Viajar para a Índia é uma experiência muito especial!
O bom é se preparar antes para aproveitar mais, pois a história deles é
riquíssima e antiqüíssima.
O povo indiano é de uma gentileza ímpar: não me
lembro de carregar a minha bolsa, ou um pacote, sempre tinha um hinduzinho
super disponível para ajudar em qualquer situação.
Apesar da enorme pobreza a
Índia é um pais que o turista não sente medo, não há roubo, não sei se pela
religião ou pelo conformismo de aceitarem as castas (apesar de dizerem que não
existem mais) e acreditarem que na próxima reencarnação terão uma vida melhor.
É um país onde o turista sente muito bem, apesar da enorme diferença social que
existe.
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Grutas de Ajanta, Elora e Elefanta |
A melhor maneira de conhecer a Índia é viajar no sentido
horário: começando por Mumbai (lado oeste)e dando toda a volta até Madras (lado
leste).
Visitar a Índia é se perceber no presente e no passado
ao mesmo tempo, tantos são os contrastes entre as conquistas do século XXI e a
forte tradição do passado, que convivem até hoje nesse imenso território. É um
país enorme em dimensões e em população, com etnias, religiões e cultura a
serem desvendados, e maravilhosos templos para se visitar.
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Velho Indiano |
Nossa primeira parada é no porto de Mumbai, nome dado à cidade em homenagem à sua deusa protetora. Antiga
colônia portuguesa chamada Bombaim (boa baía), Mumbai é hoje uma metrópole com
cerca de 20 milhões de habitantes e considerada a capital comercial e de
entretenimento do país. A cada dia que passa Mumbai
está mais rica e trendy, é uma cidade que tem sofrido grandes transformações.
Um dos sérios problemas locais é Dharavi, a enorme
favela bem no centro da cidade, com seus infinitos labirintos, onde mal bate a
luz do sol, esgotos a céu aberto, mas que gira uma economia bilionária vinda de
dentro das casas humildes, onde funcionam verdadeiras fabriquetas antenadas à
economia mundial!
É como um lixão de onde saem na linha
final de produção uma infindável gama de produtos recauchutados. Uma pesquisa revelou
que a favela de 1 milhão de moradores e cerca
de 15 mil casas “fábricas” gera em torno de R$ 2 bilhões de reais por ano,
dando a esses moradores trabalho, dinheiro e alguma dignidade.
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Mumbai |
Visitar em Mumbai:
1 – Gateway of Índia
Construído em comemoração a
visita à Índia do Rei George V e da Rainha Mary em 1911, o Portão da Índia fica
bem em frente ao Taj Mahal Hotel e ao mar. É muito bonito, uma vista linda e
tem um pouco de tudo: camelôs com toda sorte de bijouterias, camisetas e objetos
indianos. Uma nova geração de empreendedores está abrindo Galerias de Arte,
restaurantes e bares no local.
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Gateway da Índia |
2 –
Baía de Mumbai
Um passeio interessante. Observar as mulheres
todas juntas lavando roupa na baía também é muito bonito. É uma uma região de
muitas favelas.
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Baía de Mumbai |
3 –
Kamathiputra – Rua das prostitutas
É incrível. Meninas de 13, 14 anos nas portas das casas dos dois
lados da rua, com filhos pequenos do lado, tudo e todos imundos. O quarto onde
recebem os fregueses é em cima, cheio de gente dentro. Em volta desse bairro a
miséria é enorme. Muita, mas muita gente à pé, de triciclo, quase não dá para o
carro passar. Tem pessoas dormindo, morando na rua, até dentro de um carro vi
gente morando.
4 –Torres do Silêncio – Cheel Ghar em híndi
ou Dakhma em persa
Esse nome designa toda e qualquer
construção para os defuntos, nas quais os parsis deixam seus mortos para serem
devorados pelos urubus. É impressionante, em 40 minutos só deixam os ossos!!!
5 – Walkeshwar
Templo
É um templo hindu, construído em
1127 e centro de peregrinações no alto de Malabar Hill, ao lado dos Jardins
Suspensos. É muito frequentado na lua cheia e na lua nova. Hoje também é
conhecido pelo Festival de Música Clássica.
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Walkeshwar Templo |
7 – Hanging Gardens ou Pherozeshah Mehta em híndi
Fica do lado oposto às Torres do
Silêncio. É um jardim feito em terraços na encosta de Malabar Hill.
8 – Jardim Kamala Nehru Park
Esse jardim no
topo de Malabar Hill em uma área de 3 300 m2. é uma homenagem de Nehru, antigo primeiro–ministro da Índia, à sua mulher Kamala, mãe de Indira Gandhi, outra primeiro ministro do país. A vista panorâmica da cidade, da Praia Chowpatty e da Marine Drive, é
incrível. É um local popular para as pessoas fazerem piquenique. Em baixo tem uma caixa d'água com 60 milhões de litros de água. Em volta
é um bairro residencial com calçadas! Para a Índia, maravilhoso!!
9 – Museu Gandhi Mani Bhavan
O Museu Gandhi em Mumbai é um
prédio simples de dois andares, estilo antigo. Desde 1955 dedicado ao lider
indiano quase como um memorial pelas atividades de grande importância iniciadas
por ele naquele lugar e depois convertido em museu e centro de pesquisa. Esse
endereço era a casa de um amigo próximo de Gandhi, Shri Revashankar Jagjeevan
Jhaveri, que o hospedava sempre que ele ía a Mumbai, transformando–se por isso
em seu quartel general entre 1917 e 1934. Foi em Mani Bhavan que Gandhi iniciou
o movimento indiano em prol da verdade, conhecido como “Satyagraha” e propagou
as causas Swadeshi, Khadi e da unidade hindu muçulmana. Muito interessante. Tem um display com bonequinhos que conta a
história toda de Gandhi.
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Museu Gandhi Mani Bhavan |
9 – Chhatrapati Shivaji Maharaj Vastu Sangrahalaya ou Museu de Mumbai
Situado num jardim muito bem projetado que
conserva o projeto original, o museu teve a pedra fundamental colocada pelo
Príncipe de Gales em 1905 e recebeu o nome do monarca. Uma das primeiras instituições culturais no país, o museu tem um rico
acervo e seu principal objetivo é conscientizar as pessoas da riqueza dessa
herança.
A coleção de miniaturas é linda, parte do Nepal e Tibet,
com esculturas muito bonitas. Além das galerias com exposições
permanentes, promovem exposições temporárias, conferências e eventos especiais
sobre variados tópicos. Do começo do século XX muita coisa mudou na Índia, como
o nome do Museu que mudou de Príncipe de Gales para Chhatrapati Shivaji Maharaj
Vastu Sangrahalaya e a cidade de Bombaim que passou a se chamar Mumbai. Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco.
10 - Taj Mahal Hotel *****
O hotel é maravilhoso! Não se esqueça de
ter os vouchers bem na mão, porque os indianos são loucos para dizerem que não
tem reserva!! Inaugurado em 1903 o Taj Mahal foi concebido no início do século
XX por uma família indiana de muita visão, os Tata, hoje um grupo que opera em
mais de 80 países em diferentes setores.
Totalmente reformado para a
comemoração do centenário, o hotel continua a hospedar reis, celebridades e
autoridades do mundo todo agora com ares de século XXI. Não se esqueça de ir à
loja do hotel que é muito boa e bem sortida, todo tipo de caixinhas e objetos
antigos. Tem um mercado atrás do hotel incrível, compras ótimas:
roupas e antiguidades.
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Taj Mahal Hotel |
11 –
Oberoy Towers Hotel *****
Totalmente reformado e muito bem localizado
na Marine Drive, à beira mar, o hotel oferece uma vista magnífica. Entre as
comodidades o hotel tem três restaurantes: internacioanal, italiano e indiano
com chef estrelado do Guia Michelin.
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Gruta Elefanta |
Lindo passeio: são três grutas (Ajanta,
Ellora e Elefanta) descobertas pelos ingleses. Cavadas numa rocha enorme e
feitas entre os séculos VII e VIII D.C., do período Gupta e pós–Gupta, período
de ouro da civilazação indiana. Foram os portugueses que deram o nome de
Elefanta à Gruta, pois alegaram ter visto a imagem de um elefante esculpido
numa pedra. As pinturas nas paredes glorificam o deus hindú Shiva.
O templo é
dedicado a Trimurti, trindade divina hinduista formada por: Shiva, o deus
destruidor, Brahma, o deus criador e Vishnu, o deus preservador. Os hindús não
sabiam ler nem escrever: as esculturas serviam para eles conhecerem melhor a
história dos deuses de sua religião.
Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco.
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Gruta Elefanta |
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Gruta Elefanta |
O Rajasthan, ou terra
dos reis, é uma das regiões mais bonitas da Índia e o destino mais popular para
o turismo doméstico e internacional. Lá estão, entre outras cidades, as
famosas Udaipur e Jaipur.
Udaipur
Às margens do Lago Pichola, rodeada por
montanhas, é uma cidade medieval, considerada das mais agradáveis da Índia. Dar
uma volta de charrete é uma ótima opção para conhecer bem a cidade. Boas
compras: jóias lindas tanto em prata como em ouro, trabalhos bonitos estampados
e bordados feitos na seda, ateliers de pintura locais e antiquários ótimos.
Outra boa maneira de conhecer a cidade de
Udaipur é alugar uma bicicleta e passear por toda cidade. Um programa bem
interessante é ver as mulheres lavarem roupa nas escadarias perto do lago,
ouvindo de longe o bater da roupa na pedra, todas vestidas em tons de vermelho,
o que cria um visual muito bonito.
O lago é salgado e artificial. É uma cidade
bonita, apesar de muito pobre, cheia de ruazinhas pequenas com milhões de
bicicletas, carroças, ônibus, porcos, incrível! Dar uma volta de barco no lago
é um programa bem agradável.
O aconselhável na Índia é almoçar e jantar no
hotel sempre que possível pela segurança da higiene e origem dos produtos, até
a água é aconselhável beber sempre de garrafa.
Visitar:
Palácio
do Marajá de Udaipur, considerado o maior
palácio–fortaleza do Rajasthan, do século XVI, é enorme, forte influência
mughal na arquitetura, fica à beira do lago Pichola, com vista para a cidade. É
um verdadeiro labirinto, abriga numerosos palácios dentro: City Palace Museum,
Udaipur Museum, Hotel e Jardim das Damas de Honra.
Dependendo da época pode fazer muito frio na
visita, não se esqueça de levar uma pashimina!
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Palácio do Marajá de Udaipur |
Hotel Taj Lake Palace, era um palácio de um marajá que virou hotel,
todo de mármore sobre pilottis, dá idéia que está flutuando, uma beleza! Fica no meio do lago Fateh Sagar. As
suítes são maravilhosas, de muito bom gosto, enormes com salas e anti–salas.
Dar uma volta de barco no lago, vale a pena é muito bonito.
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Hotel Taj Lake Palace |
Curiosidade – pulseiras de prata para o tornozelo é o
dote que as mulheres recebem quando se casam, são lindas e muito pesadas.
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Hotel Taj Lake Palace |
Rajasthan – Jaipur – Pink City
Capital e maior cidade do Rajasthan, Jaipur foi
fundada por Jai Singh II em 1.727, e toda
planejada por ele. São ruas retas e bem largas, é uma cidade mais desenvolvida:
farmácias, universidade com mais de 1.000 alunos, hospitais, casas melhores. A cidade é
populossíssima, milhares de bicicletas, e é conhecida como a Pink City por
causa do Palacio dos Ventos.
Visitar:
1 – Ambar
Antiga capital do
Rajasthan, é uma cidade fortaleza, Ambar Fort: as muralhas são muito bonitas e
ficam rodeadas de montanhas. De longe dá uma idéia das muralhas da China.
1.1 – Palace of Mirrors – subimos de
elefante até o palácio, o caminho é maravilhoso, com vista para as muralhas.
Ganesh o Deus com cara de elefante está na porta da entrada, o que significa
sorte, prosperidade e felicidade. O palácio é belíssimo, inteiro de espelhos
pequenos quadrados, construído por Jai Singh II que foi um homem de visão para
sua época. Há dois jarrões imensos de prata cada um com 50 kilos e cabendo 500
litros de água: quando o rei viajava levava com ele esses jarros cheios de água
do Ganges para beber.
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Palácio Ambar |
Os jardins são
desenhados em formas de tapetes persas. A vista é linda, com lago artificial.
As salas são riquíssimas, as paredes e o teto todos incrustados com espelhos e
pedras (teto em forma de costa de elefante), formando desenhos. É repleto de
tapetes persas maravilhosos e passadeiras penduradas em rolo enormes.
Jantar no restaurante
Niro, apesar de existir há 60 anos, ainda é o melhor da cidade.
Curiosidade – O marajá Jai–Singh II tinha 12 mulheres
e 350 concubinas: as 12 mulheres cada uma com sua casa e as 350 concubinas mais
em cima, cada uma com seu quarto. Ele tinha passagens secretas para ir na casa
de cada uma delas.
2 – Observatório Jantar Mantar
Construído pelo já famoso marajá e sábio Jai
Singh II, em 1716, é o mais perfeito até hoje para todas as medidas astrais: é
incrível!! Foi para sua época um modelo em precisão: é um grande pátio cheio de
construções, com diferentes instrumentos astronômicos tais como: enormes
relógios de sol e astrolábios de mais de dois mts. de diâmetro. Seu aspecto
arquitetônico é bem futurista, longe de parecer uma construção do século XVIII.
Patrimônio
Histórico da Humanidade pela Unesco.
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Observatório Jantar Mantar |
3 –
Palácio dos Ventos
Construído em 1799: apesar de parecer um
palácio normal visto de longe, só tem a fachada, é apenas uma parede de 15 mts
de altura por 8 mts de largura no formato da coroa de Krishna, de arenito rosa
e vermelho. Tem cinco andares com 953 pequenas janelas decoradas com trabalhos
parecendo renda. Nos primeiros andares tem páteos com jardins. Foi feito para
que as mulheres da nobreza pudessem sentar atrás dessa parede e ficarem olhando
para fora sem serem vistas por causa da lei do Purdah (cobrir o rosto).
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Palácio dos Ventos |
Rambagh Palace Hotel*****
Construído em 1835 para a rainha Kesar Badaran e mais
tarde remodelado como uma pousada real e de caça. O palácio Rambagh permaneceu
casa Real de Jaipur até 1957, quando foi convertido em um hotel de luxo e em
1972, comprado pela cadeia Taj. Tomar lanche no Rambagh Palace é um programa
delicioso, céu azul, sol! É difícil ver a cor do céu que tem em Jaipur em outra
parte do mundo.
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Hotel Rambagh Palace |
Ir de carro para Agra, e visitar no caminho
Fatehpur Sikri. Parar para almoçar no único lugar mais ou menos que tem no
caminho, Mid–way – uma casa cor de
rosa bem simpática, dá até um certo alívio ver de repente uma construção mais
ou menos em ordem.
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Mid–Way restaurante |
Fatehpur
Sikri
Fica a 40 kms de Agra e ficou abandonada por alguns
séculos. É muito interessante visitar essa cidade no meio do nada ainda bem
conservada depois de cinco séculos! Levou 12 anos para ser construída na metade
do século XVI pelo Imperador Akbar, mas durou pouco – somente dez anos como
capital do império mughal. Akbar mudou–se para Jaipur porque lá não tinha mais
água.
Os monumentos e templos são em estilo
tradicional hindu, persa e indo–muçulmano, todos em sandy stone, pedra vermelha e arenito: é tudo
muito bonito. Visitar uma das maiores mesquitas da Índia, Jama Masjid, que
acomodava 10.000 pessoas!
Akbar construiu essa mesquita para o holly man, Chaik
Shalim, que atendeu o seu pedido e fez ele ter um filho. É linda! Em estilo
árabe no meio e hindú dos dois lados. Ele supervisionou pessoalmente a
construção de Fakehpur Sikri, completada em 1573. Visitar as casas das quatro
esposas favoritas, a segunda que era a preferida tinha a casa mais bonita.
Akbar tinha 1001 concubinas.
Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco.
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Fatehpur Sikri |
O viajante inglês Ralph
Fitch nos conta que em 1585 a cidade era maior e mais populosa que Londres.
Faziam parte desse complexo palácios, edifícios públicos, mesquitas e áreas
públicas.
Agra
Antiga capital do Industão, à beira do rio
Yamuna, a 200 kms de Nova Delhi. Agra é famosa pelo Taj Mahal. Nenhuma viagem
para a Índia é completa sem pelo menos uma visita a esse monumento. Além disso
a cidade tem muito pouco a oferecer.
Visitar:
1 – Taj–Mahal – uma das
sete maravilhas do mundo pela beleza, estilo mughal e pela história que
simbolisa. Construído pelo imperador Shah Jahan, neto de Akbar, para sua esposa
favorita. Ela era a segunda de quatro e com quem teve 14 filhos. Quando se
casaram, Shah Jahan tinha 21 e ela 20 anos: ela morreu quando seu décimo quarto
filho Aurangazeb nasceu, com apenas 39 anos. Os últimos sete anos de sua vida
passou preso no palácio à mandado desse filho, fanático religioso que dizia:
after me, the kaos.".
O Taj é espetacular, tem uma entrada com um portão
muito bonito que dá uma impressão imponente: de repente se vê aquela maravilha
toda branca! Visitar o interior do mausoléu, onde se encontram os dois túmulos:
o da mulher bem no meio e o dele ao lado esquerdo.
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Taj–Mahal |
Visitar uma fábrica onde fazem incrustações em
mármore, copiando os desenhos do Taj. São meninos, verdadeiros artistas com
muita paciência: só para se ter uma ideia, fazer um elefante demora um mês!
2 – Red–Fort
Forte Vermelho ou de Agra, do século XVII,
auge do período mughal, construído por Akbar, Jahangir, Shah Jahan e Aurangzeb.
Foi onde Shah Jahan passou seus últimos anos de vida preso, podendo ver de seu
quarto o Taj Mahal. Fica ao lado dos jardins do Taj e reunia quase 500
construções em pedra, fontes, muito mármore rendilhado, tudo muito bonito.
Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco.
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Red– Fort |
Hotel Sheraton *****
Lindo e imenso, jardins maravilhosos, próximo ao Taj
Mahal, o único hotel indiano que ganhou o prestigioso prêmio Aga Khan pela
excelente representação da arquitetura Mughal. O restaurante do hotel foi
classificado entre os melhores de Agra, e serve tanto a cozinha indiana como a
internacional.
Nova
Delhi
Projetada e construída pelo arquiteto
britânico Edwin Lutyens em 1912, Nova Delhi é conhecida pelas amplas avenidas,
praças redondas com flamboyants e azaléias muito floridas, construções todas em
pedra vermelha, palácio presidencial parecido com o Buckingham Palace,
ministérios, casas particulares enormes e embaixadas lindas. É uma cidade muito
bonita e agradável de se passear. Uma das razões para a construção da nova
capital era Old Delhi não ter mais para onde crescer.
Visitar:
Museu
Nacional
São três andares, muito bem montado: desde a
pré–história indiana, objetos muito bonitos, roupas, armas.
Old Delhi
cidade antiquíssima, chamava-se Shahjahanabad no tempo do imperador mughal Shah
Jahan e não tem nada a ver com New Delhi: é uma cidade caótica, mal conservada, muito pobre e cheia de mendigos. O que se vê
nas ruas é uma mistura incrível de ambulantes vendendo comida, mercados por todos os
lados, uma confusão no trânsito entre bicicletas, riquixás, microônibus e
carros sem contar o emaranhado de fios elétricos e anúncios, mas tem um charme
especial.
Visitar:
1– Qutb Minar
Um minarete em
tijolo de 1.193, século XII, o mais alto do mundo com 72 metros, arquitetura
indo–islâmica, ao lado da ruína de um antigo templo, onde há uma coluna de
ferro. Segundo a tradição hindu, deve–se tentar abraçar de costas essa coluna até
encostar as mãos uma na outra para ter sorte. Quem conseguir pode fazer três
pedidos.
Patrimônio Mundial da Unesco.
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Qutb Minar |
2 – Túmulo de Humayun, construção do século 16, período mughal,
de pedra rosa e arenito. O Taj Mahal se inspirou nesse túmulo. A viúva mandou
construir para o marido, tem dois andares de tumbas, um para a família e um
para as visitas, muitos jardins com terraço de pedra em toda a volta. O túmulo
é muito simples de mármore branco.
Patrimônio Mundial da Unesco.
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Túmulo de Humayun |
3 – Memorial do Gandhi – Raj Ghat
Onde o corpo de Gandhi foi cremado, lindo, muito
simples, todo de mármore preto. Na realidade ele não está enterrado em lugar
nenhum, suas cinzas foram espalhadas em vários lugares santos e são vários os memoriais
a Gandhi por toda a Índia. Jardim lindo com grama e flores. Muito bem montado, pode-se
ver toda a história de vida dele com fotos lindas de Gandhi, desde a sua
infância até o final de sua vida.
4 - Red Fort
Grande exemplo da arquitetura indiana do século XII,
construído pelo famoso imperador mughal Shah Jahan em 1650. Na entrada tem mil
lojas bárbaras. Não deixe de voltar a noite para assistir o espetáculo “Son et
Lumière”, é um programa imperdível! Conta toda a história de Delhi, desde a
libertação da Índia, Gandhi, Nehru e acaba com o hino nacional hindu. Essa é a
sétima cidade nesse local, onde há 2500 anos já tinham existido outras seis
cidades que foram destruídas. Tudo com música e sons. Emocionante.
Patrimônio Mundial da Unesco.
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India Gate New Delhi |
5 –
Mesquita Jama Masjid
É a principal mesquita da Índia, de 1656, foi
encomendada pelo importante imperador mughal Shah Jahan. Aproveite andar por um
pátio enorme de pedra, muito bonito e imponente. Não se esqueça que é sempre
obrigatório tirar os sapatos ao entrar numa mesquita.
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Mesquita Jama Masjid |
6 – Memorial de
Indira Gandhi
É a casa onde morava com a família até ser assassinada
pelos próprios seguranças siks. Atenção aos quadros que contam toda a sua
história, super interessante.
7 – Templo de Lótus
De 1986, o templo foi construído por um arquiteto
iraniano ao custo de 20 milhões de dólares, com 10 mil metros quadrados de
mármore grego. Todo esse mármore foi cortado na Itália e depois mandado para a
Índia.
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Templo de Lótus |
8 – Templo hindu
Akshardham
Um templo hindu é bem diferente de uma igreja. É na
verdade um "way of life". As pessoas vão ao templo qualquer dia, não
tem dia certo como na nossa religião. Faz parte da vida delas. Em todos os
templos tem sempre uma casa de Repouso, onde qualquer um pode ir e ficar dias
hospedado, comendo e dormindo de graça. Vimos uma sala onde um monge contava
histórias da mitologia hindu, de repente cantava, como se fosse uma novela;
como dizia nosso professor de história da arte Herbert Duschenes, os hindus não
precisam de TV.
Sala de espelhos
A sala de espelhos é muito significativa para a
religião hindu: você fica no meio da sala e se vê de todos os lados inclusive no
teto onde também tem espelhos, é para saber que Deus sempre está te vendo.
Curiosidade – Religião Sikh (discípulo forte e
tenaz)
É uma religião monoteísta de guerreiros, do final do
século XV, da região do Punjab, dividida entre Paquistão e Índia. Tem cinco
leis básicas.
1– não podem nunca cortar o cabelo
2– não podem nunca cortar a barba
3– não usam roupa de baixo
4– usam sempre uma pulseira
5– usam sempre um turbante.
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Sikh |
Para quem gosta não deixe de fazer massagens nos
hotéis, é uma experiência maravilhosa!!
Khajuraho
É uma vila pequena, isolada, tranquila e rural, que
contrasta com os templos maravilhosos e antigos, construídos entre os séculos
IX e XII, redescobertos pelos ingleses há menos de meio século e mais tarde
tombados pela ONU.
Antes do tombamento havia mais de 80 templos, destruídos por
ordem da Rainha Vitória porque mostravam figuras eróticas. Hoje em dia restam
apenas 22 templos. Em suas paredes pode–se ver
esculturas em calcário e estátuas em diversas posições, que representam a
milenar arte da educação da época, incluída aí a educação sexual, o kama sutra.
Os templos de Khajuraho estão localizados na região central da Índia, no estado
de Madhya Pradesh. São um grupo arquitetônico único e importante dedicados aos
mais importantes Deuses: Shiva, Vishnu e uma variedade de Deuses hindus. Talvez
o que mais atraia os visitantes estrangeiros em Khajuraho sejam os entalhes
eróticos nos templos, por isso é muito comum associar Khajuraho com local de
"templos eróticos".
Na verdade apenas uma parcela das esculturas
retrata o erotismo, a grande maioria delas exibe um misto de religiosidade e
sensualidade, o que para o ocidental é muito difícil de aceitar dentro de um
local sagrado.
Patrimônio Histórico da Humanidade.
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Khajuraho |
Curiosidades – A música hindu é muito bonita e
diferente para os nossos ouvidos, vale a pena assistir a um concerto,
geralmente nos hotéis eles tocam. Ouvimos um músico indiano tocar cítara, muito
interessante. Ele nos mostrou o instrumento que é incrível: tem 13 cordas em
cima e sete em baixo, tinha estudado com Ravi Shankar. A música que toca nunca
é igual, é sempre uma improvisação da hora.
Comer pan – uma erva hindu aromática, saborosa,
anti–séptica, que deixa a boca vermelha, na rua. No começo tem um gosto
esquisito, mas depois é bom e deixa tudo vermelho dentro da boca.
Visitar:
1 – Kandariya
Mahadeva
Templo hinduísta dedicado a Shiva, o maior do complexo de Khajuraho, construído em 1050, com um pináculo
de 30 metros de altura. Quando fizeram o templo era uma floresta
onde viviam muitos macacos, motivo pelo qual muitos vivem lá até hoje. Precisa
tomar muito cuidado senão eles atacam. Nosso guia andou o tempo todo com uma
vara para espantá–los. Em templos hinduístas só os hinduístas entram!! Ficamos de
fora, olhando de cima as pessoa irem rezar e fazer oferendas.
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Khajuraho |
Este templo é
considerado o mais impressionante e refinado em Khajuraho, com mais de 900
esculturas entalhadas na pedra. O exterior todo trabalhado, contrasta com o
interior totalmente vazio, à exceção de uma escultura do deus Shiva Lingam no
"útero" do templo, localizado abaixo do pináculo principal.
2 – Lakshmana
Templo
dedicado a Vishnu, construído entre 930–950 DC durante o reinado do rei
Yasovarman do reino de Chandela. Ele guarda a imagem sagrada de
Vaikuntha–Vishnu trazida do Tibet. Um dos templos mais velhos no complexo de
Khajuraho, e também dos mais decorados, quase totalmente coberto por mais de
600 imagens de Deuses do panteão Hindu. O altar principal do templo, voltado
para o leste, é flanqueado por quatro santuários separados nos cantos da
plataforma do templo. O templo é famoso pelos entalhes explícitos de conotação
sexual que ficam no lado sul dele.
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Khajuraho |
De fato
muitos templos hindus tem representações similares, mas não tão fortemente
concentradas na experiência sexual humana. Existem temas desenhados do
Tantrismo e do Kama Sutra. Os templos adicionalmente comemoram o casamento de
Shiva e Parvati, união da qual se formou a base da energia cósmica. Os templos
comemoram e honram a mulher. Comemoram também a alegria de viver, com muitas
cenas da vida cotidiana.
Hotel Chandela
Também do grupo Taj Hotels, localizado
perto do aeroporto, com fácil acesso a todos os templos, bem confortável e um
lugar de muita paz. O jardim é enorme e lindo, cheio de
primaveras floridas em tons de rosa, realmente bonito, recepção e hall todo de
mármore, restaurante hindu muito bom. Uma Shop Arcade boa e livraria.
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Casamento Indiano |
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Casamento Indiano |
Informações para turistas na Índia:
1 – Imigração
Para quem chega do exterior dirigir–se o mais breve
possível para o guichê de imigração, porque a partir dali podem se formar
rapidamente longas filas.
2 – Moeda
A moeda local na Índia
é a Rupia que significa ‘prata’, cuja abreviação/símbolo é Rs. Uma rupia é
igual a 100 paisas, que quer dizer ‘a quarta parte’. Existem moedas de 10 e 25
e 50 paisas e de 1, 2 e 5 rupias. As notas em circulação são de 5, 10, 20, 50,
100, 500 e 1000 rupias.
3 – Câmbio
O horário de funcionamento dos bancos é das 10h00 às
17h00 de segunda a sexta feira e das 10h00 às 14h00 aos sábados.
Onde é seguro para os turistas fazer câmbio:
– nos aeroportos internacionais, onde os bancos e
casas de câmbio oficiais funcionam 24 horas;
– nos melhores hotéis das grandes cidades;
– em agências de grandes bancos nacionais e
internacionais no centro das cidades, como Citibank, Bank of America, Hong Kong
Bank, Standard Chartered entre outros;
– caixas eletrônicos/ATM 24 horas desses bancos no
centro das cidades;
– escritórios da Thomas Cook e American Express
localizados em grandes centros das cidades mais importantes;
– cartões de crédito são aceitos nos grandes
estabelecimentos, companhias aéreas, lojas e grandes hotéis.
IMPORTANTE:
– o câmbio deve ser feito sempre em bancos oficiais ou
casas de câmbio oficiais;
– insista em obter o recibo da operação de câmbio
efetuada;
– guarde os recibos para o caso de precisar trocar o
dinheiro que sobrar no final de sua estadia na Índia;
Valor do dólar americano: 1 US $ = Rs 45 – 50
Valor da libra esterlina: 1 GBP = RS 83 – 88
Gorjetas
É usual para todos que prestam serviços, como
porteiros, garçons, guias, motoristas e outros, uma vez que não costumam
incluir gorjetas nas contas.
10% em hotéis e restaurantes é razoável.
Voltagem
A corrente normal na Índia é de 220 volts AC, 50
ciclos. Tenha sempre adaptadores uma vez que os soquetes elétricos variam muito
mundo afora.
Visitas a lugares sagrados
–tirar os sapatos sempre antes de entrar
– evitar carregar ou usar objetos de couro ao entrar
em locais sagrados
– não trajar bermudas ou tops sem mangas
– perguntar aos guias antes de tirar fotos
Seguro de Viagem e de Saúde
Hoje em dia muito importante e até exigido por alguns
países
Vacinas
O viajante deve tomar as seguintes vacinas:
– anti rábica
– febre amarela – certificado para o exterior
(atualmente cartão amarelo)
– hepatite
– tifo
– tétano
Com mais de um mês de antecedência consulte também seu
médico sobre a conveniência de tomar outras vacinas, como contra malaria,
tuberculose e meningite, cujo tempo de aplicação e reação pode ser de até
quatro semanas.
Qualquer dúvida entre no site oficial
– ANVISA:
– Organização Mundial da Saúde:
Documentos necessários
– Visto válido para
entrada na Índia
– Certificado válido
internacional de vacina de febre amarela.
– Passaporte válido por até seis meses depois da
data de inicio da viagem.
Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders