quinta-feira, 19 de abril de 2012

Viagem à Jordânia - PETRA


Essa semana, continuando nossa viagem pelo Oriente, vamos visitar uma das sete maravilhas do mundo desde o ano de 2007!!! Petra na Jordânia!

Amman, capital da Jordânia, está cercada por sete colinas com o centro da cidade no meio. É a maior cidade do país, com dois milhões de habitantes, e fica entre o deserto e o vale fértil da Jordânia.

Em 1921, quando o Rei Abdullah Ibn Hussein a tornou capital, a cidade não passava de uma aldeia povoada principalmente por beduínos. Construíram uma linha de trem entre Damasco e Medina na Arábia Saudita para facilitar a peregrinação anual, o que aumentou a importância desta cidade.

Amman é uma das cidades habitadas continuamente mais antigas do mundo e a maioria de sua população é constituída por refugiados palestinos.

Vista da cidadela de Amman 


Visitar a Cidadela no topo de uma colina da cidade, as ruínas da cidade bizantina (326 d.C) são impressionantes. Não deixe de conhecer o Museu Nacional de Arqueologia, o mais interessante são: um conjunto de artefatos históricos relacionados com os períodos por que a cidade passou, e alguns originais dos Manuscritos do Mar Morto.

As melhores opções de hotéis em Amman estão todas no topo de uma das sete colinas da cidade, a poucos passos da Cidadela de Amman, do Teatro Romano, e dos muitos centros comerciais da cidade.

Teatro Romano antigo - Amman


Hotel Meridien Forte Grand,

5 estrelas, o fitness e o spa do hotel são ótimos, incluindo além da sauna, massagens e tratamentos faciais, piscinas interna e externa. O hotel tem uma parceria com o master Chef Jean-George Vongerichten e oferece todos os dias opções assinadas por ele no café da manhã e à noite no Restaurante Cosmo. Há outras boas opções de restaurantes no hotel: 282 Steak and Lounge, Al Mukhtar, La Brasserie, Tiffany Bar and Lounge, China Town, Enzo e Benihana.


Hotel Four Seasons,

5 estrelas, sempre oferecendo um padrão de qualidade e excelência. Foi o único hotel na Jordânia incluído no Travel + Leisure de melhores hotéis do mundo em 2011.

Hotel Four Seasons 


Hotel Inter Continental,

Vencedor do prêmio “O Melhor Hotel de Negócios de Amman”, concedido pela revista Business Traveller, o Inter Continental é muito bem localizado e foi todo remodelado.


Hotel Sheraton,

5 estrelas, como os anteriores muito bem localizado, várias opções de restaurantes passando pela cozinha asiática e italiana, fitness e outras amenidades.

Faz parte do tour da Jordânia visitar três castelos no deserto. Esses castelos serviam para o prazer dos kalifas, para aprenderem as tradições dos beduínos e árabes que viviam no deserto, como a caça, e também para proteção.

1 - Qasr (que quer dizer castelo) Haraneh, o nome vem da terra balsâmica, quente, preta, parte vulcânica; as caravanas vinham do norte da Síria, do leste do Iraque, do sul da Arábia, do Egito e de Israel, é um lugar incrível. É uma fortaleza imponente e bem preservada e serviu como uma espécie de hotel para as caravanas que passavam pela região.

Castelo Haraneh 

Castelo Haraneh 


2 - Qsar Amra, um castelo de caça e lazer dos Omíadas, construído no século VIII, declarado pela Unesco como patrimônio mundial da humanidade pela beleza de sua arquitetura e bom estado de preservação. É um bom exemplo da arquitetura árabe islâmica, mas seu maior valor está nos afrescos das paredes internas. Na nave central, um teto abobadado, com uma lindíssima pintura do Zodíaco. As mulheres foram representadas nuas nas paredes e tetos dos castelos uma vez que naquela época os homens não podiam vê-las nuas ao natural.

Castelo Amra

Castelo Haraneh


3 - Qsar Azraq é o terceiro castelo que vamos visitar e fica em um antigo oásis. Hoje ao entrarmos em Azraq já não temos a sensação de entrar num oásis. O deserto estende-se por toda a povoação e já são poucas as palmeiras. O castelo, no entanto, encontra-se razoavelmente bem preservado e deve a sua fama ao fato do oficial inglês T.E. Lawrence, mais conhecido como Lawrence da Arábia ter pernoitado lá durante sua luta ao lado dos beduínos árabes contra os turcos.

Castelo Azrak – Lawrence da Arábia


A cidade antiga de Jerash, ao norte de Amman (48 quilômetros) é uma das maiores e mais bem conservadas ruínas romanas do mundo fora da Itália. Há apenas 70 anos começaram a escavar e restaurar os tesouros romanos escondidos durante séculos na areia em Jerash. A cidade é um dos destinos imperdíveis da Jordânia, conservando até hoje suas ruas de colunatas e pavimentadas, banhos, teatros, templos, praças e arcos em condição excepcional. 

Dentro das muralhas da cidade, os arqueólogos encontraram ruínas de assentamentos que datam do período Neolítico, indicando a ocupação humana neste local há mais de 6500 anos!!! o que nos faz entender porque essa cidade está entre as mais antigas habitadas continuamente na história do homem. 

Nymphaeum Jerash 

Plaza Oval - Jerash


Ir ao Monte Nebo onde está enterrado Moisés e visitar seu túmulo. É o local onde ele foi enterrado e o local santo mais venerado da Jordânia. É muito bonito: pode-se ver a vasta paisagem que junta o Vale do Jordão, o Mar Morto, Jericó e Jerusalém, normalmente conhecida como a Terra Santa.

Túmulo de Moisés 

Monte Nebo – Vista Panorâmica 


Fundada há cerca de 3.500 anos Madaba merece uma visita por sua importância histórica, é um dos lugares mais importantes da Terra Santa e conhecida como a “Cidade dos Mosaicos”. A atração principal está na Igreja Grega Ortodoxa de S. Jorge: um mapa de mosaicos bizantino do século VI, extremamente nítido que mostra Jerusalém e outros locais sagrados.

Mosaico de Madaba


Visitar o castelo de Karak, cidade dos cruzados, que está a 1000 metros acima do nível do mar e cujas muralhas chegam a ter mais de cem metros de altura. Do castelo a vista sobre o Mar Morto é maravilhosa, ainda restam muitas construções otomanas do século XIX.


Petra

O dia ápice da viagem: sair de manhã e voltar a noite, um dia inteiro de visita à Petra, uma das sete maravilhas do mundo!! Para chegar a Petra caminha-se por um desfiladeiro, uma passagem estreita, de um quilometro e meio, conhecido como Siq.

Caminho para Petra 


Os Nabateus, povo que vivia em Petra, se estabeleceram lá em 312 ac. Ganharam o controle do comércio entre a Arábia e a Síria. Viviam do transporte de especiarias, incenso, mirra e plantas aromáticas que levavam dos atuais Iêmen e Omã, até o Mediterrâneo. Esses nômades iriam surpreender a todos criando um império e esculpindo sua capital, Petra.

Desfiladeiro para entrar em Petra 

Entrando em Petra – Palácio Al Khazneh

O céu em Petra é sempre azul, o que deixa tudo lindo! todas as rochas são esculpidas com desenhos de animais. Chegando ao fim do desfiladeiro tem uma praça enorme com várias tumbas, catedrais, tudo esculpido nas rochas. É fantástico! Visitar o teatro cavado na rocha, aproveitar um coffe-shop no local para uma parada e depois subir para ver a vista panorâmica e o local onde o governo construiu casas para os beduínos que moravam em Petra e tiveram que sair, mas até hoje ameaçam voltar.

Na cidade encontram-se vestígios de várias épocas: teatro romano, túmulos reais, casas de vários períodos arquitetônicos, câmaras funerárias, salões de banquetes, banhos, etc. As paredes de arenito ganham cores: manchas amarelas, laranjas e vermelhas que decoram naturalmente o desfiladeiro. As formas são curvilíneas, moldadas pela erosão dos elementos da natureza. Não deixe de visitar no final do desfiladeiro o Al Khazneh, ou o Tesouro, o mais belo monumento de Petra, o mausoléu real.

O lindo colorido nas pedras em Petra


Sob domínio Nabateu, Petra converteu-se no eixo do comércio de especiarias, servindo de ponto de encontro entre as caravanas provenientes de Aqaba e as das cidades de Damasco e Palmira.

O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt em 1812. O nome Petra vem do grego e significa rocha, a cidade das rochas,

Petra nos dias de hoje.


Curiosidades

O edifício da Câmara do Tesouro, em Petra, foi utilizado como cenário no filme “Indiana Jones e a Última Cruzada” em 1989 com Harrison Ford.

Em novembro de 2009, a cidade de Petra foi palco para a novela brasileira "Viver a Vida" de Manoel Carlos. Entre os destaques na cidade, foi realizado o Petra Fashion Days, desfile de moda à céu aberto em frente as ruínas da Câmara do Tesouro (Al Khazneh). Na verdade o desfile não foi realizado no local. A Rede Globo enviou junto com os atores, uma equipe que fotografou todo o cenário com técnicas de 3D. As imagens foram inseridas por computador, atrás do palco montado em estúdio para o desfile, que contou com as personagens Helena (Taís Araújo) e Luciana (Alinne Moraes).

O Hotel Mövenpick Nabatean Castle fica a dez minutos da entrada do lugar histórico de Petra. Em uma altitude de 1400 metros oferece vistas maravilhosas over sweeping hillsides. O hotel foi desenhado pelo recipient do Agha Khan Award for Islamic Architecture, Engineer Rasem Badran.

Uma vila antiga chamada Taybet foi inteiramente reformada e virou o charmosíssimo resort village hotel Taybet Zaman. É um hotel com uma atraente riqueza cultural em história e herança que lhe transporta para uma Jordânia rural do século XIX.

Visitar hotel típico Taybet Zaman, muito simpático com lojas, mas bom para o verão; é uma vilazinha antiga que eles reformaram as casas em apartamentos. Jantar hotel, ótimo.

Hotel Taybet


Em 6 de Dezembro de 1985, Petra foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, e em 7 de Julho de 2007, no estádio da Luz, em Lisboa, Portugal, ela foi eleita uma das novas sete maravilhas do mundo.

Catedral em Petra 


O trabalho arqueológico que existe em Petra é enorme. Visitar uma tenda enorme e linda onde os ingleses há tempos vem fazendo escavações e pesquisas arqueológicas. Acharam uma catedral com um tapete de mosaicos maravilhoso, parece feito ontem, cheio de desenhos de bichos. A inglesa Chrystall Bennet conduziu as escavações em Petra e na cidadela de Amman, entre os anos de 1960 até 1983 quando se aposentou.

Tenda de trabalho arqueológico em Petra 

Tapete em mosaico – séc. II AC – Catedral em Petra


Pode-se voltar pelo mesmo caminho, ou dando a volta pela casas dos beduínos e de lá pegar um táxi. Aconselho a primeira opção porque era uma subida íngreme e demorou mais de duas horas embaixo de um sol causticante!!! Para quem não agüenta eles oferecem um burro.

Volta do passeio de Petra 


Ir para o deserto de Wadi Rum, que quer dizer Vale do Rum com um jeep (três horas) e andar no deserto até o entardecer, é um passeio inesquecível. Entrar nas areias rosadas deste deserto é um encanto especial proporcionado pelos maciços de granito que a natureza modelou com formas caprichosas. Ver o pôr do sol no deserto de Wadi Rum vale muito a pena. É o lugar onde Lawrence da Arábia fazia a ronda para fiscalizar os turcos.

Wadi Rum

Wadi Rum


Ir para Aqaba, no extremo sul da Jordânia. A cidade limita-se ao norte com Eilat, em Israel, e tem um posto de fronteira, onde é possível atravessar para o país vizinho.

Estrada para Akaba 

Hotel Kempinski em Akaba hospitalidade da Jordânia com um estilo europeu luxuoso. Do hotel pode-se ver o Mar Vermelho, uma vista muito bonita - é o único porto e a única praia da Jordânia. No verão fica lotada.

Hotel Kempinski - Aqaba


Dar uma volta de carro na avenida da praia, de onde pode-se ver a olho nú uma paisagem única, três países: Israel, Egito e Arábia Saudita, um ao lado do outro.

A partir da Jordânia vista de três países:
Israel, Egito e Arábia Saudita 

A cidade de Eilat é um balneário bem mais chique que o de Aqaba, que é a única praia frequentada da Jordânia; ao lado, no golfo de Golfo de Aqaba, está o Mar Vermelho, chama-se vermelho por causa do coral que existe no mar.

Eilat 

Para terminar um lindo pensamento de T.E. Lawrence. (Thomas Edward Lawrence - 16 de Agosto de 1888/19 de Maio de 1935), também conhecido como Lawrence da Arábia, foi um arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor britânico. Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918. Neste período (1919-1922), Lawrence escreveu a sua obra-prima “Os Sete Pilares da Sabedoria, as suas memórias da Revolta Árabe”, e que seria publicada em 1926.:

Lawrence da Arábia

“Todos os homens sonham, mas não da mesma forma. Os que sonham de noite, nos recessos poeirentos das suas mentes, acordam de manhã para verem que tudo, afinal, não passava de vaidade. Mas os que sonham acordados, esses são homens perigosos, pois realizam os seus sonhos de olhos abertos, tornando-os possíveis.”


Seven Pillars of Wisdom TE Lawrence




quinta-feira, 12 de abril de 2012

Tour Gastronômico em Kyoto e Tokyo

Essa semana minha querida afilhada Raffaella Calfat está dividindo conosco uma super viagem gastronômica que ela fez ao Japão, aproveitem suas maravilhosas dicas!!!



Tokyo & Kyoto

A chegada em Kyoto é pelo aeroporto de Osaka. Você pode comprar um JR Pass de 7 dias aqui no Brasil, pela internet, que te dá acesso a todas as rodovias e trens da JR, mas precisa trocar o “Exchange Order” pelo passe propriamente dito ao chegar no Japão. Eu comprei o Green Car, que é a 1a classe, e vale a pena. Eu fiz isso ao chegar em Osaka, e peguei o trem bala para Kyoto. Outra informação preciosa é que no Japão não se pode sacar dinheiro com cartão internacional de qualquer caixa automático. É preciso ir a um “Post Office” ou a um Seven Eleven (se pronuncia seven eReven). Alguns Citybanks também oferecem o serviço mas não são todos.

Em Kyoto, escolhi ficar no Hyatt Regency. Kyoto também é o lugar ideal para escolher um Ryokan, que é aquela pousada tipicamente japonesa, em que você dorme no tatame. Achei mais confortável ficar no Hyatt Regency pela facilidade de estar num hotel internacional onde as pessoas falam inglês, uma raridade de certa maneira em Kyoto. Isso é muito importante pois o concierge pode pesquisar onde é o lugar que queremos ir e dar um mapa para o taxista, pois achar endereços no Japão é um desafio, mesmo com GPS. O hotel é super confortável, moderno, muito bonito. O Spa é ótimo, e o café da manhã também. Eu recomendo.

No site do Hyatt Regency são recomendados tours da JTB Sunrise pela cidade, e no 1o dia eu fiz o “Kyoto Morning”. Infelizmente o dia não ajudou muito, pois chovia e estava muito frio, mas mesmo assim o tour valeu a pena. Fomos ao Nijo Castle, ao Imperial Palace, e ao Kinkakuji Temple (Golden Pavilion). O Nijo Castle tem uma história muito interessante, dependendo dos níveis de importância dos visitantes, mais perto eles podiam chegar ao Shogun. Uma estrutura incrível construída em 1626, e com artifícios de defesa como “mockingbird floor”, o chão que range de propósito para avisar sobre invasores. O Palácio Imperial era muito bonito e suntuoso, mas o mais bonito mesmo é o Golden Pavilion, onde também vimos um bonsai de 600 anos.



 Golden Pavilion - Kyoto

O tour termina na frente da estação de Kyoto, que é gigante, tem varias lojas e é ideal para almoçar. Eu fui ao Isetan, que é uma loja de departamentos. No 11o andar da loja, tem uma área apenas de restaurantes, vários com fila na porta. Fui ao restaurante de sushi, e foi sensacional. Vale a pena dar uma volta pela estação, ver as lojas e passear por lá. Como eu estava num tour gastronômico fui jantar no Ten-yu Tempura, um restaurantinho com uns 10 lugares num balcão em volta do chef. Delicioso.

No segundo dia, fiz o JTB Sunrise tourKyoto Afternoon” que incluía o Heian Shrine, Sanjusangendo, e o meu favorito, Kiyomizu Temple. O Heian Shrine é um Templo Shinto, que é uma das maiores religiões do Japão. De acordo com o Guia, a diferença entre o templo budista e um shinto é que no shinto tem um “tori” que é uma estrutura tipo um portão. A religião shinto também é considerada “alegre” enquanto a budista é “pessimista”. Lá tem um jardim lindo, com um lago e vários pinheiros.



Heian Shrine em Kyoto com o Guia da JTB Sunrise

Sanjusangendo é o templo das 1000 estátuas do guerreiro Kannon e mais 28 de divindades diversas, muito interessante. O Kiyomizu Temple é um templo budista um quanto híbrido, com cachoeiras, uma vista incrível e varias tradições. No caminho até o templo tem ruelas com várias lojinhas muito interessantes: este foi meu favorito de todos. O tour da tarde termina por volta das 18h00. A noite jantei no Kikunoi Roan, duas estrelas do Michelin. Sentei no balcão e ia sendo servida direto pelo chef. Tomei chá verde e o sakê da casa, excelente. Escolhi o menu kaiseki mais longo, devia ter uns 11 pratos pequenos e foi inesquecível, no final ganhei um pano pintado pelo chef e o menu da noite.

No dia seguinte, peguei o Shinkansen para Tokyo. Só a viagem de trem bala já vale a pena, com uma vista incrível de cidades e do Monte Fuji. Cheguei na estação de Tokyo e tinha pedido para o hotel mandar um motorista para me buscar, pois estava com malas e tive medo de me perder. O serviço foi impecável, o motorista me pegou na porta do vagão e me levou até o carro.

Vista do Monte Fuji do trem bala

Tokyo é impressionante, parece que todas as ruas são elevadas, cortam pelo meio dos prédios, acima das ruas térreas. Fica claro porque é tão caro morar lá, visto que não há espaço. Pouco tempo depois, cheguei ao Park Hyatt em Shinjuku. Este hotel é um espetáculo e provavelmente o melhor hotel em que já fiquei na vida. O hotel fica num prédio altíssimo, e começa no 42o andar. Eu fiquei no 47o, no park view room, com várias janelas e uma vista alucinante de Tokyo. Este é o hotel onde foi gravado o “Lost in Translation” da Sophia Copolla. O serviço é tão espetacular que fiz meu check in no quarto. Como era meu aniversário, me receberam com flores e chocolates. Simplesmente perfeito!



Vista do meu quarto no Park Hyatt em Tokyo, 47º andar!


Como já tinha feito a parte “histórica” em Kyoto, em Tokyo decidi fazer coisas mais “modernas”. No primeiro dia jantei no Tapas Molecular Bar, no Mandarin Oriental. Um jantar muito engraçado, cheio de experiências divertidas. O Mandarin Oriental fica em Ginza, o bairro mais chique de Tokyo e é lindo.

Na manhã seguinte, após um bom café da manhã no hotel, peguei uma van para a estação de Shinjuku e depois o metrô de volta à Ginza. O bairro é como uma 5th Ave. japonesa, com as melhores lojas do mundo, uma atrás da outra. Eu fui direto a Ito-Ya, que é basicamente uma papelaria de oito andares! Simplesmente sensacional, fiquei quase duas horas lá, saí carregada de cacarecos como se tivesse 12 anos. Depois fui almoçar no Kyubei, considerado uma das mecas do sushi do Japão. O sushi era tão fresco que o camarão vinha vivo, pulando do prato. A qualidade era sensacional, vale a pena. Depois do almoço, fui fazer várias compras, recomendo a Shiseido The Ginza que é uma loja que tem todas as marcas da Shiseido, eu recomendo a Clé de Peau, que é a marca premium deles. Na mesma rua tem Zara, Forever 21, H&M, Chanel, Fendi, e todas as marcas imagináveis.



Takeshita St. em Harajuku - Tokyo


A noite fui jantar em Roppongi. Aproveitei para ir ao Roppongi Hills, um shopping muito famoso em Tokyo. Lá tem um museu, o Mori Art Museum e o observatório Tokyo City View. Depois jantei no restaurante de teppanyaki, Omae Xex, muito bom.

No dia seguinte, pulei da cama às 4h30 da manhã para ir ao Tsukiji Fish Market. As pessoas vão lá para ver o leilão de atum e tomar café da manhã no Sushi Dai e/ou Sushi Daiwa. Cheguei no mercado ainda era 6h00 da manhã, e a fila do Sushi Dai já dava à volta no quarteirão! Por sorte duas portas para à esquerda fica o Sushi Daiwa, que é irmão do Sushi Dai, e não tinha fila! Entrei feliz e pedi o menu do chef, que estava sensacional... Depois dei uma volta, comprei alguns temperos e voltei ao hotel de metrô.

Em Tokyo, o ideal é sair lá pelas 10h00 da manhã, pois é o horário que a maioria das lojas abrem. Peguei o JR para Harajuku, o bairro dos “modernettes” de Tokyo. Saindo da estação, se desce a Takeshita St. que é lotada de gente, lojinhas, mulheres gritando como se fossem dubladoras de desenho animado, carrinhos de crêpe com fila, enfim, uma confusão. 

Vale levar um mapa – o hotel me deu um bem detalhado com todas as lojas. A rua principal é a Omotesando, que tem também todas as melhores lojas do mundo e parece a Champs Elysées. Lá, o mais interessante é pegar as ruas transversais e se perder nas ruelas. A Kiddyland é uma loja de brinquedos que super vale a pena ir, tem todos os tipos de cacarecos, é ótima para comprar presentes! Outro lugar ótimo para comprar coisas japonesas tradicionais (louças, hashi, etc) é o Oriental Bazar, na Omotesando mesmo. Eu fui almoçar no Gyoza Lou um lugar super despretensioso, preço ótimo e simplesmente o melhor gyoza do mundo.

A noite, com muito custo consegui marcar o Ryugin, restaurante cotado como o melhor de Tokyo, com três estrelas Michelin. Foi uma experiência e tanto, os pratos eram super complicados, alguns maravilhosos, outros um tanto estranhos paro o paladar ocidental. No Japão existe o maior numero de restaurantes estrelados do guia Michelin, vale muito à pena investir em algumas reservas. O Japão é um pais muito peculiar, mas as pessoas são muito respeitadoras. Se prepare para ficar com dor nas costas de tanto abaixar a cabeça para agradecer a tudo! Um país sensacional com muita cultura, foi uma viagem sensacional.




Raffaella Calfat é formada em Relações Internacionais pela Faculdade de Economia da Faap. Também tem um Associates Degree em Fashion Merchandising pela Miami International University of Arts and Design. Já trabalhou como Relações Publicas em Miami e no Brasil já teve uma empresa de eventos e atualmente está cursando MBA de Gestão de Luxo na FAAP.



terça-feira, 3 de abril de 2012

Dicas de Paris

Essa semana para comemorar a Páscoa publicamos mais uma dica de Paris sobre chocolates, escrita pelo nosso novo colaborador Jacques Henri de Tournemire.





Juste à coté des Champs Élysées, l'hotel Hospes Lancaster, un boutique hotel construit en 1889, offre pour le gouter un voyage au tour du monde des chocolats chauds.

Ce sont six chocolats de provenance différente qui sont offerts à la dégustation.
Certains sont servis purs, d'autres sont mariés avec des arômes aussi variés que le fruit de la passion, le gingembre, le poivre ou la menthe afin de faire ressortir la typicité de chaque variété.

Les plus gourmands pourront accompagner le chocolat d'une pâtisserie. Les autres, dont je fus se contenteront de lever le voile sur le talent du pâtissier en savourant le sublime accord entre la tendresse rassurante du marron que réveille un trait de myrtille scintillant.

Le cadre reposant et luxueux de cet hotel en font une halte douillette particulièrement bien venue après les courses dans ce quartier extrêmement actif.

HOSPES LANCASTER
7, rue de Berri,
Champs-Elysées
75008 – Paris


Jacques Henri de Tournemire



Formado pela École Nationale d’Administration – Ena, Paris, France.

Funcionário Graduado do Gabinete do Primeiro Ministro da França Dominique de Villepin, exercendo o cargo de Conselheiro Técnico na área de saúde.

Leitor contumaz e obstinado de blogs sobre inovações culinárias parisienses, capaz de andar por uma hora apenas para encontrar o melhor pudim.

O Lancaster Hotel, bem ao lado do Champs Elysées, um hotel boutique construído em 1889, oferece uma viagem ao redor do mundo em degustação de chocolates quentes.

São seis tipos de chocolates de diferentes proveniências oferecidos para degustação. Alguns são servidos puros, outros são harmonizados com sabores tão variados como maracujá, gengibre, pimenta e hortelã, para ressaltar a tipicidade de cada variedade.

Os mais gourmands podem tomar o chocolate quente acompanhado de uma pâtisserie. Os outros, no qual me incluo, se contentarão em descobrir o talento do confeiteiro, saboreando a homogeneidade do sublime chocolate reavivado por uma pitada de mirtilo cintilante.

O espaço relaxante e luxuoso deste hotel, faz com que uma parada nele seja acolhedora e confortável, após as compras neste bairro super movimentado.






Boa Páscoa!!


Colaboradora: Virginia Figliolini Schreuders