quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Casarões de São Paulo



A ideia do roteiro é circular pela história de alguns bairros paulistanos que não fazem mais parte de nossos deslocamentos diários e visitar alguns casarões antigos preservados e descobrir comidinhas escondidas.


São Paulo – século XXI

São Paulo passou de vila a cidade em 1.711 e durante muito tempo ficou limitada ao que hoje chamamos de centro velho, a região dos conventos de São Francisco, de São Bento e do Carmo. Até o século XIX, nas ruas conhecidas hoje como Direita, XV de Novembro e São Bento, concentravam-se o comércio, os bancos e os principais serviços da cidade.

O desenvolvimento maior da cidade veio depois da Independência do Brasil. Em 1825 surgiu o Jardim da Luz, dois anos depois a Faculdade de Direito. Em 1878 Frederico Glette e Victor Nothmann abriram um loteamento transformando chácaras em grandes lotes de terreno, com ruas bem mais largas que as do centro velho, arborizadas, dando origem ao bairro de Campos Elíseos.

Surgiram então os primeiros casarões da elite cafeeira (como o do Museu da Energia, casa da família Santos Dumont), colégios religiosos (Sagrado Coração de Jesus) e laicos (Colégio Stafford) e prédios públicos como o palácio do governo (Palacete Elias Chaves, depois chamado Palácio dos Campos Elíseos), transformando o bairro, no mais abastado da cidade.


São Paulo Antiga – Viaduto do chá

Tudo acontecia dali até o centro velho. A cidade perdeu o perfil colonial, começando uma renovação arquitetônica que seguiu padrões europeus. Surgiram as primeiras linhas de bonde e a iluminação a gás.

As mais importantes realizações urbanísticas do final do século XIX foram a abertura da Av. Paulista (1891) e a construção do Viaduto do Chá (1892), que rompeu a barreira do Vale do Anhangabaú e possibilitou o surgimento de bairros de elite na parte nova da cidade.

Em 1911 a cidade ganha o seu Teatro Municipal, obra do arquiteto Ramos de Azevedo.

O bairro dos Campos Elíseos permaneceu como residência da elite até aproximadamente os anos 30, quando por causa do grande movimento na região, as famílias mais abastadas já tinham se mudado para Higienópolis, para a região da Paulista e para novos bairros jardins que estavam sendo loteados.
É o caso dos novos casarões e prédios públicos em Higienópolis, como a Vila Penteado e a Casa de Veridiana Prado.


Palácio dos Campos Elíseos

O século XX, em suas manifestações econômicas, culturais e artísticas, passa a ser sinônimo de progresso. Trens, bondes, eletricidade, automóveis, a cidade cresce, se agiganta.

Em 1934, Armando de Salles Oliveira, inaugurou a Universidade de São Paulo.


Universidade de São Paulo

Em 1954, São Paulo comemorou o 4o. Centenário de sua fundação e o Parque Ibirapuera foi inaugurado.

Nos anos 60, iniciou-se um processo de perda da qualidade ambiental e dos padrões urbanos vigentes.

Em 1969 foram iniciadas as obras do metrô.

Hoje a grande São Paulo tem por volta de 20 milhões de habitantes.


Casarão da Alameda Cleveland – Museu da Energia
Alameda Cleveland, 601 – Campos Elíseos
O casarão construído entre 1890 e 1894 e projetado pelo escritório Ramos de Azevedo fica nos Campos Elíseos (nome em homenagem à célebre avenida francesa Champs-Elysées). Uma das mais conhecidas famílias que morou nesse palacete foi a de Santos Dumont.


Família Santos Dumont

Em 1926 foi sede do Colégio Stafford, um colégio leigo para meninas de classe média judias que não tinham muitas boas opções de escola, além do quase vizinho Colégio Sagrado Coração de Jesus, para meninos católicos. Foi tombado em 2002 e hoje é responsabilidade da Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo. Os três edifícios do local passaram por profunda restauração e em 2005, foi inaugurado o Museu de Energia de São Paulo.


