboa II


Neste artigo vou contar um pouco da história de Portugal, porque acho importante para entendermos a nossa história. E depois falarei dos museus e das Fundações mais importantes de Lisboa.

Na minha viagem à Lisboa em maio de 2006, tive a oportunidade de ver no Museu dos Coches Reais uma exposição: “D. Amélia, uma rainha”, que me deixou encantada. A Exposição contava a história dos últimos reis de Portugal, D. Amélia e D. Carlos.

Museu dos Coches


Com a morte de seu sogro, o rei D. Luiz, D. Amélia, tornou-se rainha de Portugal com apenas vinte e quatro anos. Era filha primogênita de Luís Filipe, conde de Paris, neto do último rei da França, Luís Filipe I, pretendente ao trono francês e de Maria Isabel de Orléans-Montpensier.

O reinado de seu marido, Carlos I, enfrentava graves crises políticas. No dia 1° de Fevereiro de 1908, quando o rei D. Carlos I, seu filho Luiz Filipe e D. Amélia voltavam para o Palácio no Porto em coche aberto, no Terreiro do Paço, o rei e seu filho foram assassinados, por dois homens, diante dela. D. Amélia retirou-se então para o Palácio da Pena, em Sintra, mas apoiou seu filho, o rei D. Manuel II. Estava no Palácio da Pena, quando eclodiu a revolução de Outubro de 1910. Após a proclamação da República Portuguesa, em 5 de Outubro de 1910, D. Amélia se exilou em Londres. Depois do casamento de D. Manuel II, com Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, a rainha passou a residir em Château de Bellevue, perto de Versalhes, na França. Em 1932, morre seu filho D. Manuel II. Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo Salazar ofereceu-lhe asilo político em Portugal, mas D. Amélia preferiu permanecer na França ocupada, com imunidade diplomática portuguesa.
D. Amélia


No dia 25 de outubro de 1951, a rainha D. Amélia faleceu em sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. O corpo da rainha foi então transladado pela fragata Bartolomeu Dias para junto do marido e dos filhos, no panteão real dos Bragança, na Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa.

A primeira República Portuguesa foi de 1910 à 1926 e durou 16 anos; em seguida veio a ditadura de Salazar de 1926 à 1974; foi o mais longo regime ditatorial na Europa Ocidental durante o século XX, estendendo-se por 48 anos. Em 25 de Abril de 1974 termina, derrotada pelo Movimento das Forças Armadas e pelo povo, a longa ditadura fascista.

Conta-se que esse movimento ficou conhecido como Revolução dos Cravos pelo seguinte: as mulheres começaram a entregar cravos aos soldados, que por sua vez tomaram a iniciativa de colocá-los nas pontas dos fuzis: em vez de balas, cravos! Não aguentavam mais a guerra ultra-marina com as colônias africanas.

Uma curiosidade de Salazar - Dizem que Salazar gostava de passar as férias no Forte Julião, caminho de Lisboa para Cascais (onde o Tejo encontra o Atlântico) e tinha o hábito de sentar-se numa cadeira para ler o jornal e apreciar a vista. Um dia caiu no chão porque a cadeira quebrou. Desse dia em diante, teve sérios problemas de saúde devido a queda até vir a morrer. Daí o fato de que quando perguntado aos portugueses, como morreu Salazar, a resposta provocar risos: porque caiu da cadeira!

De 1974 para cá Portugal voltou a ser uma república democrática. 


Museu dos Azulejos

O museu, um dos mais importantes entre os museus nacionais, tem como objetivo fazer com que a história do Azulejo em Portugal seja conhecida e divulgada, procurando chamar a atenção da sociedade para a necessidade e importância da proteção, daquela que é a expressão artística diferenciadora da cultura portuguesa no mundo: o Azulejo. Encontra-se instalado no antigo Mosteiro da Madre de Deus, fundado em 1509 pela rainha D. Leonor (1458-1525).

Museu dos Azulejos

Uma curiosidade - História dos Azulejos

Conta-se que na época em que os navios portugueses vinham buscar ouro no Brasil, para não virem vazios, os portugueses enchiam os navios de azulejos para fazerem peso e por questão de equilíbrio. Quando chegavam em Salvador ou S. Luiz do Maranhão, descarregavam todos os azulejos no porto e os carregavam com ouro ou outras mercadorias, para voltarem a Portugal. Os brasileiros, como não tinham o que fazer com esses azulejos, resolveram revestir as fachadas das casas com eles. Os portugueses, vendo essas casas todas revestidas com azulejos, acharam muito bonito e decorativo e começaram a fazer o mesmo em Portugal. Então, segundo essa versão, a moda de ter azulejos nas fachadas das casas começou no Brasil e não em Portugal.


Palácio da Ajuda

Antigo Palácio Real, é hoje um museu muito bonito. Costuma haver exposições periódicas. Em 2006, a exposição Artistas Viajantes no século XIX - Coleção Brasiliana, foi belíssima e atraiu muitos visitantes. Encontra-se no local onde a família real portuguesa construiu a "Real Barraca" após o terremoto de 1755, assim designada por ser de madeira, o Palácio da Ajuda iniciou-se em 1795 segundo um projeto de Manuel Caetano de Sousa. Encerrado após a implantação da República, foi parcialmente transformado em Museu em 1968, servindo ainda como sede do Ministério da Cultura e da Biblioteca Nacional da Ajuda.
Palácio da Ajuda


Castelo de São Jorge - conhecido simplesmente como Castelo dos Mouros, sobre a mais alta colina do centro histórico da cidade. Classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910, foi restaurado na década de 1940 e no final da década de 1990, reabilitaram o monumento, recuperando-lhe a arquitetura medieval. Atualmente constitui-se num dos locais mais visitados pelos turistas na cidade de Lisboa. Não se esqueça de ir ao restaurante Casa do Leão, que é dentro do Castelo de S. Jorge; além de ótima comida aproveite a vista maravilhosa da cidade e do rio Tejo!

Castelo de São Jorge


Mosteiro dos Jerônimos – Desde o início do século XVI, esse monumento é considerado pela UNESCO como patrimônio mundial, e em 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal. Situa-se em Belém, à entrada do Rio Tejo. 

Em Lisboa é um dos pontos altos da arquitetura da época (manuelina) para se visitar. Preste bastante atenção ao claustro, que na minha opinião é um dos mais lindos do mundo. Não deixe de observar o pátio interno, os mosaicos, os elementos decorativos com símbolos da arte da navegação e esculturas de plantas e animais exóticos, a Tumba de Vasco da Gama e a de Camões. Bem perto do Mosteiro está a mais antiga casa dos Pastéis de Belém, não se esqueça de quando sair de lá ir provar essa delícia portuguesa!

Mosteiro dos Jerônimos


Pastéis de Belém

Conta a lenda que havia um confeiteiro, dono de uma refinaria de açúcar - Domingos Rafael Alves -, que se tornou amigo de um pasteleiro que trabalhava no Mosteiro dos Jerónimos. Com a revolução de 1820, desapareceram muitas ordens religiosas, deixando monges e freiras desalojados e muitos trabalhadores desempregados.

Foi nessa altura que o confeiteiro contratou o pasteleiro - detentor da receita dos pastéis, o homem que impulsionou verdadeiramente a loja de Domingos Rafael e a única fábrica de Pastéis de Belém!
À medida que a produção foi aumentando, a necessidade de mais trabalhadores foi-se tornando uma séria preocupação. A possibilidade de haver uma fuga de informação era algo que não podia de maneira nenhuma acontecer, razão pela qual se optou por escolher o novo pasteleiro entre o pessoal da empresa - neste caso, tinham que trabalhar na empresa há pelos menos 25 anos e tinha que ser alguém em quem a empresa confiasse. Mesmo assim, tinham que fazer um voto e assinar um acordo em que se comprometiam a não revelar o segredo dos pastéis.Se quebrassem o acordo, veriam as suas propriedades expropriadas e até podiamir parar à prisão. Felizmente, nunca ninguém o quebrou e o segredo mantém-sedentro das paredes da fábrica.

Nos dias que correm, a fábrica produz cerca de 14 mil pastéis por dia. Há muitos outros lugares que fazem os pastéis, mas os verdadeiros e mais saborosos são esses.

Pastéis de Belém

Museu da Presidência da República – Esse museu conta a História da primeira República, da Ditadura e da Democracia até os dias de hoje. Situado num bairro operário, do princípio deste século, construído por Francisco de Almeida Grandela, o Museu da República e Resistência dedica-se, ao estudo e à investigação da História Contemporânea Portuguesa, em permanente articulação com as Universidades e as Associações Culturais. É muito bem montado e didático! Vale a pena uma visita!

Museu da República


Centro Cultural de Belém.

A construção do Centro Cultural de Belém (CCB) foi decidida no início de 1988, com o objetivo de construir um equipamento que pudesse acolher, em 1992, a presidência portuguesa da União Europeia, permanecendo posteriormente como um forte pólo dinamizador de atividades culturais e de lazer.

Centro Cultural de Belém


O projeto é do arquiteto Vittorio Gregotti (italiano) e do arquiteto Manuel Salgado (português) que previa a construção de cinco módulos: Centro de Reuniões, Centro de Espetáculos, Centro de Exposições, Zona Hoteleira e Equipamento Complementar.

Museu de Arte Antiga - Situado na rua das Janelas Verdes, é conhecido popularmente por Museu das Janelas Verdes. É uma região de antigos palácios, igrejas e conventos, convertidos na atualidade nos mais diversos fins, e sua localização encontra-se sobre o rio e a zona portuária. O museu encontra-se instalado, desde o seu início, num palácio mandado construir no século XVII por D. Francisco de Távora (1646-1710), 1º conde de Alvor, não se conhecendo o arquiteto que o projetou. Admite-se, porém, que a construção se possa situar em torno de 1690, isto é, em data posterior ao seu regresso da Índia, em 1686, onde fora vice-rei.

Museu da Cidade – É um museu de História, criado com o objetivo de documentar e divulgar a história de Lisboa nas diferentes etapas da sua evolução urbanística, económica, política e social.
Apresenta atualmente um programa museológico que traça um percurso cronológico da evolução da cidade, desde a ocupação do território durante a pré-história até à Implantação da República em 1910.

Interessante ver a coleção de artefatos mais antigos da ocupação humana do local, datados de 300 000 a.C. a 100 000 a.C.; as primeiras representações da cidade de Lisboa; os projectos para a inovadora obra de construção do Aqueduto das Águas Livres; os da edificação da baixa pombalina, surgida na sequência do Terremoto de 1755; terminando com O Fado, da autoria de José Malhoa, obra incontornável da pintura do século XX. Está localizado no antigo palácio Pimenta do século XVIII. 
Vale ver também as pinturas maravilhosas, quartos, salas, mobiliários, tudo muito bonito.

Uma curiosidade - Existe uma única Sinagoga em Lisboa. No nº 59 da Av. Alexandre Herculano, próximo do Rato há uma entrada discretíssima. O terreno para edificar a Sinagoga de Lisboa "Shaaré Tikvá" (Portas da Esperança) teve de ser comprado em nome de pessoas particulares e a própria sinagoga, inaugurada em 1904, obrigatoriamente construída sem fachada para a rua, porque era proibido, ainda nessa época, a visibilidade de um templo que não fosse de religião católica.


Fundação Museu Berardo – C. C. B. (Centro Cultural de Belém)

Desde menino José Manuel Rodrigues Berardo juntava selos, caixas de fósforos ou postais de navios que atracavam em sua ilha, portanto um colecionador desde a infância. Nasceu na Ilha da Madeira em 4 de Julho de 1944 e aos 19 anos emigrou para a África do Sul com a família. Lá vendiam frutas no mercado e o avô vendia os restos dessas frutas para os trabalhadores das Minas de Ouro. Assim foi até comprar uma mina desativada, onde encontrou um filão de ouro, começando então sua fortuna. Berardo continuou comprando diferentes negócios até time de futebol, como faz hoje Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola, José Eduardo Santos. Além de empresário (na década de 1980 chegou a Presidente do então Bank of Lisbon), Berardo é hoje um importante colecionador de arte portuguesa e um dos homens mais ricos de Portugal, com uma fortuna estimada em cerca de 980 milhões de euros. Disse que nunca regressaria a Portugal, fato que não se confirmou. 

Em 1986 voltou a Portugal e se consolidou como colecionador de obras de arte. Críticos mundiais afirmavam na época que a coleção de Berardo, uma das melhores coleções privadas da Europa, era superior à do Guggenheim: mais de mil obras de arte. Depois de ter sua coleção guardada nas instalações do Centro Cultural Belém por mais de dez anos e, após ameaçar levá-la para o estrangeiro, conseguiu que a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima aprovasse a criação do Museu Berardo de Arte Moderna e Contemporânea, inaugurado em 25 de Junho de 2007 no CCB.


Fundação Calouste Gulbenkian

Conhecida no mundo todo pela tradição e incentivo à educação, ciência, beneficências e artes. Calouste Sarkis Gulbenkian nasceu em Scutari, Istambul, em 1869, filho de uma ilustre família armênia, cujas origens remontam ao século IV na Armênia. A família Gulbenkian sempre se dedicou ao mecenato das artes e a obras de beneficência.

Fundação Gulbenkian

Auditório Gulbenkian

Local de grandes concertos de musica clássica. Uma curiosidade: a numeração das fileiras é ao contrário dos outros lugares do mundo, pois a fileira mais distante do palco recebe o número 1. E a numeração vai crescendo quanto mais se aproxima do palco! A lógica dos portugueses para nós

brasileiros é muito engraçada! fazem a numeração de cabeça para baixo.


Uma curiosidade

Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo. O responsável é um português de sobrenome Amorim, com empresas em vários países da Europa, nos EUA e no Brasil. A holding é líder mundial na transformação e distribuição de produtos de cortiça (quase 60% da produção de rolha está em Portugal). A cortiça é obtida da casca de uma árvore especial da família do carvalho, chamada sobreiro. Além do cultivo de sobreiros em Portugal, localizado no Alentejo e no Ribatejo, esse tipo de árvore também é cultivada em algumas regiões do Mediterrâneo. Para a primeira extração da cortiça é preciso esperar o sobreiro ter de 20 a 25 anos de idade! Depois, a casca do sobreiro pode ser retirada em intervalos de 9 anos, através de processo manual sem causar nenhum dano a árvore. Por ser a cortiça um produto natural renovável, a sua utilização oferece benefícios enormes para o meio ambiente. A cortiça além de não se deteriorar é totalmente neutra, atóxica e resistente a altas temperaturas. Serve como material de isolamento (térmicos e acústicos), revestimento de solo, componentes para calçados e para a indústria automotiva.


E para completar, não deixe de ir ao Corte Inglês de Lisboa, filial da tradicional loja espanhola de departamentos. É excelente para compras, melhor que a de Madrid!


Finalizando com Fernando Pessoa:

"Partir!
Nunca voltarei,
Nunca voltarei porque nunca se volta.
O lugar a que se volta é sempre outro".


Boa viagem!!


Serviço:


Museu dos Coches Reais

Praça Afonso de Albuquerque
1300-044 Lisboa, Pt
Tel. (+351) 21 3632503


Museu Nacional do Azulejo

Rua da Madre de Deus 4
1900-312 Lisboa, Pt
Tel. (+351) 21 810.0340


Palácio da Ajuda

Largo da Ajuda
1349-021 Lisboa, Pt
Tel. (+351) 21 363.7095


Castelo de São Jorge

1100-129 Lisboa, Pt
Tel. (+351) 21 880.0620


Mosteiro dos Jerônimos

Praça do Império
1400-206 Lisboa, PT
Tel. (+351) 21 362.0034


Museu da República (Palácio de Belém)

Praça Afonso de Albuquerque
1349-022 Lisboa, Pt
Tel. (+351) 21 361.4660


Fundação Centro Cultural de Belém

Praça do Império
1449 - 003 Lisboa
Tel. (+351) 21 361.2400
ccb@ccb.pt


Museu Nacional de Arte Antiga

Rua das Janelas Verdes
1249-017 Lisboa, Pt
Tel. (+351) 21 391.2800


Museu da Cidade

Campo Grande 245
1700-291 Lisboa, Pt
Tel. (+351) 21 751.3200


Fundação De Arte Moderna e Contemporânea - Coleção Berardo

Praça do Império
1449-003 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 361.2878
museuberardo@museuberardo.pt


Fundação Calouste Gulbenkian

Av. de Berna, 45A
1067-001 Lisboa, Portugal
Tel. +351 21 782.3000
info@gulbenkian.pt


Restaurante Casa do Leão (no Castelo de São Jorge)

Castelo de São Jorge, Lisboa
Tel. (+351) 21 887.5962

El Corte Inglez
S.A. Avenida Antonio Augusto de Aguiar 31 (com Marques da Fronteira e Sidonio)
1069-413 Lisboa, Pt
Tel. (+351) 21 371.1700


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

sexta-feira, 12 de março de 2010

Saindo de Lisboa



Continuando a viajar por Portugal, hoje vamos dar uma volta por lugares bonitos e históricos fora de Lisboa.

Um lindo passeio a se fazer e que recomendo bastante é ir de Lisboa a Cascais de carro. São só 32 km, pode-se ir pela auto estrada (A5) e voltar pela estrada marginal (N6), que passa ao lado do mar e oferece uma paisagem muito bonita.

Outra opção é ir de trem. Pega-se o “comboio” na Estação Cais Sodré; é super tranquilo e em meia hora chega-se em Cascais.
Cascais é um pequeno porto de pesca de outros tempos e sofreu grandes mudanças nos últimos 100 anos, não só para se tornar um dos principais destinos turísticos de Portugal, como também para ganhar uma atmosfera internacional sem perder o seu charme. Vale a pena passear pelos caminhos que rodeiam a baia, que é muito bonito.

Passear sem destino no centro da cidade é igualmente agradável: tem muitos restaurantes bons, cafés e lojas para ver. Há muitos restaurantes com especialidade em peixes. Cascais, antiga vila de pescadores guarda uma forte ligação com o mar e as suas numerosas delícias. Os sorvetes Santini são famosos e deliciosos!


Restaurante Porto Santa Maria

É ótimo, muito chique, bem cheio, para almoço familiar no domingo.


Restaurante João Padeiro

Está em novo endereço, mas não tem o mesmo brilho de antes.


Hotel Albatroz

É muito bonito, tem um restaurante ótimo com uma super vista sobre a praia. Comida boa, especialidade em peixes.


Farol Design Hotel

Arquitetura moderna, chiquérrimo! Recomendo visitar, nem que for só para ver a decoração, especialmente o lounge sobre o mar.

Farol Design Hotel


Na praia do guincho está o Cabo da Roca, o cabo mais ocidental entre a Europa e a America. Pode-se visitar também a Praia do Guia e a do Farol e ver as casas maravilhosas em meio aos bosques.


Hotel Fortaleza do Guincho

É um hotel em cima da praia, entre duas pontas rochosas, repletos de dunas e vegetação. Restaurante super bom.

Hotel Fortaleza do Guincho


Museu Castro Guimarães

O Museu Condes de Castro Guimarães encontra-se instalado no edifício conhecido por "Torre de S. Sebastião", mandado construir por Jorge O’Neal em 1900. O edifício apresenta uma arquitetura revivalista, recuperando e conjugando estilos do passado, transportando o nosso imaginário para um universo fantástico, marcado pelo gosto romântico.

Em 1910, a casa foi adquirida pelo Conde Manuel de Castro Guimarães. Após a sua morte, em 1927, deixou em testamento de 1924, a doação de toda a sua propriedade, jardim, casa e respectivo recheio ao Município de Cascais para que fosse constituído Museu-Biblioteca Municipal. O Museu abriu ao público em 12 de Julho de 1931.

O acervo é constituído por importantes coleções de pintura, mobiliário, porcelana, ourivesaria e ainda pequenos núcleos de escultura, azulejos, têxteis, leques, vidros e "objetos de vitrine" nacionais e estrangeiros. Merece particular destaque a Crônica de El-Rei D. Afonso Henriques (1505) da autoria de Duarte Galvão, cuja iluminura do prólogo contém a mais antiga representação da cidade de Lisboa.

Museu Castro Guimarães

Museu Paula Rego

Museu Paula Rego – uma artista de 67 anos, uma das grandes pintoras contemporâneas portuguesas. É um espaço cosmopolita e descontraído, rodeado por um frondoso jardim, um auditório com cerca de duzentos lugares e uma loja-livraria com objetos inspirados na obra de Paula Rego. Bastante recente foi inaugurado há menos de 1 ano: 18 setembro de 2009.

Ao longo do caminho entre Lisboa e Cascais tem 14 fortes, sendo que os mais importantes são:


Forte São Julião da Barra

Considerado como a maior construção de defesa marítima existente em Portugal, o Forte de S. Julião da Barra começou a ser construído no século XVI, no reinado de D. João III. O Forte foi ampliado ao longo dos séculos, já que a sua posição estratégica era considerada de grande importância para a defesa da entrada no Tejo.


Farol do Bugio

O Farol, do século XVIII, localizado no Forte de São Lourenço do Bugio, na foz do Tejo, junto ao Oceano Atlântico, marca o encontro da água salgada e da água doce. O Forte era um posto de observação e defesa a fim de evitar pirataria e invasões espanholas e francesas.


Curiosidades

Em Pedrosas, praia ao lado de Cascais, a Família Real costumava tomar banhos de mar. Chamavam “Casas de Banho”. O Porto de Lisboa é no próprio rio Tejo e é o porto natural mais comprido e
largo da Europa.

Hoje de todas as colônias portuguesas só restaram Açores e Madeira.

Conta-se que a atriz Beatriz Costa, disse uma vez essa pérola: Deus fez o homem e o português a bengala.


Estoril

Muitas pessoas famosas foram morar em Estoril durante a 2ª Guerra Mundial.

Portugal ficou fora dessa guerra e tornou-se um lugar seguro para morar. O pai do atual rei espanhol, D Juan, e o último rei italiano, Vitório Emanuelle de Savóia, são alguns entre outros que se refugiaram em Cascais.

O Cassino de Estoril é famoso: um bom programa é ir jantar lá e assistir o show que estiver passando. O dono do Cassino é Stanley Ho, um chinês de Macau de 89 anos: ele comprou o Cassino nos anos 60 e também é dono do cassino Villa Moura no Algarve. Alem dos cassinos é dono de um império.


Oeiras

Oeiras (no caminho entre Lisboa e Cascais) é o vale do silício de Portugal. É o maior PIB do país e considerado o melhor lugar para se viver em Portugal hoje em dia.
A maioria das pessoas que ali vive são cultas, muito bem preparadas, e quase todas com MBA.


Fundação Elipse

(entre Cascais e Lisboa) João Rendeiro é o presidente do Banco Privado Português (BPP) e também da Fundação Elipse. A Fundação Elipse tem uma coleção de arte contemporânea situada num antigo armazém (perto de 20 mil metros quadrados), inaugurado em Maio de 2006 para esta nova função, com salas de exposição, local de acervo e serviços. A Fundação Elipse, fruto de uma colaboração entre João Oliveira Rendeiro e o Banco Privado Português, acolhe uma colecção dividida em três parcelas: artistas inovadores que trabalham desde os anos 1970, artistas cuja carreira se encontra já estabilizada e artistas emergentes do século XXI. Oliveira Rendeiro começou a coleccionar arte desde os anos 1980, a maioria artistas portugueses.


Sintra

Sintra é uma vila ao pé do Castelo dos Mouros. A cidade foi nomeada pela UNESCO em 1995 como Patrimônio Mundial da humanidade devido à grande quantidade de monumentos de interesse artístico e histórico. Sintra manteve-se até aos dias de hoje a nobre cidade rodeada por muitas herdades (origem da palavra herança) e encantadores bosques, com muitas nascentes de água de excelente qualidade, tal como foi descrita por muitos escritores. Região turística por excelência, é um dos locais charmosos de Portugal. Com montanhas verdes e despenhadeiros a Serra de Sintra oferece vistas estupendas da costa marítima, e é, de fato, "um jardim no paraíso terrestre". Além de turismo, Sintra se destaca pelo vinho de ótima qualidade, pelas pedreiras produtoras de mármore (que durante anos embelezaram várias regiões), e pelas famosas confeitarias.


Palácio Nacional da Pena

Situado no alto de um morro, com uma vista maravilhosa. Era o lugar favorito de Lord Byron. Em parte mobiliado, rico e bonito. É uma criação exuberante do rei da Baviera, Fernando de Saxe Coburgo-Gotha (1816-1885) que foi casado com D. Maria II. O rei adquiriu as ruínas do Mosteiro Jerônimo de Nossa Senhora da Pena e iniciou a adaptação para transformá-lo em palácio de verão. É o melhor exemplo do Romantismo português, conhecido por seu estilo decorativo eclético. Era o palácio favorito de D. Amélia, a última rainha de Portugal.

Palácio da Pena


Esses passeios todos são muito gostosos de fazer; as auto estradas são ótimas, as vistas lindas, é tudo muito perto, uma cidade atrás da outra. Dá para sair de Lisboa de manhã, conhecer vários lugares e voltar a noite para jantar em Lisboa.

Palácio Real de Sintra está localizado no centro de Sintra e sua construção se estendeu por diferentes períodos. É o único exemplar que restou dos palácios reais medievais em Portugal. Acredita-se que o Palácio Real de Sintra tenha sido uma mesquita do Palácio dos mouros muçulmanos Wallis, do século IX.


Palácio Nacional de Queluz

Foi construído pelo mesmo arquiteto de Versailles e do Palácio da Pena.Também conhecido como Palácio Nacional é do século XVIII e está localizado na cidade de Queluz, Sintra. Um dos últimos grandes edifícios em estilo rococó erguidos na Europa, o palácio foi construído como um recanto de verão para D. Pedro de Bragança, que viria a ser mais tarde marido e rei consorte de sua sobrinha, a rainha D. Maria I de Portugal. Serviu como um discreto lugar de encarceramento para a rainha Maria I, quando sua loucura piorou, após a morte de D. Pedro em 1786. Após o incêndio que atingiu o Palácio da Ajuda em 1794, o Palácio de Queluz tornou-se a residência oficial do príncipe regente português, o futuro D. João VI, e de sua família. Permaneceu assim até a fuga da família real para o Brasil em 1807, devido à invasão francesa em Portugal.
Restaurante Cozinha Velha – é famoso e está situado dentro do Palácio.

Recomendo muito almoçar lá, além de ter uma decoração de azulejos maravilhosa, a comida e o serviço são ótimos.

Palácio de Queluz


Palácio dos Seteais

O Palácio dos Seteais elegante palácio cor-de-rosa, é hoje em dia um hotel de luxo e restaurante da Sociedade Hotel Tivoli. Antiga construção neoclássica, do fim do século XVIII, construído para o cônsul holandês, Daniel Gildemeester, numa porção de terra cedida pelo Marquês de Pombal. Localizado em Sintra, patrimônio mundial, ergue-se no meio de um terreno acidentado, de onde se pode avistar o mar e o alto da Serra de Sintra. O palácio é lindo, com tapetes de arraiolo motivo Seteais, vale a pena dar uma volta a pé no jardim, o restaurante tem uma comida muito boa.


Curiosidade

Conta a lenda que a origem do nome Seteais remonta a 1147, data em que D. Afonso Henriques conquistou Lisboa aos Mouros surpreendeu a princesa moura Anasir, várias vezes até ela gritar o sexto “Ai”. Uma feiticeira tinha dito a sua aia que a princesa morreria ao pronunciar o sétimo "Ai!" e foi o que aconteceu: assim que Anasir pronunciou o sétimo “Ai”, o punhal de um mouro a feriu no peito mortalmente.

Palácio de Seteais


Palácio Nacional de Mafra

O Palácio Nacional de Mafra fica a cerca de 25 km de Lisboa. É um palácio e mosteiro em estilo barroco que domina a vila de Mafra. Foi iniciado em 1717 por iniciativa de D. João V de Portugal, em virtude de uma promessa que o jovem rei fizera se a rainha D. Maria Ana de Áustria tivesse filhos. Classificado como Monumento Nacional em 1910, foi um dos finalistas para uma das Sete Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007. 

As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real por ocasião das invasões francesas O palácio era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar, em 1807. O maior tesouro de Mafra é a sua biblioteca, com chão em mármore, estantes em estilo rococó e uma coleção de mais de 40.000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões.

Mafra


Curiosidade

A maneira como conservam os livros nessa Biblioteca é muito peculiar: contou-me a moça que fica sentada na entrada quando lhe perguntei: como vocês fazem para limpar todos esses livros? Ela me respondeu sem pestanejar: nós guardamos numa caixa seis morcegos (fez questão de me mostrar a caixa onde estão guardados os morcegos) e os soltamos à noite, depois que a Biblioteca fecha. Esses morcegos comem os insetos que iriam comer os livros!!!! Surpresas Portuguesas!!!


Mosteiro da Batalha

O Mosteiro da Batalha é o símbolo mais marcante da Dinastia de Avis, construído por iniciativa de D. João I, em decorrência de um voto à Virgem, caso vencesse a Batalha de Aljubarrota (1385). Representante do final da arquitetura gótica portuguesa (ou estilo manuelino), é também patrimônio mundial (UNESCO desde 7 de Julho de 2007) e uma das sete maravilhas de Portugal. Monumento Nacional, desde 1910.

Mosteiro da Batalha


Óbidos

Óbidos vem do latim “cidade fortificada”. As origens da fortaleza e do castelo de Óbidos, na cidade medieval de mesmo nome, são ainda obscuras. Ao que tudo indica, devido a sua posição dominante em relação à extensa lagoa a ocidente, favoreceu a instalação de um primitivo reduto fortificado de origem romana. A idade Média não deixou vestígios aparentes de sua presença nessa vila, apenas no século XII, Óbidos voltou a merecer referências documentais precisas. Foi tomada aos Mouros em 1148, e recebido a primeira carta de foral em 1195, sob o reinado de D. Sancho I. 

Óbidos fez parte do dote de inúmeras rainhas de Portugal. Em 1527, viviam 161 habitantes na vila, o que corresponderia a cerca de 1/10 da população do município. A área da muralha era já nessa época idêntica à atual, ou seja, 14,5 ha. Em 16 de Fevereiro de 2007, o castelo da cidade recebeu o diploma de candidata como uma das sete maravilhas de Portugal. É uma cidade medieval linda! A vila é cercada de muralhas, e a única maneira de se visitar é caminhando pelas ruelas que são muito estreitas. De lá aconselho ir à Caldas da Rainha, cidade montanhosa, pitoresca, famosa por suas porcelanas. É um passeio muito agradável e dá para fazer boas compras.

Óbidos


Nazaré

A praia é linda, o mar bravo, duas vezes por dia tiram a areia da calçada trazida pelo vento com enxada. No morro acima da praia, não esquecer de visitar a capela onde Vasco da Gama rezou antes de partir para as Índias. Nazaré é uma vila portuguesa no distrito de Leiria. É nesse pequeno município que se encontra Alcobaça.


Mosteiro de Alcobaça

A Abadia de Alcobaça é um dos mais importantes mosteiros cistercienses medievais. O mosteiro foi fundado em 1153 por doação do primeiro monarca português a Bernardo de Claraval. A cidade de Alcobaça fica nas confluências dos rios Alcoa e Baço, que por sua vez passa dentro da cozinha do mosteiro. O mosteiro, um dos mais antigos de Portugal, é lindo.

Mosteiro da Alcobaça


Curiosidade – Na sala de jantar, além da porta principal existe uma porta lateral, bem pequena, construída por Sancho I, filho de Afonso Henrique: os abades que comiam muito não conseguiam passar por ela. Era costume dizer e é até hoje "comi como um abade". Só almoçava com o rei quem passasse pela porta pequena. O mosteiro de Alcobaça fica a 92 km de Lisboa e é a primeira obra
gótica erguida em Portugal. Está classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e como Monumento Nacional, desde 1910, Em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.


Fátima

O nome vem de uma princesa moura. Tornou-se mundialmente conhecida pelas aparições marianas aos três pastorinhos (Lúcia, e seus primos Francisco Marto e Jacinta Marto), que ocorreram lugar entre 13 de Maio e 13 de Outubro de 1917, no lugar da Cova da Iria. A construção do Santuário de Fátima trouxe desenvolvimento ao local. Numa dessas aparições, a Virgem Maria pediu para construírem uma capela naquele lugar, que actualmente é a parte central do Santuário onde está guardada uma imagem de Nossa Senhora. No decorrer dos anos, o Santuário foi sendo expandido até aos dias de hoje, existindo já uma basílica e uma grande igreja, aumentando assim a capacidade de acolhimento de peregrinos em recinto coberto. Aconselho almoçar no restaurante Alice, é ótimo.


Curiosidades:

As 7 Maravilhas de Portugal eleitas em julho de 2007:

1 – Mosteiro de Alcobaça
2 – Mosteiro dos Jerônimos
3 – Palácio da Oeba
4 – Mosteiro da Batalha
5 – Castelo de Óbidos
6 – Torre de Belém
7 – Castelo de Guimarães

Finalizando com Álvaro de Campos, o viajante dramatico (pseudônimo de Fernando Pessoa):

Viajar ainda é viajar e o longe está sempre onde esteve / Em parte nenhuma, graças a Deus!


Boa Viagem!


Serviço:

Restaurante Porto de Santa Marta
Estrada do Guincho
2750-374 Cascais, Lisboa, Portugal
Tel. 21 487.9450

Restaurante João Padeiro
Estrada do Guincho
2750-642 Cascais, Portugal
Tel. (+351) 21 485.7141

Hotel Albatroz
Rua Frederico Arouca, 2750
Cascais, Portugal21 484 73 80
albatrozhotels.com

Farol Design Hotel
Av. Rei Humberto II de Itália, 7
2750-461 Cascais, Portugal
Tel. (+351) 21 4823490

Hotel Fortaleza do Guincho
Estrada do Guincho
2750-642 Cascais, Portugal
Tel. (+351) 21 4870 491
reservations@guinchotel.pt

Museu Condes de Castro Guimarães
Avenida Rei Humberto II de Itália,
2750-319 Cascais, Portugal
Tel. (+351) 21 482.5407

Museu Paula Rego
Avenida da República 300
2750-475 Cascais, Portugal
Tel. 21 4826970

Cassino de Estoril
Av. Dr. Stanley Ho
2765-190 Estoril, Portugal
Tel. (+351) 21 466.7700

Fundação Elipse
Rua das Fisgas, Pedra Furada
Alcoitão, Cascais, Portugal

Palácio da Pena
Estrada da Pena
2710-609 Sintra, Portugal

Palácio Real de Sintra
Largo Dr. Vergílio Horta
2714-501 Sintra, Portugal

Palácio Nacional de Queluz
Largo do Palácio
2745-191 Queluz, Portugal
Tel. (+351) 21 434.38 60
pnqueluz@imc-ip.pt

Palácio dos Seteais
Tivoli Palácio de Seteais Hotel
Rua Barbosa do Bocage, 8
2710-517 Sintra, Portugal
Tel. (+351) 21 923 32 00

Palácio Real de Mafra
Praça do Município
2644-001 Mafra, Portugal

Mosteiro de Alcobaça
Rua Dom Pedro V
Alcobaça, Portugal

Museu Paula Rego
Avenida da República 300
2750-475 Cascais, Lisboa
Tel. 21 482.6970


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders