quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Agenda Nova York V


Essa semana vamos passear em Nova York e saber das últimas novidades!

Restaurantes

Boulud
Em outras agendas Nova York já falei do restaurante Daniel (60East 65th. St.), três estrelas Michelin e do bar Boulud (1900 Broadway). Na verdade Daniel Boulud tem oito endereços em Manhattan. Chefe e proprietário de vários restaurantes premiados e do catering Feast & Fête, Boulud saiu aclamado de Lyon, da pequena cidade de St Pierre de Chandier e chegou aos Estados Unidos em 1982. Hoje é considerado uma autoridade em cozinha nos Estados Unidos.


Daniel Boulud


DB Bistro Moderne
Um lugar simpático, boa frequência, para se ir depois do teatro na Broadway.

55 West 44th St.
New York, NY 10036
Tel: +1 212 391–2400


DBGB Kitchen and Bar
Ótimo endereço para se ir almoçar no Soho, decoração bem interessante, estivemos lá antes do Halloween e estavam decorando todo o restaurante com divertidas abóboras.

299 Bowery St
New York, NY
Tel: +1 212 933–5300


DBGB Kitchen and bar


Café Boulud 
Nesse restaurante o chefe Daniel se inspira em suas quatro musas: a tradição da clássica cozinha francesa, as estações do ano, a horta fresca e os sabores das várias cozinhas do mundo.

20 East 76th St
New York, NY 10021
Tel: +1 212 772–2600


Bar Pleiades
Vizinho ao Café Boulud, especializado em deliciosos cocktails e tem dois pequenos salões para festas particulares.

20 East 76th St
New York, NY 10021
Tel: +1 212 772–2600



Bar Pleiades


Épicerie Boulud
Ao lado do Bar Boulud é um pegue e leve ou se preferir pode comer lá: saladas, sopas, pães e sandwiches que você escolhe na hora.

1900 Broadway @ 64th St
New York, NY 10023
Tel: +1 212 595–9606



Épicerie Boulud


Boulud Sud
Vibrante cozinha mediterrânea com sabores que vão desde a Cote d’Azur até a Turquia. Do Mar, do Jardim e da Fazenda são os atraentes sub-títulos do menu.

20 West 64th St.
New York, NY 10023
Tel: +1 212 595–1313


Minetta Tavern
O proprietário e criador do Minetta, Keith McNally, nasceu em Londres e mudou-se para Nova York em 1975, onde se distinguiu entre seus pares por ser demitido de todos os empregos que teve. Chegou a receber em 77 o prêmio de o mais preguiçoso empregado de restaurante de Nova York. Daí para frente ele mudou sua trajetória. Em 1980 abriu seu primeiro restaurante, The Odeon e não parou mais. Seguiram-se muitos outros como o Café Luxembourg, o Nell’s, o Pravda, o Balthazar Bakery e Restaurant, o Pastis entre outros, até chegar ao Minetta em 2009. Segundo a crítica do New York Times: “a melhor churrascaria da cidade”.

113 MacDougal St. (between Bleecker & W. 3rd Street)
New York, NY 10012
Tel: +1 212 475–3850 


Minetta Tavern


Eataly 
Trata-se de uma enorme delicatessen misto de restaurante e supermercado num espaço térreo de cerca de mil metros quadrados num canto especial de Nova York – cruzamento da 23rd com a 5th Ave e a Broadway. Todos os produtos são italianos, desde café, passando por massas inacreditáveis, guloseimas, prosciuto, fromaggios, vinhos, carnes, peixes, sandwiches etc e tal. Há também uma variedade de supérfluos interessantíssimos para se comprar.  Pode-se comer em pé nos balcões ou se preferir, há pequenos espaços com mesas e serviço à la carte. Está muito concorrido, sábado de manhã a fauna nova-iorquina está presente lá. Não deixe de ir, é uma experiência.


200 5th Avenue
New York, NY 10010 (entrances on 5th Avenue and 23rd St.)
Tel: +1 212 229–2560


Eataly


Interior Restaurante Eataly


Pearl Oyster Bar
Um restaurante pequeno, poucas mesas e muito charmoso, inaugurado em 1997, por Rebecca Charles. Não deixe de comer lagosta, que é a especialidade da casa e muito gostosa, principalmente o ‘lobster roll’, famoso no Maine em New England. 

18 Cornelia St # 2
New York, NY 10014
Tel: +1 212 691–8211


Pearl Oyster Bar


Restaurante Jean-Georges
Está fazendo o maior sucesso, é o restaurante do Hotel The Mark, totalmente reformado e reaberto no início de 2010. O chef Jean-Georges oferece um menu clássico europeu com toques pessoais. A decoração é super bonita e aconchegante. Fomos duas vezes e vimos várias mesas com moças elegantes WASP’S comemorando seus aniversários com amigas.

25 East 77th Street @ Madison Avenue
New York, NY 10075
Tel: +1 212 606–3030


Restaurante Jean-Georges


Espetáculos

Freud’s last session
Peça interessante, o cenário é bem bonito, e a sensação é que você está ali mesmo - no consultório de Freud!! No final da vida, morando em Londres, Freud convida o escritor C. S. Lewis, 50 anos mais moço para uma conversa. O enredo gira em torno do diálogo entre os dois, que falam sobre a existência de Deus, amor, sexo e o sentido da vida. O roteiro de Mark St Germain é ótimo.

New World Stages
340 West 50th Street (between 8th & 9th Ave)
New York, NY 10019
Tel: +1 646 871–1730 


Don Giovanni
Ver uma ópera ou escutar uma música de Mozart faz bem à alma: é sempre muito alegre e alto astral. A nova montagem é de Michael Grandage, o cantor Mariusz Kwiecien e a regência de Fabio Luisi. Kwiecien está substituindo o carismático barítono sueco Peter Mattei, há muito consagrado como Don Giovanni. 

Metropolitan Opera @ Lincoln Center
150 West 65th Street
New York, NY 10023
Tel: +1 212 362–6000


O Barbeiro de Sevilha
É muito divertido assistir essa ópera, porque alem de ser um espetáculo tão bonito, não há como não se lembrar do personagem do pica-pau do desenho O Barbeiro de Sevilha de Walt Disney. Nessa produção de Bartlett Sher, o papel principal do barbeiro da ópera de Rossini se alterna entre o famoso barítono Peter Mattei e Rodion Pogossov ambos excelentes cantores.

Metropolitan Opera @ Lincoln Center
150 West 65th Street
New York, NY 10023
Tel: +1 212 362–6000


War Horse
É um espetáculo!!!! não entendo porque não está tão recomendada como os outros musicais da Broadway. É uma obra prima de montagem teatral e ganhou cinco prêmios Tony, inclusive o de melhor peça e vai se tornar filme pelas mãos de Steven Spielberg. Fez muito sucesso em Londres e está fazendo em Nova York. A história não é muito importante: trata-se de um menino inglês, que vê seu cavalo de estimação ser vendido para a cavalaria e ser enviado para a França durante a I Guerra Mundial. O que realmente impressiona é a alta qualidade dos artistas e perfeição da montagem: pessoas ficam ao lado e em baixo de fantoches de cavalos, fazendo todos os movimentos e sons que os cavalos fazem. É tão perfeito, que às vezes você não vê as pessoas e acha que está vendo cavalos de verdade mexendo a cabeça, o rabo, relichando. 

Lincoln Center Theater-Vivian Beaumont
150 West 65th Street (between Broadway and Amsterdam)
New York NY 10023
Tel: +1 212 362–7600


War Horse


Exposições

De Kooning
Uma bela mostra desse pintor americano, nascido na Holanda (1904-1997), das pinturas do século XIX e XX. Como de Kooning teve uma longa vida e conviveu com quase todos os pintores famosos de sua época, podemos ver influências de quase todos eles nessa retrospectiva. Enquanto visitava a exposição reconheci a Rainha Silvia da Suécia, também percorrendo a exposição na maior simplicidade. Estava acompanhada apenas por uma outra senhora e pelo Rei Carlos Gustavo. Fui falar com ela, me apresentei e disse ser amiga de uma de suas primas brasileiras. Foi simpaticíssima e receptiva. Assim tão de perto pude ver que ainda é uma mulher muito bonita e que as fotos mais recentes não lhe fazem justiça.

The Museum of Modern Art
11 West 53th Street
New York, NY 10019
Tel: +1 212 708–9400


Wueen of Hearts por De Kooning


Picasso
São desenhos maravilhosos de Picasso! Sem dúvida a melhor exposição para se ver em Nova York nessa temporada. Cerca de 50 trabalhos do autor, do período inicial de sua carreira como desenhista (1890) até 1920. A idéia é mostrar o incrível desenvolvimento dos desenhos de Picasso, desde os exercícios acadêmicos de sua juventude, até as obras primas do início dos anos 1920. Está na Frick Collection até 8 de janeiro de 2012, seguindo em fevereiro, para a National Gallery of Art em Washington.

The Frick Collection
1 East 70th Street, 
New York, NY
Tel: +1 212 288–0700


Desenho de Picasso – Two Ballet Dancers


Richard Serra
Na Galeria Gagosian até 26 de novembro próximo. O artista americano é conhecido pelas esculturas de tamanho descomunal. Têm muitas delas expostas em museus de vários lugares do mundo e também em coleções particulares. 

Gagosian Gallery
555 West 24th Street
New York, NY 10011
Tel: +1 212 741–1111


Escultura de Richard Serra


Metropolitan Museum of Art
Não deixe de ir ao Metropolitan e ver duas ótimas exposições:
The Art of Dissent in 17th-Century China – com obras primas da arte da dinastia Ming, da coleção de Chih Lo Lou – Galerias 210 – 216 – até dia 2 Janeiro de 2012;
e Wonder of the Age, Master Painters of India, 1100–1900 – Galeria 999 – até dia 8 Janeiro de 2012. Os grandes pintores da Índia desde 1100 até o início do século XX.
Veja ainda esse interessante trabalho de Lucien Freud: Evening in the Studio, de 1993.


Evening in the Studio – Lucien Freud


Metropolitan Museum of Art
1000 Fifth Avenue
New York, NY 10028
Tel: +1 212 535–7710


Nova York é realmente incrível! há anos que vamos para lá e não conhecíamos esse museu!! Vale muito a pena é maravilhoso!

New Museum 
Fundado em 1977, o New Museum é voltado para a arte contemporânea e também para novas idéias. Atravesse a rua e olhe o prédio de longe, é muito bonito! Projeto de dois premiados arquitetos: Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa. O museu é internacionalmente respeitado pela ousadia e alcance mundial de seu programa de curadoria. 

235 Bowery
New York, NY 10002
Tel: +1 212 219–1222


New Museum


Ground Zero
O memorial inaugurado no lugar das Torres Gêmeas é um tributo para lembrar e honrar as quase 3.000 pessoas vítimas dos ataques terroristas de 9 setembro de 2001, mais conhecido como “Nine Eleven” e as seis vítimas de fevereiro de 1993. O memorial está muito bonito e consegue transmitir uma sensação de paz e quietude. Há um belo jardim de plátanos e duas grandes piscinas (quase 4 mil m2 cada) exatamente no local onde ficava cada torre destruída, tendo cada uma delas uma enorme cascata. Os responsáveis pelo projeto são o arquiteto Michael Arad e o paisagista Peter Walker. pelo site pode-se obter tickets com dia e hora marcada para visitar o local.

West Street (between Liberty & Fulton St)
New York, NY 10006
Tel: +1 212 266–5200


Ground Zero


Compras

Madison Ave.
Não tem nada igual a chegar em Nova York e ir passear na Madison, em um dia de sol e céu azul, olhando as maravilhosas vitrines e tudo que há de novo.

B&H – Photo Vídeo & Pro Áudio
Nessa loja que funciona desde 1973 há todo tipo de equipamento eletrônico, digital, para áudio, vídeo e fotos. É uma experiência única estar ali pela primeira vez, mais parece um super mercado do gênero! Entrada e saída separadas, vendedores que falam várias línguas (português também), demonstração de equipamentos para todos os lados, em meio a muitos potenciais compradores. Se conseguir se decidir e terminar sua compra, assim que acabar de pagar, seus produtos descem por um duto, muito bem embalados e você os recebe na porta de saída (bem sinalizada) em questão de minutos. Aceitam pedidos pela internet.

420 9th Avenue
New York, NY 10001
Tel: +1 800 947–9903


Loja B&H


Bergdorf Goodman
A tradicional loja de departamentos tem um andar irresistível: só sapatos, de quase todas as griffes. Dificilmente alguém sai dali sem comprar. Vale a pena!

754 5th Avenue
New York, NY 10019
Tel: +1 212 872–2700

Aproveite e faça tudo se CONSEGUIR!!!!!

Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Uma semana de carro pelo Uruguai


Roteiro de uma semana pelo Uruguai para quem gosta viajar de carro, começando pelas províncias do lado do Atlântico do país e depois pelas do lado oeste.

Primeiro dia – São Paulo/Montevidéu/Punta del Este
Sair de São Paulo para Montevidéu, 2h30 de vôo, logo cedo (TAM tem vôo) é bom para aproveitar bem o dia da ida. Novo aeroporto de Carrasco, super moderno, muito bonito; design do arquiteto uruguaio Rafael Viñoly. Design lembra o arquiteto espanhol Calatrava.


Aeroporto Carrasco

É mais prático sair do Brasil com reserva de carro confirmada, assim na chegada ao aeroporto é tudo rápido. Pegar a auto estrada para Punta del Este, apenas 138 km da capital. 

Para se hospedar em Punta, o melhor é escolher o hotel conforme seu perfil. O Fasano Las Piedras, um projeto de Isay Weinfeld, é lindo e tranquilo. Mais de 40 hectares de verde ao longo de 3 km do Riacho Maldonado. Fica em La Barra, perto de La Península e José Ignácio, lado para onde a cidade vem se expandindo.


Las Piedras

Ter carro é bom para quem quer o melhor de dois mundos: gosta de sair a noite, mas prefere um hotel mais isolado para se hospedar. Para quem gosta de jogar, um ‘cassino hotel’, o Conrad é uma boa opção. Vários restaurantes, horários super flexíveis e o principal: o Cassino. Jantar no restaurante francês do hotel, o St Tropez, vale a experiência. Tudo de muito bom gosto, predominando pratos da cozinha italiana, com uma adega especial. Experimente um bom Tanat tinto uruguaio.


Restaurante do Hotel Conrad

Por fim um ‘hotel com cassino’, o Mantra. De um lado do terreno o edifício do hotel, a piscina e o jardim no meio; do outro lado, o prédio do cassino, com coffee shop e spa. As suítes são amplas, elegantes, com impecáveis lençóis de linho branco.


Hotel Mantra

Segundo dia – Punta del Este/Chuí/La Paloma
Sair de Punta rumo a fronteira do Uruguai com o Brasil: o Chuy uruguaio e o Chuí brasileiro, 220 kms. Como em outras cidades de fronteiras secas, apenas a ilha de uma avenida define a fronteira entre os dois países: de um lado, Av. Uruguai e do outro, Av. Brasil.

Depois de visitar o extremo sul do Chuí brasileiro, aproveitar conhecer o duty free local e experimentar uma parrillada.


Parrillada

Aproveitar para comprar pequenas lembranças da Indonésia (peças em madeira e bijuterias) de bom gosto.

De lá começar a volta para Montevidéu, com uma parada para dormir na cidade de La Paloma, 144 kms. Praia de surf, com uma pousada confortável, de um casal de australianos, o Zen Boutique Hotel, o menos interessante da viagem.
Apesar de pequena, a vila de La Paloma tem no centro um pequeno hotel dos anos 50, chamado Bahia, com um restaurante que prepara um peixe muito bom. Vale experimentar.

Terceiro dia – La Paloma/Punta del Este/Montevidéu
Vale a pena acordar mais cedo e ir tomar o café da manhã no Las Piedras Fasano, apesar de ser a 123 kms, é uma opção tentadora. É delicioso, uma mesa linda, buffet e serviço caprichados, em ambiente de muito bom gosto. Continuar viagem para Montevidéu, 151 kms.

Em Montevidéu aproveitar para conhecer o centro da cidade e a zona do porto. Os pontos mais interessantes para se ver no centro, conhecida como Ciudad Vieja: a Plaza Matriz (também chamada de Constitución); o primeiro arranha céu de Montevidéu, o Palácio Salvo, que já foi o prédio mais alto da América do Sul; a Praça da Independência; o Teatro Sólis; a Puerta da Ciudadela, ou o que restou da muralha que protegia a cidade, demolida em 1829;


Puerta de la Ciudadela e ao fundo Palácio Salvo

a Igreja Matriz (Catedral Metropolitana, erguida em 1804); o prédio antigo do Cabildo, que hoje abriga o Museu e Arquivo Histórico Municipal. Ver também o Monumento ao General Artigas, herói da independência do Uruguai; um prédio moderno, com fachada de vidro, sede da presidência uruguaia e o Palacio Estévez, que já foi sede do governo.

Depois seguir até o antigo Mercado do Porto, de 1868, onde se pode entrar e escolher uma das várias opções de local para a tradicional parrillada ou um bom churrasco. Vale a pena experimentar outra tradição uruguaia: o ‘medio y medio’, uma mistura de vinho espumante doce e vinho branco seco. Prestar atenção na estrutura metálica antiga do mercado, vinda de Liverpool, muito bonita.


Mercado del Puerto

Depois de almoçar, conhecer o outro lado da cidade: uma bonita avenida costeira, bastante longa (22kms), com ciclovia e praias de água doce a beira do rio da Prata. Pode-se ver a bonita sede do MERCOSUL, um edifício do início do século XX totalmente restaurado, que foi um dia o Hotel Teatro Cassino do Parque Urbano. No bairro de Carrasco, o antigo hotel Cassino Carrasco, uma bela construção de 1921, agora sendo reformado para abrigar um novo hotel Sofitel.

As melhores opções para se hospedar em Montevidéu são os hotéis Sheraton (em Punta Carretas) e o Radisson (no centro histórico, Plaza Independencia).


Rio da Prata – Vista do Hotel Sheraton

No Sheraton, além de uma bela vista do Rio da Prata, há uma passagem direta para o shopping Punta Carretas e a proximidade do calçadão para quem quiser caminhar. Jantar no restaurante do hotel é uma boa opção.

Se você estiver em Montevidéu e quiser visitar Buenos Aires, pode atravessar de ferry. A viagem leva três horas e é feita pela empresa Buquebus, com várias saídas diárias. Essa travessia é feita em uma hora entre Buenos Aires e Colônia del Sacramento, onde há um porto ultra moderno. As poltronas na primeira classe são super confortáveis para a viagem e há um bom free shop a bordo. Não deixe de ir à lanchonete experimentar os famosos sanduíches argentinos de pão de miga.


Buquebus

Quarto dia – Montevidéu/Paysandú
Depois do café, começar a parte do roteiro que vai levar às províncias do oeste do Uruguai, indo primeiro de Montevidéu para Paysandú, 375 kms. Parar para almoçar em Trinidad. Na praça principal há um restaurante, o Don Quixote, onde se pode pedir um ‘lomo’ com acompanhamento e um delicioso doce de leite.

Sendo uma região de fazendas, escolher uma ‘estância’ para se hospedar é muito interessante. A Hosteria Estância La Paz é uma propriedade muito antiga, de uma família belga, os Wyaux. Além de criarem gado e carneiros, eles têm a pousada com 10 suites. Anne, a segunda geração de belgas na fazenda, é quem administra a pousada. Os jardins são bonitos, com muitas lavandas e um belo pomar. Pode-se passear a cavalo, aproveitar a sauna e a piscina. Jantar delicioso e bem servido, acompanhado de um bom vinho uruguaio e tortas doces divinas. Há ainda uma capela do tempo dos ingleses, com bonitos vitrais, cujo campanário serviu de posto de observação no tempo da guerra contra o Brasil Império, sob o comando do Almirante Tamandaré.


Estância La Paz

Estância La Paz

Quinto dia – Paysandú/Salto
Na manhã seguinte sair para Salto, 120 kms. Ao longo da estrada em excelente estado de conservação, campos totalmente cultivados e fazendas de gado. Os acostamentos quando não tem flores, como lavandas, são muito bem roçados.

As duas melhores opções de hotel para passar a noite e seguir viagem no dia seguinte são o Horacio Quiroga e o Arapey Thermal. Os dois tem spa, piscinas e imensos gramados, com pistas para caminhadas. Aproveitar para relaxar um pouco depois de tantos quilômetros viajados. O jantar é no hotel porque não há nada por perto.


Arapey

Sexto dia – Salto/Carmelo
Depois do café, sair para Carmelo na província de Colônia, 340 kms. O Hotel Four Seasons Carmelo é a melhor escolha. Tudo lindo! Em frente à entrada do hotel e ao campo de golfe a estrada é toda arborizada dos dois lados. Um bosque maravilhoso de pinheiros e eucaliptos leva ao corpo central do Four Seasons, passando pelo spa, super charmoso. Os bangalows muito bem decorados, todos em madeira e vidro, chão de cimento queimado, com varandas e de frente para o rio da Prata. É um lugar muito romântico para se hospedar e aproveitar. 

Passear pela margem do Rio da Prata, tomar um drink no bangalow e ir jantar no restaurante do hotel, todo em estilo balinês: é um momento de puro prazer. A comida e ambiente são ótimos, acompanhados de mais um bom vinho uruguaio, ao lado da piscina e do jardim. O Four Seasons oferece transporte para as diversas opções de atividades, todas próximas do hotel tais como: visitar uma vinícula, o centro equestre, a marina e o campo de golfe. A maioria dos hóspedes é de argentinos e de brasileiros. Há também um aeroporto internacional para aqueles que preferirem ir de avião.


Four Seasons – Carmelo

Four Seasons - Carmelo

Sétimo dia – Carmelo/Colônia del Sacramento
Depois de um café maravilhoso no hotel, seguir para Colônia del Sacramento, cidade histórica, 77 kms.

De origem portuguesa e fundada em 1680, alternou domínio português e espanhol por longos períodos. As construções antigas do centro histórico revelam as influências arquitetônicas dos dois colonizadores. Hoje, Patrimônio Mundial pela UNESCO, o centro histórico de Colônia del Sacramento resume-se a pouco mais de duas dúzias de ruas com calçamento de pedras irregulares, uma praça com um belo jardim, o casario antigo ao redor, um farol e alguns pequenos museus.


Colônia del Sacramento

Se o dia estiver claro pode-se ver a linha de edifícios de Buenos Aires do alto do farol. Opção interessante é hospedar-se à beira do rio da Prata, pois a vista em diferentes horas do dia pode ser incrível, principalmente a do por do sol e a do amanhecer.


Por do Sol no Rio da Prata

Fascinante mesmo. O Radisonn Hotel e Casino, no centro,com suítes de frente para o estuário do Prata, uma vista privilegiada. Saindo do centro, 5 kms a oeste, já no final da rambla costeira, há o Sheraton Colônia Golf Camp SPA Resort, também com lindas vistas do rio e toda infra estrutura de um resort. Depois de percorrer essa cidade tão única é hora de decidir-se por um churrasco ou um bom peixe.

Oitavo dia – Colônia del Sacramento/Aeroporto Carrasco Montevidéu
Sair depois do café para o Aeroporto de Carrasco, 101 kms, em Montevidéu. No aeroporto devolver o carro e fazer o check in para embarque logo depois do almoço para São Paulo. O bar é novo e moderno como o aeroporto e tem boas escolhas de sanduíches. Ao lado há um duty free para aproveitar mais um pouco as compras irresistíveis.

Curiosidades:
As estradas do Uruguai, apesar de não serem tão novas, são muito bem mantidas, limpas, bem sinalizadas, acostamentos impecáveis. Não vimos nenhum buraco em 2000 kms!!! Mas... assim que entramos no Chuí brasileiro, estradas sujas, cheias de mato alto no acostamento, mal sinalizadas e cheias de buracos.

Não só nas estradas se observa esse cuidado, a limpeza pública também chama a atenção.

O povo uruguaio é muito bem educado e tem bom nível de escolaridade; nos disseram que nas escolas cada criança tem um computador próprio.

Nas últimas décadas a economia do país melhorou muito,ela gira em torno do turismo, gado e seus derivados, lã, vinículas e grãos em sua maioria. Indústrias ainda são pouquíssimas.
Os homens se cumprimentam com um beijo no rosto.


Para terminar uma frase do escritor uruguaio Eduardo Galeano:

A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo.



Virginia Figliolini Schreuders