Museu da Energia

Depois dessa visita fizemos uma pausa para comer uma deliciosa bureka (tradicional massa folhada da Bulgária) na Casa Búlgara no Bom Retiro. Inaugurada em 1975 a Casa Búlgara de Dona Lina Levi, logo conquistou o público com suas iguarias búlgaras e um delicioso suco natural de maçã.
Casa Búlgara
R. Silva Pinto, 356 - Bom Retiro


Casa Búlgara


Vila Penteado
Rua Maranhão, 88 – Higienópolis
Um dos últimos casarões remanescentes do estilo art nouveau de São Paulo, projetado pelo arquiteto sueco Karl Ekman (1866-1940) e construído em 1902 para abrigar duas importantes famílias paulistas, a do Conde Antonio Álvares Penteado e a de seu genro, Antônio Prado Junior. A Vila Penteado trouxe enorme contribuição arquitetônica pela qualidade dos trabalhos artísticos e técnicos da construção. 

Vila Penteado

Em Higienópolis, entre vários palacetes era conhecida como a "casa das riscas esquisitas" ou "arte nova", representada nesta casa pelas linhas retas da construção. A Vila Penteado segundo pesquisadores tem um valor de "documento material" do passado, que ultrapassa seu indiscutível valor arquitetônico. A luxuosa construção de dois pavimentos, com mais de 60 cômodos foi doada à Universidade de São Paulo em 1949, sendo hoje a sede da Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU-USP.


Vila Penteado


Casa de Dona Veridiana Prado
Av Higienópolis, 18 – Higienópolis
Construída em 1884 pelo engenheiro Luís Liberal Pinto, foi moradia de Veridiana Valéria de Silva Prado, filha de Antônio Prado, Barão de Iguape. Aos 13 anos, Veridiana casou-se com o tio, Martinho Prado, de quem se divorciou em 1877, atitude altamente reprovável para a época. Tornou-se um símbolo da emancipação feminina em São Paulo. O casarão tem um estilo arquitetônico com elementos das tradições clássica italiana e medieval francesa. O telhado, muito inclinado, e o torreão são típicos do Vale do Loire, na França.


Casa Veridiana Prado

Quase um século depois Gastão Vidigal fundou nesse palacete o São Paulo Club, do qual foi presidente: o primeiro clube no Brasil exclusivamente masculino criado nos moldes dos clubes ingleses. Era um reduto fechadíssimo da aristocracia paulista, durante o governo militar, também conhecido como clube dos banqueiros.

Em 2008, o imóvel foi incorporado pelo Iate Club de Santos, e constatou-se uma coincidência: há 62 anos, um grupo de amigos de Jorge da Silva Prado, então proprietário da casa, reuniu-se para criar um clube em que seus barcos fossem guardados em segurança. Surgia aí o Yacht Club do Guarujá, mais tarde chamado Iate Clube de Santos.

A propriedade, tombada pelo Patrimônio Histórico, reúne obras de arte, mobiliário antigo, uma fascinante escultura de Brecheret e um quadro de Almeida Junior.


Casa Veridiana Prado

Depois fomos conhecer e comer um pastrami bem típico na Casa Zilanna.
Empório gourmet com uma infinidade de produtos, inclusive prontos. Além de quase todo tipo de produtos kosher há antepastos, massas, queijos, sementes e muito mais.
Casa Zilana
Rua Itambé, 506


Casa Zilana

A caminho da Casa das Rosas passamos pela Praça Vilaboim para ver o edifício Louveira, um prédio super interessante do final dos anos 40, projeto de Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, inspirado em Le Corbusier: o que chama mais a atenção é o espaço semi público que criaram, sem muros nem portões, que se confunde com a própria praça e se tornou um local de convívio para os moradores, a maioria intelectuais, artistas, arquitetos, músicos.


Edifício Louveira


Casarão da Avenida Paulista – Casa das Rosas
Avenida Paulista, 37 - Paraíso
A construção de 1928 é do arquiteto Ramos de Azevedo e um presente de casamento para sua filha Lúcia e o genro Ernesto Dias de Castro. Construída com os melhores materiais da época, grande parte deles vindos da Europa, a casa conserva sua estrutura original e os traços do classicismo inglês, típicos dos projetos de Ramos de Azevedo.


Casa das Rosas

Em 1985, o casarão foi tombado e dando origem à Casa das Rosas. Um terço da propriedade foi cedida para empreendimento imobiliário e dois terços para o centro cultural.


Casa das Rosas – parte do jardim original preservado


Para terminar um pensamento do arquiteto Isay Weinfeld sobre São Paulo:

“É uma cidade com uma energia absurda, com uma atividade cultural intensa, onde coexistem todas as tribos urbanas. A falta de personalidade se transformou na personalidade da cidade.”




Esse tour foi preparado pelo nosso querido amigo e guia Diogo de Oliveira, do escritório SP Bureau, especializado em roteiros sob medida na cidade, ou seja, de Monumentos históricos, à arquitetura moderna, à arte de rua, moda, esportes, de acordo com o interesse do cliente. Diogo é antropólogo por formação e especializado em Planejamento e Marketing de Turismo pelo SENAC em 2006. Estudou Gastronomia na África do Sul, Índia e Tailândia e gerenciou atendimento em restaurantes em São Paulo, Tailândia e Polônia. 
Diogo de Oliveira
Roteiros sob medida - Tailored Tours
(+55 11) 31043577 / 24h 982598317 / 78819894 ID 86*23881


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Alguns endereços de Londres e Paris



Londres

Restaurantes:

Cecconi5A Burlington Gardens, Mayfair
Tel: +44 20 7434 1500

Entre os mais antigos restaurantes italianos de Londres, boa opção para jantar: serviço ótimo, frequência muito boa, não se esqueça de fazer reserva. Enzo Cecconi, o mais jovem chef do Cipriani de Veneza na época, abriu seu restaurante em Londres em 1978 e foi um sucesso até fechar as portas em 99. Em 2000 foi reaberto, aproveitando as raízes venezianas de seu fundador.

Restaurante Cecconi
Foto Yeda Saigh


Scott's20 Mount Street, Mayfair, Tel: +44 20 7629 5248

Lugar muito agradável para ir almoçar durante a semana. Destaque para o bar de ostras e para a especialidade da casa: os peixes. É também um dos mais conceituados e antigos de Londres. Serviço e frequência ótimos, necessário reservar.

Restaurante Scott’s
Foto Yeda Saigh

River CaféThames Wharf, Rainville Road, 
Tel: +44 20 7386 4200

Ótimo restaurante para almoço sábados ou domingos: fica a meia hora do centro de Londres, numa casa muito simpática em frente ao rio Tâmisa, vista muito bonita, muito alegre. No sábado que fomos estava cheio de famílias inglesas almoçando com crianças. Comida contemporânea ótima.

Restaurante River Café
Foto Yeda Saigh

Delaunay – 55 Aldwych
Tel.: +44 20 7499 8558

Endereço perfeito para jantar depois do teatro, decoração muito bonita art déco, menu variado, bem servido, ambiente super agradável. Aberto o dia todo para café, brunch, almoço, chá e jantar. Reservar antes.


Restaurante Delaunay
Foto Yeda Saigh

Zuma5 Raphael Street, Knightsbridge
Tel: +44 20 7584 1010

Dos mais badalados restaurantes japoneses de Londres, super bem frequentado, comida ótima, o serviço fica um pouco prejudicado por estar sempre muito lotado, várias salas, design contemporâneo. Indispensável a reserva com bastante antecedência (mínimo uma semana).


Restaurante Zuma
Foto Yeda Saigh

Al Hamra – 31-33 Shepherd Market, Mayfair, Tel: +44 20 7493 1954

Dos bons e antigos restaurantes árabes de Londres, comida muito boa. Instalado em um antigo edifício histórico e tombado, o restaurante fica ao lado do mercado Shepherd fundado em 1735, numa ruazinha super simpática, cheia de outros restaurantes. A frequência é de pessoas que trabalham por lá e de alguns turistas.


Restaurante Al Hamra

Shepherd's Market


Hotéis

Hotel Berkeley ***** – Wilton Place, Knightsbridge, Tel: +44 20 7235 6000

Dos melhores e mais tradicionais hotéis de Londres, tem dois restaurantes muito bons: Marcus Wareing Berkeley, premiado pela excelência culinária e Koffmann's do renomado chef Koffmann, que oferece um menu informal de bistrô para antes e depois do teatro. Concierge ótimo, consegue entradas de teatro difíceis, lugares em restaurantes, enfim, tudo o que você quiser. O hotel tem uma ótima localização, fica próximo aos melhores endereços de compras em Knightsbridge.

Curiosidade: na virada do século XIX o badalado restaurante do Berkeley era tido pela sociedade local como seguro para as debutantes frequentarem e um dos poucos lugares onde podiam encontrar os rapazes sem suas governantas. Tudo graças a excelente reputação conquistada pelo hotel perante os pais, de que seus funcionários “tomavam conta de suas filhas queridas”.


Hall Hotel Berkeley enfeitado para o Jubilee
Foto Yeda Saigh


Hotel Brown's ***** – Albemarle Street, Mayfair 
Tel: +44 20 7493 6020

Fundado em 1837 o hotel Brown’s, hoje da cadeia Rocco Forte, foi um dos primeiros de Londres. O serviço é impecável, walking distance das boas lojas de Old Bond, Bond e Regent Street, de bons restaurantes e da Royal Academy, onde sempre tem uma boa exposição. O chá do Hotel Brown’s é famoso, não perca!

Hotel Brown’s

Hotel Savoy ***** – Strand
Tel: +44 20 7836 4343

Um dos grandes ícones de Londres, o hotel Savoy abriu em 1889. É famoso por ter hospedado líderes mundiais, artistas famosos, reis e rainhas, tem até um pequeno museu mostrando as fotos dessas pessoas que por lá passaram, muito divertido de ver. 

O principal restaurante do Savoy, The Thames Foyer, foi inaugurado pelo famoso hoteleiro Cesar Ritz e seu amigo August Escoffier, que se tornou o grande chefe da cozinha do Savoy. Em 2005 o hotel foi comprado pelo Príncipe Alwaleed Bin Talal Bin AbdulAziz Alsaud


Em 2007, após 118 anos de história, fechou as portas para uma reforma de quase três anos e 220 milhões de libras, reabrindo em 10/10/10: o hotel realmente está lindo, todo reformado. Um bom programa a se fazer em Londres é ir ao teatro Drury Lane, que é vizinho ao Savoy, e jantar em um dos restaurantes do hotel depois do teatro, dado que não são muitos abertos até tarde. Foi o que fizemos: fomos ao teatro e depois jantamos no River Restaurant, muito simpático, frequência muito agradável e boa comida; outra opção é tomar um drink no American Bar, com piano ao vivo.


Blenheim PalaceWoodstock, Oxfordshire
Tel: +44 01993 810500

O castelo de Blenheim em Woodstock, a oito milhas de Oxford e uma hora de Londres, rodeado de um enorme e maravilhoso parque, é um passeio muito agradável para se fazer aos domingos. Palácio dos XI Duques de Malborough, que ainda hoje moram lá, lugar onde nasceu Sir Winston Churchill e Patrimônio Histórico da Humanidade. 

Vale muito a pena conhecer, o Palácio é lindo, salas ricamente decoradas, conta toda a história de Churchill: não perca a loja é muito sortida e boa. Aconselho depois da visita almoçar ali perto em uma pousada antiga muito charmosa com uma comida bem gostosa.


Blenheim Palace
Foto Yeda Saigh

Exposição Leather Forever – Hermès
Royal Academy of Arts, Burlington House, Piccadilly
Vimos na Royal Academy essa maravilhosa exposição sobre a trajetória do Hermès, que ficou lá apenas 20 dias. Se não fosse pelo meu querido amigo Helinho Pires não saberia dessa exposição, nem no hotel nos indicaram. 

É toda a história do Hermès, começando pelas amostras dos couros que usam, você pode pegar na mão para sentir e ver, depois as bolsas, uma a uma na sequência em que foram criadas, depois as selas. Acredito que Leather Forever – Hermès vá correr o mundo, se você tiver a oportunidade de ver não perca!

Exposição Hermès da Royal Academy
Foto Yeda Saigh

Tate Modern
Tel: +44 20 78878752
www.tate.org.uk

A Tate Modern de Londres, museu britânico de arte moderna faz parte, juntamente com a Tate Britain, a Tate Liverpool, a Tate St. Ives e a Tate Online, do grupo atualmente conhecido simplesmente como Tate. O museu foi instalado na antiga central elétrica de Bankside, às margens do Tâmisa. 

A usina foi desativada em 1981 e o edifício foi reconvertido pelos arquitetos suíços Herzog e de Meuron. Desde sua abertura, em 12 de maio de 2000, o museu promove importantes mostras temporárias de arte moderna e contemporânea, e tornou-se a terceira maior atração londrina. Na coleção da Tate Modern figuram algumas importantes obras de Pablo Picasso, Matisse, Braque, Natalya Goncharova, de Chirico, Francis Bacon, Alexander Calder, Chagall, entre muitos outros artistas do século XX.


Três exposições maravilhosas na Tate Modern:

1 – Damien Hirst – pintor inglês contemporâneo muito famoso, já tem até ações na bolsa. Hirst é um dos artistas mais famosos da cena artística britânica e conhecido por explorar imagens associadas com a vida e a morte.

2 – Alghiero Boetti – um dos artistas mais importantes do século XX entre os italianos. Muito criativo, Boetti pertenceu ao grupo Arte Povera, jovens artistas italianos que no final dos anos 60 introduziram o uso de novos materiais essencialmente simples em suas criações.

3 – Yayoi Kusama – pintora japonesa de vanguarda, 82 anos, muito famosa nos anos 60. O trabalho de Yayoi Kusama abrange mais de seis décadas, tornando-a uma das artistas mais conhecidas do Japão. A exposição segue a cronologia de sua carreira, desde as primeiras pinturas do Japão provincial até os avanços ousados que se seguiram depois que se mudou para New York no final dos anos 50. Precursora do pop art influenciou artistas como Andy Warhol.

CuriosidadePetit-pois na moda, na arte e no designYayoi Kusama é muito conhecida hoje em dia pelos desenhos de bolinhas que faz em toda as suas criações influenciando essas três áreas.


Yayoi Kusama na Tate Modern
Foto Yeda Saigh


Tate Britain
Tel: +44 20 7887 8888
http://www.tate.org.uk


Fazia muito tempo que eu não ia na Tate Britain, e valeu a pena ter ido, continua maravilhosa. Vimos uma exposição de Picasso e de alguns de seus contemporâneos ingleses, ótima, muito bem montada: “Picasso e a arte moderna britânica”. Primeira exposição a explorar o impacto de Pablo Picasso na arte britânica. 

A exposição na Tate Britain também mostra como o trabalho de Picasso afetou o modernismo britânico e inspirou vários artistas contemporâneos ingleses. O acervo da Tate é maravilhoso, atenção para os Turners que agora tem um espaço especial só para eles.

Tate Britain – Picasso
Foto Yeda Saigh


Compras em Londres

Sloane Street – tem todas as marcas boas, uma loja ao lado da outra, o que facilita muito.

Mayfair – Old Bond Street, New Bond Street – galerias onde tem lojas de cashmeres em geral e os famosos N Peal – 37-40 Burlington Arcade.


Burlington Arcade
Foto Yeda Saigh


Covent GardenRoyal Opera House – Covent Garden.
Tel: +44(0)20 7240 1200 
Box Office: +44(0)20 7304 4000 (Mon-Sat, 10am-8pm)

O Covent Garden é a sede da Royal Opera House, uma das casas de ópera mais importantes no mundo e do Royal Ballet. O edifício atual é o terceiro teatro erguido no local, construído em 1858, mas fizeram uma grande reforma nos anos 90. O Royal Opera House comporta 2968 pessoas. (
Diário de Viagem – Londres II – Royal Opera House – 01/02/2012) Tivemos a sorte de assistir a ópera de Verdi, Nabucco, maravilhosa!! 

Uma boa dica é reservar um lugar para jantar no intervalo da ópera na Green House, onde fica o restaurante: o lugar é lindo e muito alegre, um programa bem inglês!

Covent Garden
Foto Yeda Saigh


Christ Church College em Oxford
Fundada pelo rei Henrique VIII em 1546 é uma das maiores faculdades da Universidade de Oxford e também a Catedral da diocese local. De lá saíram treze primeiro ministros britânicos. O colégio serviu de cenário para peças como as aventuras de Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll

Mais recentemente, foi utilizado nas filmagens dos romances de Harry Potter escritos por JK Rowling.
Só a partir de 1978 mulheres foram admitidas como estudantes em Christ Church College. Ainda hoje há 400 estudantes nessa faculdade.


Christ Church College
Foto Yeda Saigh

Paris

Restaurantes

Coq rico – 98, rue Lepic – 75018
Tel: 01 42 59 82 89

Bistrô em Montmartre inaugurado em janeiro deste ano, especializado em aves, na moda, menu pequeno mas muito bem preparado e muito gostoso com boas sobremesas. 

O alsaciano Antoine Westermann dono de outros dois restaurantes em Paris, Drouant e Mon Vieil Ami, trouxe seu discípulo Thierry Lébé, para comandar a cozinha.


Tour d'Argent – 15 Quai de la Tournelle, 75005
Tel: 01 43 54 23 31

Voltei ao Tour d'Argent depois de 40 anos e fiquei muito surpresa!!! Está super bem conservado, desde a entrada onde a recepção é calorosa, a vista deslumbrante, pegamos um por do sol lindo, e o pato continua incrível!

Restaurante Tour d’Argent
Foto Yeda Saigh


Vista do Tour d’Argent
Foto Yeda Saigh


Marius et Janette4 Avenue George V, 75008
Tel: 01 47 23 41 88

Dos melhores restaurantes de peixe em Paris, muito simpático, agradável, serviço ótimo e comida muito boa. O menu gira em torno dos produtos frescos da estação. Segundo a crítica, um restaurante que domina a “arte do cru e o sabor do cozido”.

Café Prunier15, Place de la Madeleine – 75008
Tel: +33 1 47 42 98 91

O Café Prunier é um ótimo lugar para se almoçar durante a semana, fica ao lado da Pinacoteca. Os peixes são deliciosos, a frequência muito chique e a decoração contemporânea. Para essa segunda casa, a Maison Prunier pediu ao designer Jacques Grange que se inspirasse na casa mãe, o Prunier, da Ave Victor Hugo, que funciona desde 1872.


Café Prunier
Foto Yeda Saigh


Thiou – 49 Quai Orsay, 75007
Tel: +33 1 40 62 96 50

Restaurante tailandês muito bom, comida saborosa e muito leve, com destaque para os peixes. Um dos pratos famosos do menu, preparado com o peixe tigre é o “tigre qui pleure”.

Le Chenin33 rue Le Peletier – 75009
Tel: +33 1 47 70 12 01

Ao lado do Hotel Drouot tem um restaurante super simples e muito bom, quase um bar, as sobremesas ficam na entrada e dá vontade de pedir todas de tão apetitosas. Frequentado por pessoas que trabalham ali por perto, a maioria franceses. O restaurante tem uma decoração interessante: fotos de artistas sobre a parede e diversos objetos, dando um ar de bric à brac. O menu é da cozinha tradicional francesa com pratos saborosos e generosos.


Restaurante Le Chenin
Foto Yeda Saigh


Pinachotèque de Paris28 Place de la Madeleine – 75008 Tel: +33 1 42 68 02 01 (Diário de Viagem – Outras Dicas de Paris – Pinacothèque – 31/03/2011)

Vimos uma exposição linda e muito interessante: Modigliani, Soutine et l’aventure de Montparnasse. Trata-se da coleção de Jonas Netter, descobridor de vários talentos e um dos colecionadores mais marcantes do século XX. Graças a ele, muitos artistas como Modigliani, Soutine e Utrillo entre outros, existem hoje em dia, uma vez que passou o início do século XX comprando todas as telas desses artistas. Muito didática. Através de painéis ilustrativos acompanha-se essa época e a relação dos pintores com os seus marchands.


Pinacothèque – Exposição Modigliani
Foto Yeda Saigh


LouvreMusée du Louvre, 75058
Tel: + 33 1 40 20 53 17
Parcours érotique com Laurent Cendras[3]
Laurent Cendras, artista e guia de museus, elaborou um roteiro através de várias obras do Louvre, quadros e esculturas, ao longo de vários séculos, sempre visto sobre esse prisma erótico. 

Quem faz esse percurso passa a ter uma segunda leitura das obras e se dá conta de como são numerosas essas telas e esculturas com esse viés erótico. Ainda segundo Laurent, para um simples observador, certos detalhes da história que são muito importantes e que mudam totalmente a perspectiva que tínhamos da daquelas obras, passariam totalmente desapercebidos.


Parcours Érotique Louvre
Foto Yeda Saigh

Parcours Érotique Louvre
Foto Yeda Saigh

Curiosidade: os chineses invadiram o Louvre!!!

Museu Marmottan2 Rue Louis Boilly, 75016
Tel: +33 1 44 96 50 33

Exposição Berthe Morisot
Como já falamos em outro artigo (Diário de Viagem – Agenda Paris II – Museu Marmottan – 22/07/2010), realmente recomendo muito ir nesse pequeno museu. Além do acervo que é bem interessante vimos uma exposição de Berthe Morisot, artista mulher impressionista, raro para aquela época. As pinturas impressionistas na exposição retratam a mulher e a criança, com sutileza e delicadeza de formas, em cenas do cotidiano. As telas do final da exposição são paisagens e composições decorativas, que nos remetem a identificar os traços comuns entre Berthe, Monet e Renoir.


Museu Marmottan – Exposição Berthe Morisot
Foto Yeda Saigh


Hotel Drouot Richelieu – 9, rue Drouot – 75009 – Tel: +33 1 48 00 20 20

O bairro Drouot deve o seu nome à mais antiga casa de leilões da cidade aberta em 1852, o hotel Drouot. A casa de Leilões é propriedade do governo francês: eles alugam salas para diversos antiquários que ficam abertos todos os dias para exporem desde peças caríssimas até objetos de arte mais simples para serem leiloadas. O leilão começa todo dia às 13hs em ponto. Em uma de suas salas em 2009, foi vendido o “Pensador” de Rodin, atingindo o valor recorde de 2,5 milhões de euros. 


Hotel Drouot
Foto Yeda Saigh

Esculturas Netsuke – Hotel Drouot
Foto Yeda Saigh


Curiosidade: Netsukes são essas pequenas esculturas surgidas no Japão no século XVII muito usadas no período Edo atravessadas por orifícios. Eram esculpidas nos mais diversos materiais: madeira, marfim, metal, laca, conchas, presas de javali, de hipopótamo, chifres de rinoceronte, porcelana, cana e barro. A falta de bolsos nos kimonos ou kosodes usados pelos japoneses para que pudessem guardar seus pertences levou a criação de uma pequena bolsa que ficava presa à faixa do kimono por cordas que passavam pelos orifícios dos netsukes. Hoje são comumente vistos como enfeites, em tiras para pendurar celulares. Está muito na moda, principalmente por causa do sucesso do livro “A Lebre dos olhos cor de âmbar” de Edmund de Waal.

Aproveitem!!





[1] Laurent Cendras nasceu em Nîmes no sul da França, uma cidade rica em patrimônio romano antigo. Ainda criança passava seu tempo no Museu Réattu, onde descobriu os desenhos de touradas de Picasso, que foram o gatilho para a sua vocação artística. Obteve um Diploma em Estudos Aplicados (DEA) em arte moderna e contemporânea na Universidade de Paris IV da Sorbonne. Trabalhou como designer gráfico em casas de desenho têxtil para Christian Lacroix, Paco Rabanne, Urgé e Boussac. Especializou-se no estudo do Renascimento italiano, em retratos do século XVIII e em Land Art, trabalhou como estagiário no Departamento de Old Master Paintings na Christie de Nova York e junto a especialistas parisienses como Eric Turquin de Bayser e Millet René. Em Paris, sua obra gráfica foi exibida nas galerias Marion Meyer, Galerie Argentina, Galeries des Editions Caractères, e em feiras de arte contemporânea, como Figuration Critique, Art Paris, Pages, Art Actuel Grand Palais e Comparaisons. Entre seus temas favoritos estudou em particular o trabalho do escritor argentino Borges, as realizações do arquiteto grego Hipodamo e o mito do Minotauro. Faz visitas guiadas no Louvre com temas originais com o objetivo de descobrir as obras de arte sob aspectos inesperados, através de uma abordagem a histórica, psicanalítica, biográfica e pedagógica.

Alguns temas das visitas:
O sopro da revolução, o homem romântico, as festas galantes do Rococó (de Watteau à Fragonard), a busca do pai ou as relações de Leonardo da Vinci e François I, o Louvre erótico (estratégias sexuais e de sedução na arte ocidental).




Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders